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Ana Luísa

Nós mal dormimos a noite, já que fomos dormir tarde pra aproveitar os últimos momentos com a minha mãe, e acordamos cedo pra acompanhar ela até o aeroporto.

BH nos acompanhou e levou a gente de carro, dizendo que seria melhor por conta das malas que minha mãe estava levando.

Luzia: Olha aqui pra mim, as duas – BH ficou um pouco atrás de nós, enquanto minha mãe segurava nossas mãos – Muito juízo! Eu tô confiando em vocês, sei que vocês vão saber lidar muito bem com isso sozinhas. Eu já deixei as contas desse mês paga, e vou mandar o dinheiro para vocês fazerem o mercado.

Ana: Mesmo a gente falando que não tem necessidade de você gastar com nada né – revirei os olhos e ela deu um tapinha na minha testa.

Luzia: Amo vocês, e assim que eu chegar e organizar minhas coisas eu vou ligar pra ver como vocês estão. E você Breno Henrique – apontou pro BH atrás de nós, e eu soltei uma risadinha. – cuida bem das minhas meninas, por favor!

BH: Pode deixar sogrinha, vou tá de olho nas doidas. – abraçou a Vic por trás e deu um beijo na minha cabeça bagunçando meu cabelo logo depois.

Dei um último abraço na minha mãe, segurando as lágrimas, e ela logo embarcou, seguindo o sonho dela.

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BH: Já tô avisando, depois dessa mudança aqui sou merecedor de uma jantinha. – Desceu com a última caixa de coisas da Victoria – e também vou dormir com a minha nega. – deu um cheiro no pescoço dela, que estava perto pra levar a caixa pro quarto.

Ana: Meu pesadelo agora vive na minha casa – fiz cara de sofrida enquanto ele me mandava o dedo – Eu super apoio uma jantinha.

Vic: E eu apoio da gente ir no baile amanhã – cantarolou me fazendo revirar os olhos.

Ana: Nem morta amor, tô sem um puto no bolso. – mas sentei no sofá e o BH deu um tapa na minha cabeça.

BH: Por isso que tua vantagem é ser cunhada de bandido, pago pa tu.

Ana: Não gosto de aceitar dinheiro de gente estranha. – olhei para as minhas unhas. – E outra, por que baile em plena quarta-feira?

Vic: Quinta-feira é feriado amiga! Os comércios vão emendar com o final de semana.

BH: Ou seja, vamos ter baile até sábado – juntou as mãos erguendo pro céu – Ô glória Pai! Vou trabalhar muito pro meu patrão comprar um carro novo.

Dei risada negando das palhaçadas dele e fiquei assistindo televisão, já que eu ainda estava sem celular.

Acabei cochilando e acordei com algumas vozes conversando, mas tentei ignorar e voltar a dormir.

MK: Como pode ser tão feia até dormindo?

Ana: Sou feia mas tu queria me pegar né – continuei de olhos fechados pra ver se ele me deixava em paz.

MK: Águas passadas pô, agora tu é amiga. Amiga pra mim é igual mulher de parceiro, pego nunca.

Ana: Tô sabendo – levantei me espreguiçando, já que eu sabia que ele não ia me deixar quieta – quem deixou tu entrar na minha casa?

MK: Su casa, mi casa mandada – depois que meus olhos se acostumaram com a claridade, consegui ver que ele vestia uma camisa do flamengo, me fazendo lembrar que o jogo era hoje – Fiquei sabendo que vai ter janta aqui hoje. Trouxe uns bagulho aí pra tu fazer.

Assenti com a cabeça, me levantando e indo olhar o que ele trouxe, mas senti sua presença atrás de mim igual um espírito obsessor.

Ana: O que que é MK? – virei pra ele, e ele reparava no meu corpo, e aí eu me toquei a roupa que eu estava.

Como estávamos fazendo faxina e arrumando as coisas da Vic, eu estava com um short de academia super curto com uma camiseta larga por cima do copo, e como levantei sem me ajeitar, a poupa da minha bunda tava toda de fora. Dei um tapa no seu peito e subi as escadas, indo banhar e me trocar.

Bati na porta do quarto da Vic avisando que o MK estava lá embaixo, e o BH saiu do quarto com a boca inchada e o rosto vermelho.

Ana: Favor não gemer alto pra eu não ter que ficar depressiva sobre minha vida sexual – apontei pra Victoria que me mandou o dedo e deu risada.

Fui pro meu quarto, tomei um banho lavando meus cabelos, e saí vestindo um shortinho quase igual o que eu estava, mas me certifiquei que pelo menos a minha bunda estava coberta, e minha camiseta do Corinthians, passei um body splash no corpo e quando eu estava saindo do quarto, notei que o MK estava na porta.

Ana: Oi – sorri sem graça, pois não sei quanto tempo ele estava ali. – aconteceu alguma coisa?

Ele negou com a cabeça entrando dentro do meu quarto e sentando na cama.

MK: Fiquei sabendo que teu celular quebrou, tentei te mandar mensagem e tu não respondia.

Ana: Ele caiu no chão ontem, se eu soubesse não tinha recusado o dinheiro – dei uma risadinha olhando pra baixo.

Me virei pra terminar de pentear o meu cabelo, enquanto ele continuava ali na cama, olhando cada coisa que eu fazia.

MK: Comprei pa tu – me estendeu um pacote.

Peguei curiosa e abri, tirando de lá um iPhone 15 novinho, e rosa ainda por cima.

Ana: Não precisava disso – olhei pra ele com a boca aberta – mas, obrigada. Não precisa depositar meu primeiro pagamento.

MK: Não tô te vendendo, tô de dando. Presente meu pô, aceita sem ficar me enrolando.

Sorri pra ele, e o abracei. Acho que ele ficou sem reação, porque só depois de um tempinho ele me abraçou de volta.

Ana: Agora vamos descer, vou fazer a janta – ele concordou e descemos as escadas.

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