capítulo 22

452 21 8
                                    

Bom dia amadas leitoras, trouxe para vocês mais um capítulo quentinho. Espero que gostem, que tenham uma boa leitura e deixe seus comentários, pode ser críticas, também será bem vindas. Então deixo vocês e boa leitura.

€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€

Meu corpo dói, está moído, meus olhos pesam. O que aconteceu? Me lembro de estar discutindo com Thom, e sentia uma terrível dor. Meus olhos, não consigo abrir meus olhos.- ouço vozes, duas pessoas conversando. Está tão distante, não consigo ouvir direito. Agora um silêncio, um toque... Sinto um beijo, é meu marido eu sei que é. Quero vê-lo, mas meus olhos não abrem, eu tento mas não consigo. Meu amor me abraça, fala alguma coisa, mas não dá pra entender, me sinto fraca. Consigo levantar minha mão direita, acaricio seu cabelo, sinto seu cheiro, ele está deitado, sua cabeça sobre minha barriga. Abro os olhos, e ele está abraçado no meu corpo, chamo seu nome, mas ele não me olha, peço que me olhe, mas ele exita, e quando olha, está com os olhos vermelhos, está chorando. Meu Deus, tem alguma coisa de errada, meu bebê, não... não pode ser. O pânico toma conta de mim.Tento me levantar, mas Thom não deixa, me diz pra ficar quieta, mas eu luto com ele, até que me abraça. Eu o abraço forte e choro, minha mente me acusa, perdi meu bebê, tudo culpa minha.
- Thom nosso filho, perdi o bebê,me perdoa.- Meu marido me acalenta, diz que vai ficar tudo bem, mas sei que não vai. Alguém entra no quarto, continuo com meu rosto escondido no peito de Thom. É a Dra Lavigne, chama atenção do meu marido, mas ele não tem culpa de nada, eles batem boca, peço pra ir embora, mas Agatha não permite, Thom a enfrenta, mas ela não cede. Minha mente mal registra o que eles falam, me sinto perdida. Thom altera a voz, me sinto zonza, aperto a mão do meu marido. Eu ouvi mesmo o que ela disse, ou minha mente está pregando uma peça. Meu bebê, está vivo?
- Sr Maxwell, por favor, seu filho precisa de cuidados, mas pra isso Katy tem que ficar aqui.- Olho pro meu marido e começo a chorar, meu bebê tá aqui, dentro de mim. Abraço Thom que me segura firme, no único lugar onde me sinto protegida, lá onde meus problemas somem, Em seus braços!
- Amor, você escutou o que Agatha disse? Nosso bebê ainda está aqui.- Thom beija minha barriga e chora.
- Sr Maxwell, agora o senhor me entende que sua esposa deve manter repouso.- Ele me beija e chora em meio de sorrisos.
- Eu vou ficar Agatha, vou fazer o que for preciso, falo entre lágrimas, só quero meu filho saudável. Farei tudo que me pedir.
- Ótimo, muito bem, assim que eu gosto.Sr Maxwell, esses são os exames que fizemos quando ela chegou. Katy teve um sangramento típico de abortamento, mas conseguimos reverter, e paramos o sangramento, mas a senhora precisa de repouso, por isso eu prefiro que fique aqui.
- Mas Agatha, meu bebê ainda corre risco de vida.
- Não posso descartar as possibilidades, mas farei o impossível para que isso não aconteça. Katy você sofreu algum trauma? Queda?
- Eu cai, duas vezes.- Thomas me olha assustado.
- Como assim, caiu? - ele me olha sério, lá está meu psicotico controlador.
- Stefani me derrubou, mas eu não senti nada na hora, eu juro.
- Isso não importa mais, o pequeno está em segurança por hora, desde que a senhora faça o repouso necessário e siga com a dieta que vou prescrever. Sr Maxwell preciso que providencie umas roupas pra Katy.
- Quanto tempo ela vai ficar Agatha? Ele Pergunta enquanto acaricia minha barriga.
- O tempo necessário pra eles se recuperarem.- Katy tem que tomar vitaminas, quero manter a anemia controlada, essa teimosa tem que se alimentar direito.
- Agatha eu estou comendo por três, não é nem por dois.
- Mas a questão Katy, é o que você anda comendo. - Thom me olha, seu sorriso lindo, está de uma orelha a outra.
- Agatha posso dizer que muita besteira, muito chocolate, croissant, cappuccino. - Ele fala e ri, Agatha me dá um olhar de repreensão.
- Mas eu como bastante.- falo sem graça e dou de ombros. Thom ri e me beija, Agatha também ri e balança a cabeça.
