A Linhagem Winlook

Capítulo 74

A polícia não demorou muito para ir à Universidade Valley. Algumas horas depois do depoimento de Katherine ser tomado, os policiais foram ao Calabouço para que Tom, Luc e Alexis pudessem depor. Os amigos contaram a história que havia sido combinada e, depois de liberados, foram juntos para a casa de Danna.

Naquela noite, enfrentariam Daniel.

– James não vem? – Danna perguntou servindo um lanche para o grupo.

– Não, é melhor que ele se mantenha afastado de nós – disse Luc. – Não é bom que fiquemos andando com o até então "assassino" de Steve. Pode gerar uma atenção que não queremos.

– Eu entendo – Danna respondeu olhando-o brevemente. – Como se sente, Lexi? – ela perguntou, sentando-se ao lado da menina para confortá-la.

– Com medo! – ela respondeu ofegante. A noite estava caindo e Lexi sabia que em alguns minutos eles teriam que ir ao cemitério.

– Não tem o que temer, iremos vencê-lo! – disse Danna, parecendo convicta. Ela segurou a mão da menina de maneira maternal.

– É bom temer – disse Thomas com um sorriso fraco no rosto. – Mostra que tem sanidade e que tem algo a perder. Assim você preserva sua vida e acaba logo com isso.

– Não tem nenhum feitiço de proteção que possa usar nela? – perguntou Luc desgostoso com aquele comentário. Suas mãos suavam de nervosismo, suas únicas experiências em duelos mágicos eram os treinamentos com Thomas.

– Existe, mas ele saberia – explicou Danna. – Ele saberia que é uma armadilha e iria fugir.

– Danna colocou um feitiço de proteção aqui na casa. Quando formos encontrá-lo, Katherine e Anthony devem permanecer aqui dentro e não devem sair por nada – Thomas olhou para os dois e eles assentiram.

– Eu digo mais uma vez que não devem sair por nada. A casa irá mantê-los seguros e se saírem dela são alvos fáceis – olhou para os dois muito séria, lembrando-se de quando avisou a Matt e ele não obedeceu. Sabia como acabaria se aquilo se repetisse.

– Tudo bem, Danna – Tom respondeu, colocando a mão no ombro de Katherine de forma carinhosa.

– Acho que devemos ir – disse Thomas, olhando as horas.

Ainda ofegante, Alexis se pôs de pé. Ela se sentia estranha por sentir muito medo e uma sensação de gostar daquela situação em que a adrenalina começava a tomar conta de seu corpo.

– Decidimos quando voltarmos para cá, para onde iremos, certo? – Luc a parou, enquanto todos caminhavam até à porta, e a menina assentiu. – Depois arrumamos nossas coisas, nos despedimos dos nossos pais e vamos – ela assentiu mais uma vez.

– Até mais tarde – disse Alexis, abraçando forte Tom, que a apertou contra seu corpo.

– Por favor, seja cuidadosa, Lexi! – ele pediu, cheio de angústia, e beijou a bochecha da irmã.

– Eu serei – ela sorriu garantindo.

– Até daqui a pouco – disse Katherine nervosa, abraçando-a enquanto lutava contra as lágrimas que queriam descer de seus olhos.

– Até, Kath! – ela sorriu para a amiga e beijou seu rosto.

Danna, Thomas e Alexis foram levados por Luc até o cemitério. A noite era calma e silenciosa. Estava um pouco frio, mas os corpos dos quatro estavam quentes devido à adrenalina que percorria seus sistemas.