Capítulo 13

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Alexis foi encontrar-se com Katherine logo após o almoço. Na cidade, as duas amigas foram ao cinema. Depois tomaram sorvete em seu lugar favorito, iam ali desde muito pequenas. A chuva grossa fez com que as amigas voltassem mais cedo para a universidade. Conversaram no quarto de Katherine até que pegaram no sono após assistirem uma maratona de filmes.

Já era madrugada quando Alexis acordou de mais um pesadelo. Ela e Katherine estavam espremidas na cama da mais nova. Alexis fitou o quarto ao seu redor, Kath estava em cima da metade de seu corpo, o que a deixou suada e dormente. Ela se levantou cuidadosamente para não acordá-la. Calçou suas botas e pegou sua bolsa. Saiu vagarosamente e trancou a porta, passando a chave por debaixo.

Caminhou em passos silenciosos até a escada, por onde atravessou a ponte das alas e depois subiu até o terceiro andar indo para seu quarto. Ao entrar, arrumou o que estava fora do lugar e se preparou para entrar em um banho.

O chuveiro de seu banheiro estava queimado. Ela não sabia como aquilo aconteceu nem estava a fim de tentar descobrir. No outro dia, chamaria algum funcionário para arrumar, mas naquele momento precisava tomar banho. Arrumou uma bolsa para ir ao banheiro comunitário do segundo andar.

Mais uma vez em passos lentos, caminhou até o banheiro e iniciou seu banho sem pressa. Alexis pensava no quão agradável havia sido o dia com sua melhor amiga e foi naquele instante que a luz do banheiro apagou. Era muito azar acabar a energia justamente enquanto ela se ensaboava. Provavelmente havia sido um dessas quedas de energia que havia queimado seu chuveiro. Ela resmungou baixo, porém a água do chuveiro não mudou de temperatura, o que indicava que alguém havia apagado a luz.

– Isso não é engraçado, ok? Acende a luz, por favor?! – pediu Alexis um pouco irritada, mas principalmente assustada. Esperou alguns segundos, mas não teve resposta. Abriu a cortina para tentar olhar para o interruptor, mas a escuridão não permitiu. – Quem está aí? – ela perguntou. Devagar se enrolou na toalha e pegou sua bolsa. Ela podia ouvir a respiração de quem quer que fosse. – Eu posso te ouvir! Isso não tem graça, acenda a luz, que eu quero tomar banho – e o que havia sido pedido foi feito, a luz foi acesa.

Alexis olhou para ver quem estava ali e nada viu. Saiu do chuveiro se enxugando depressa. Os segundos pareciam horas enquanto ela colocava sua roupa rapidamente. O coração ainda estava disparado por causa do susto. Ela saiu correndo do banheiro em direção ao seu quarto se sentindo seguida.

Trancou a porta atrás de si, colocou seu pijama e se deitou.

***

"– Lexi! – a voz de Steve ecoou atrás da menina na escuridão. Alexis olhou para trás e reagiu à luz de uma lanterna contra seus olhos.

– Steve? – ela perguntou antes de se aproximar.

– Claro que sou eu, vem logo – disse o menino colocando a luz sobre o rosto, fazendo Alexis se sentir mais calma sabendo que era ele mesmo ali. Ela o seguiu em meio à escuridão.

A lanterna iluminava um piso de madeira antigo e do qual ela tinha uma lembrança, mas não conseguia saber a que construção ele pertencia. Entrelaçou sua mão na de Steve e continuou caminhando ao seu lado, encolhendo-se contra ele.

– Onde estamos? – ela perguntou em um murmuro. Uma porta de vidro apareceu em sua frente com uma gravação em seu comprimento: "Restrito". Steve digitou um código na maçaneta digitalizada e a porta soltou um breve apito se abrindo. – Steve?

– Na biblioteca – ele disse apontando a lanterna para as prateleiras do arquivo local.

– Não me diz que isso tem a ver com aqueles livros, Steve! – Alexis o xingou baixinho e ele se aproximou de uma prateleira olhando os títulos dos livros que a preenchiam. Steve entregou a lanterna para Alexis, e ela iluminou a estante enquanto ele puxava livro por livro e os abria à procura de algo.

A Linhagem WinlookWhere stories live. Discover now