- Mas então, vamos mudar esses hábitos alimentares, para o bem do... Já escolheram o nome do bebê? - olho pro meu marido, que levanta uma sobrancelha e espera por uma resposta minha. Agatha suspeita da resposta e solta uma alfinetada pro Thom. - Pelo amor de Deus, mantenham esse menino longe da Escola naval, porque já basta um Thomas Maxwell militar neurótico. - Thom fecha a cara e olha pra Agatha, nós duas caímos na risada.
- Ele é um Maxwell, e todo Maxwell passa pela escola naval. - Thom está irado, e pra piorar eu e Agatha rimos. E Agatha não satisfeita, põe a alfinetada mais na carne.
- Coitada da Megan, vai ser uma oficial, afinal ela é uma Maxwell.
- Se ela quiser vai ser sim, porque não? A mãe dela era detetive, qual a diferença? - ele tá stressado. Eu me seguro pra não ri.
- Senhora Maxwell me perdoe, mas aguentar um oficial como seu marido não deve ser fácil, imagina mais um.
- Eu tenho um jeito de controlar esses Maxwell, não se preocupa Agatha. - falo e pisco pra ela. Estou imensamente feliz, meu bebê ainda está crescendo aqui dentro, quero ouvir seu coraçãozinho. Thom está com cara de poucos amigos, mas sei como desfazer essa carranca. - Agatha, será que podemos ouvi-lo? Aponto pra minha barriga.
- Claro, vou pedir pra trazerem uma cadeira de rodas pra levá-la pra fazermos a ultra-som. - Meu coração dispara, Thom me beija e sorri, Agatha sai do quarto e nos deixa sozinhos.
- Vamos ouvir nosso filho amor, estou tão feliz que meu coração parece que vai explodir de tanta alegria. - Thom está com um sorriso no rosto, sei que vai ser difícil ficar trancada num quarto e deitada nessa cama, mas tenho que levar a sério meu repouso, até meu bebê ficar fora de perigo.
- Thom, nosso bebê é forte como você.
- Não mesmo minha rainha, ele é forte como você, que é quem me faz forte também. Obrigada por me fazer o homem mais feliz desse planeta. Não importa o que aconteça, eu estarei sempre contigo meu amor, nunca duvide disso.
- Eu sei Maxwell, você também é o amor da minha vida.
- Eu te amo senhora Maxwell - ele fala olhando nos meus olhos.
- E eu a você Thomas Maxwell. - Nos beijamos. Ouvimos alguém pigarrear. Sorrio ao ver Agatha e uma jovem enfermeira.
- Vamos ouvir o oficial Junior? - Agatha fala rindo. Thom faz uma cara de vou te matar pra ela, depois me carrega e me põe na cadeira de rodas, vamos pra sala de ultra-som. Estou tão ansiosa, Thom me coloca na cama, Agatha passa um gel gelado na minha barriga, meu marido segura minha mão, mas sempre de olho no monitor a nossa frente, está tão ou mais ansioso do que eu. Agatha desliza o aparelho sobre minha barriga e já ouvimos o som do coraçãozinho dele batendo, choro, não consigo segurar as lágrimas, Thom me beija e sorri como uma criança. Ultra-sonografia 3D podemos ver as pernas e braços, seu corpinho tão pequenino.
- Está ouvindo Katy, ele é forte, mas você vai ter que colaborar, tomar as vitaminas, se alimentar bem, pode comer uma besteira ou outra, mas nada de exageros ok?
- Sim Agatha, vou seguir a risca suas recomendações.
- Mas tem previsão de alta Agatha? - Thom pergunta com um semblante preocupado.
- Senhor Maxwell, gostaria que ela ficasse por 24 horas, mas vejo que ela está mais animada e corada, então ela fica hoje e manhã eu a libero, mas nada de esforços.
- Pode ficar tranquila Agatha, eu serei o primeiro a mantê-la na cama.- Thom fala e pisca pra mim. Sorrio e Agatha o repreende.
- Senhor Maxwell eu disse sem esforços. - Eu solto uma gargalhada.
Thom ri e levanta as mãos em derrota. O telefone dele toca, ele me dá um beijo na testa e sai.
- Agora somos nós duas Katy.
- Sou toda ouvidos doutora Agatha.
- Katy agora é sério, sei que agora está feliz, mas você realmente precisa de repouso. Sua alimentação tem que ser levada a risco, pra evitar que a anemia afete seu bebê.
- Agatha eu vou ficar de repouso, ainda que isso me incomode muito, mas pelo meu filho, faço qualquer sacrifício.
- Que bom ouvir isso de você, porque já começamos com as vitaminas. E Katy, fica longe de tudo que possa te deixar nervosa.
- Isso eu não posso garantir, meu irmão está em coma.
- Você gostaria de falar com um psicólogo? Quem sabe ajuda.
- Está tudo bem, não se preocupa, e depois do susto de hoje, eu vou me cuidar direito, prometo.- Thom volta pro quarto, e meu pai está com ele.
