Pela Sua Janela (Mutilador Noturno) +18 (Pr. Feminino)

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*Capítulo sem revisão, só amanhã cedo, peço desculpas por erros de digitação.

Você ainda conseguia se lembrar daquela noite. O cheiro de sangue, entrando em suas narinas como uma praga insistente. O chão duro que você não aguentava mais pisar, fugindo com a pouca rapidez que te restava.

O grito dos seus colegas de viagem nunca mais saíram de seus ouvidos. Era como uma maldição que iria te perseguir pelo resto de sua vida. Assim como ele.

O delegado da pacata cidade. O homem que você e Melissa falaram por telefone. Que as levou até aquele carro de polícia, que colocou a máscara. A fatídica máscara que embrulhou seu estômago na primeira vez que a viu.

O primeiro fato, foi o de que seus companheiros foram arrastados para o sótão pela figura encapuzada. E o segundo, que você não foi.
Você não sabia se estavam vivos. Julgar pela falta de contato, já conseguia imaginar qual foram os seus destinos finais.

Porém, depois daquela noite, você ganhou algo mais. Uma figura, uma pessoa que lhe seguiu onde fosse. A pessoa que fazia seu corpo responder de um jeito diferente, que aparecia em noites aleatórias pela mesma janela. Que substituía lentamente a fatídica noite, por várias outras indescritíveis.

Você estava em seu quarto após um banho. O celular estava chato, os conteúdos escassos e em uma noite de feriado de início de ano, não tinha muito o que fazer.
Entretanto, ele não saía de sua mente. Dezembro... Ele estava realizando aquilo de novo? Estava virando mais um ano com assassinatos e sangue? Três meses atrás ele apareceu. E após aquele dia, nada. Nenhuma aparição ou notícia.

  Não sabia até onde isso ia. Se era somente uma questão física ou se você precisava mais do que somente uma noite. Era errado precisar de mais? Errado querer que ele ficasse até o amanhecer, apenas uma vez?

Guiada por pensamentos, suas mãos instintivamente tomaram as decisões por você. Deslizando por dentro do fino shorts de pijama, seus dedos sabiam exatamente quais movimentos fazer e sua mente, quais cenários imaginar.

Aquele corpo por cima, as mãos em seu peito, como ele dava duas de você ou até três. A proteção, a pressão. Uma de suas mãos seguem até seu seio esquerdo, apertando por cima da blusa. Os dedos frenéticos, buscando por mais, mais que só ele poderia te dar.

Com os olhos fechados, sua respiração começou a ficar ofegante. Seu corpo estava dando os primeiros sinais de um orgasmo chegando. Enrugando os lençóis, afundando a cabeça no travesseiro que apoiava sua cabeça enquanto rolava os olhos para cima.

Até que por um momento de lucidez, você ouviu pelo barulho na janela. Não era possível. Depois de meses.

Se divertindo sem mim? - A voz rouca soou, enquanto entrava no quarto. Você a conhecia muito bem.

— Aguiar?! - Exclamou em surpresa, se sentando na cama. A mesma roupa. Blusa branca, calça jeans e máscara na cintura. Você parou por um segundo. — Por isso não... Apareceu.

Ele ri, se aproximando da cama. Você vai até a beirada, ficando de joelhos para conseguir chegar um pouquinho perto da altura dele. Em vão, batendo logo em seu peito. Era sempre impossível tentar se sentir imponente perto dele.

Colocando uma mão em seu queixo, ele sorri enquanto acaricia a região com a ponta do dedo. — Sentiu minha falta, pequena?

Você faz que sim com a cabeça. O olhar de cachorro abandonado foi completamente involuntário.

— Você sabe que eu não sumiria sem te dizer.

— Sei? - Você arriscou dizer, vendo o semblante dele mudar. Ele ainda era um assassino. E isso era ou não um perigo para você? Você se arriscou. — V-você nunca avisa quando vem. Nem sabe se vai ter alguém em casa.

Ordem Paranormal - One ShotsWhere stories live. Discover now