Acordei e não vejo nada e nem ninguém além de fortes e cegantes luzes. Muito, muito fortes mesmo. Oh, não posso me mexer. Estou paralisada. Imobilizada. Tentei gritar, mas parece que meu corpo não responde aos meus comandos. Espero, e espero, e espero mais. Ninguém aparece. Continuo sem a possibilidade de me mover nem um centímetro. Sem poder balbuciar nenhuma sílaba. Estou só. Sem meus pais. Sem ninguém. E sem o controle do meu próprio corpo. Sem o meu autocontrole. Droga!
Depois de forçar muito e ter muita paciência meu ouvido direito destampa. Como se estivesse entupido. Com aquela sensação de pressão liberada, eu consigo apurar o ouvido direito e me esforço para escutar algo. Escuto conversas.
Xxxx: Uma hora ela vai ter que acordar e nós teremos que contar o que fizemos a ela!
Xxxx²: Não. Ela não precisa que contemos a ela. Vai ver por si mesma quando se observar!
Xxxx: Okay.. se você acha melhor assim não vou discutir.
Fico paralisada. De repente minha respiração dificulta. Diminui. Um aparelho que mede a pulsação começa a bipar mais devagar do que bipava antes. E mais devagar. E mais. Ouço mais uma vez as mesmas duas vozes:
Xxxx: Oh Deus, e agora? A pulsação dela está baixando muito rápido. O que fazemos?
Xxxx²: Espere. Se acalme. Vou chamar o patrão pra vê-la. Olhe-a enquanto eu faço isso.
Xxxx: Volte logo, os batimentos estão cada vez mais lentos.
Ouço passos de alguém correndo. Provavelmente o homem que iria ver o tal 'patrão'. Tento relaxar mas é difícil sabendo que está cada vez mais complicado respirar.
Enquanto eu continuo tentando e tentando, percebo que a luz nos meus olhos diminuiu de repente. Há uma sombra. Uma cabeça no lugar. Tento gritar por ajuda mas a voz não sai. Tento mover os olhos mas estes também estão paralisados. Não posso mexer nem os meus olhos. Ouço alguém sussurrar em meu ouvido:
Xxxx: Aguente firme garota eu sei que pode. Sei que já aguentou tanto. Já sofreu tanto. Não desista agora. Isso tudo está no fim. Esse pesadelo vai acabar logo. Eu espero. - o dono da voz que fala comigo acaricia minha testa enquanto fala.
Quem é ele? Onde estou? Onde estão meus pais? Por que não estão comigo nessa hora? O que fazem comigo? Oh Deus... só de me lembrar de que estou completamente perdida entro em pânico total. Meus batimentos aceleram rapidamente. Muito, muito rapidamente. O medidor de pulsação está bipando em alta velocidade agora. Eu entrei em pânico. Estou completamente desesperada. Meus olhos descongelam e eu consigo balbuciar uma palavra antes de sentir uma picada em meu pescoço...
"socorro"
Minha mente e visão vão escurecendo e eu sigo ouvindo vozes de homens gritando ordens e me tocando.
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Primeiro capitulo hein...
Bjos, Bia. s2
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A Strange Life
Science FictionComo seria ser vendida a um laboratório? Ser presa dentro de si mesma? Como seria saber que sua família mentia sempre pra você? Joyce Purbee ainda não descobriu todas as respostas que precisa mas pretende fazê-lo logo. Lutar contra seus monstros nu...