Ada

126 6 5
                                    

Acorde, acorde....
Acorde. Essa voz novamente vinha a minha cabeça e mesmo no hospital desacordada, essa voz me implorava para que eu mantivesse acordada.
Acordei assustada, com medo, desesperada. Os enfermeiros vieram para me acalmar. Eles me disseram que se eu não me acalmaçe, eles iriam me dopar novamente. Eu fui respirando fundo ate deitar minha cabeça ao travesseiro. A enfermeira olhou nos meus olhos e disse: - pode confiar em mim. Foi ai que a garota da foto entrou. A filha de Jonh e da Aly. - Jenny!. Disse Ada.
- O, oi
- Está sentindo alguma coisa?
- Só a cabeça que doi um pouco. O que está fazendo aqui?
- Vim cuidar da minha irmã mais nova. Ada piscou para mim.
- Como soube?
- Nossa tia, ela me ligou e disse que sofreram acidente. Vim pra cá o mais rápido que pude.
- Não estou entendendo nada.
- Você deve ter batido a cabeça, deve estar um pouco confusa.
- Cade Aly e Jonh?
- Nossos pais?. Jenny acho melhor você saber.
- Saber o que?
- Nossos pais morreram.
- Mentira! Como assim eu vi Jonh normal, Aly ligou para ambulância.
- Jennifer eles morreram no local. Os corpos foram tirados dentro do carro.
- Nao! Eu tirei eles de lá! Eles estavam vivos, machucados mas com vida, conversando normalmente.
- Isso é que você acha. Te encontraram com vida. Tem uma semana que está no hospital.
- Não, não, não mesmo isso aconteceu ontem.
- Jennifer, você está em choque.
- Quem é você para falar isso?. ( eu perguntava alterada).
- Não lembra? Sua irmã mais velha é formada em medicina, e apartir de hoje, só é eu e você. Apenas.
- Vamos para onde?
- Onde era para você está a muito tempo.
Mesmo não indo com a cara da Ada, eu entendi completamente o que ela estava falando. E como se fôssemos umq família normal. Será que era para despistar o governo e não levantar suspeitas?. Ada me levo ao cemitério aonde Ada e Jonh foram " enterrados". Eu olhava para a lápide e dava vontade de rir porquê tinha certeza que eles estavam vivos.
Fomos para um hotel, agente iria pegar o primeiro vôo. Eu olhava para a janela, tudo era novo para mim.
- Está com fome Jenny? . Perguntou Ada.
- Um pouco.
- O que meus pais te davam para comer?
- ovos, leite, frutas, comidas com bastante nutrientes.
- Eca! Serio? Meu Deus! Você nao comia Milk Shake, hambúrguer, Doces.
- Não!. Falei com uma voz de raiva.
- Não, não isso não está certo! Seu primeiro dia de liberdade vai começar assim, vou ligar pedir pizza, sorvete, hambúrguer.
- Isso e bom?
- Sim! Melhor coisa que tem é comer coisas que engordam mas, com moderação! Vou abrir uma execessao, e vamos provar um pouco de cada hoje.
- Serio? ( risos)
- Claro!
Ada até que era legal. Eu provei de tudo um pouco. Um gosto mais gostoso que o outro. Depois Ada me mostrou fotos de todos os paises que ela ja visitou. Eu olhava admirada.
- Ada, será que vou conhecer tudo isso, como você?
- Claro. Primeiro você tem que controlar aquilo que você por dentro.
- Sou tão forte assim?
- Sim. E tenho certeza que irá controlar.
- Como.
- A cidade para onde vamos. Lá tem pessoas como você. Tem uma família tradicional. Claro que só o governo sabe disso. Eles não são nem malucos de atacá-los e ninguém daquela cidade.
- Eles não irão se revoltar contra mim?.
- Eles não irão saber que você foi um experimento.
- Então vamos mentir?
- Não. Prefiro dizer que não iremos contar a verdade!. Por enquanto.
- eu tenho uma coisa a dizer.
- Fale Jenny.
- Tem uma voz que ouço sempre a minha cabeça. De uma mulher sempre me dizendo o que fazer.
- O que ela diz?
- Coisas sem pé e nem cabeça.
- Escute a voz do seu coração. Não sei o que pode ser mas, vou pesquisar o que possa ser essa voz.
- Obrigada.
- Sabe, eu tinha 7 anos quando minha mãe engravidou de você. Fiquei feliz que eu iria ter uma irmã. Só não imaginava que era para isso. Até que me mandaram para estudar fora.
- Serio? Então você ja sabia de tudo?
- Sim. E agora sua vida sera menos tediosa. Farei de tudo para você viver como uma adolescente normal.
- E o que uma adolescente normal faz?
- Sai para festas, dormem na casa das amigas, tem espinhas, vá a escola, se apaixona, e ama shooping. ( risos).
- Tentarei aprender tudo isso.
- Eu sei que sim. Te ensinarei tudo que precisa saber.
- Obrigada. Até que você não é tão chata como imaginei.
- serio? ( risos). Me desculpe por aquele show no hospital. Temos que ser mais discretas possível.
- E se me perguntarem sobre minha vida? O que vou dizer?
- Você e uma adolescente americana normal. Que estudava e não tinha muito tempo clm os pais. Decidiram viajar, e sofreram um acidente e só você sobreviveu. E veio tentar uma vida nova com a irmã mais velha.
- Ok. Tudo bem então.
- Agora, vai descansar, amanhã vamos pegar um vôo bem cedo. Comprei umas roupas para você. Pode escolher qual irá amanha, aqui está seus documentos e passaporte. E por favor, nao me pergunte mais nada. Temos outra vida agora.
- Ok.
- Boa noite Jenny, durma com os anjos.
- Você também.
Ada me deu um beijo na testa e fechou a porta. Isso era o começo de uma nova vida. Queria muito saber de toda a verdade, mas, isso é perigoso, tenho que controlar aquilo que tem dentro de mim. Não sei como controlar, nem as habilidades, nao faço a mínima idéia quem são os poysens mas , farei de tudo para não machucar ninguém, e ninguém machucar Ada ou alguém em minha volta. Escolhi uma roupa simples para ir viajar. Agora minha vida está confusa. Será que irei adaptar minha nova vida? Nunca convivi com outras pessoas e espero me controlar. Espero fingir ou pelo menos saber fingir que minha vida sempre foi normal.
Amanhã é um novo dia, e por incrível que pareça, mesmo com os problemas, eu gostei da minha vida nova e estou feliz e sei que irei me dar bem.

POYSENWhere stories live. Discover now