- Desculpa Agatha, mas Walter queria ver Katy.
- Tudo bem Senhor Maxwell, Mas é melhor vocês esperarem no quarto.- Meu pai me dá um beijo e sai, enquanto meu psicotico me carrega e coloca na cadeira de rodas. Vamos pro apartamento que estou internada.
- Minha menina, que susto você nos deu.
- Desculpa pai, mas agora está tudo bem.
- E meu neto, forte como um touro hein?
- É sim Walter, forte como a mãe dele.
- Senhores por favor, não podem demorar, ela precisa de repouso, já conversamos né senhor Maxwell. - ela olha pra Thomas.
- Sim Agatha, e posso lhe garantir, como o bom controlador psicótico que sou, que ela terá repouso.
- Não se preocupe com isso doutora, Katy será amarrada na cama se for preciso.- palavra de avô coruja.- Meu pai fala, eu arregalo os olhos e eles riem de mim.
- Tá vendo Katy, agora sim eu tenho uma boa equipe de enfermagem.- Agatha fala piscando. - Vou deixar vocês com ela só mais um pouquinho, depois volto e vou colocar todos pra fora.- Meu pai bate continência pra Agatha que ri e sai nos deixando.
- Pai, como está meu irmão?
- O que posso dizer filha, ainda sedado, mas o médico disse que está confiante na melhora dele.
- Ai que bom, fico mais aliviada. E minha mãe e meu anjo? Quero ver Megan, peça pra Rodrigues ir buscá-la por favor pai.
- Katy, amor, amanhã eu trago Megan, já chega de emoções por hoje, você disse que ia descansar.
- Tudo bem, mas quero que ela esteja aqui bem cedo, quero beijar e apertar aquela bochecha que adoro . - Thom me beija e sorri, como eu o amo, não preciso de mais nada na minha vida, ele me completa. - Amor, quem foi buscar minhas roupas?
- Foi o Sean , porque a Rodrigues já está lá em casa com Megan e Verônica.
- Mas eu pedi pra ela ficar com meu pai junto com Sean.
- Katy não precisava, tenho uma equipe fazendo vigilância, não se preocupa amor.
- É minha filha, Thomas está cuidando de tudo, ficaremos bem.- Meu pai me abraça, como se tivesse me embalando.
Telefone de Thom vibra, ele se afasta pra atender. O observo sem que perceba, ele está preocupado, alguma coisa o incomoda.
- Alguma coisa errada amor? - Thom faz sinal que não e sorri. Logo desliga o celular.
- Amor eu preciso ir, vou deixar dois seguranças na porta.
- Você precisa ir pra onde? O que está acontecendo?
- Preciso passar em casa e fazer uma mala. Mas eu volto pra dormir aqui.
- Como assim fazer a mala?
- Eu viajo amanhã a noite Katy, preciso estar na Califórnia o mais rápido possível.
- E quando você ia me contar?
- Amor, não se exalte, você sabe que esse é meu trabalho.
- Eu sei, mas nunca você me escondeu uma viagem sua, porque agora?
- Amor, eu não escondi nada, recebi a ligação hoje quando estávamos esperando noticias do Jim. E agora pouco o Sean ligou pra eu não esquecer.
- Katy, filha, viajar faz parte do trabalho do seu marido, você sabe disso.
- Eu sei disso pai, mas quanto tempo Thom?
- O que? - ele me olha aflito.
- Quanto tempo vai ficar fora? - Thom olha pro meu pai e depois pra mim.
- Katy vai ficar tudo bem, já preparei duas equipes pra ficar com você.
- Não perguntei pela sua equipe droga!
- Filha fica calma, olha o bebê, você não pode se aborrecer.
- Agora não pai! - Thomas Maxwell, quanto tempo você vai ficar na Califórnia ? Estou ficando irritada, sinto náuseas.
- Katy, presta atenção, será uma viagem longa e demorada, mas voces estarão em segurança.
- Que droga Thom, eu quero saber quanto tempo você vai ficar lá?
- Tudo bem, vou falar, mas fica calma, pensa no bebê.
- Desembucha Maxwell! Quanto tempo? - ele segura minha mão e beija. Meu pai me olha como se me pedisse calma.
- Filha vou deixar você com seu marido, essa conversa não precisa de telespectadores. - beija minha testa.- Vou estar no corredor da UTI, depois dou outra passadinha aqui com você minha menina.
- Obrigada pai.
- Eu te amo filha, agora relaxa tá, meu neto precisa de repouso.
- Também te amo pai. - Ele aperta a mão de Thom e com a outra dá um tapinha na costa do meu marido, depois sai
- Então Maxwell vai falar agora ou me mandar um telegrama depois?
- Katy por favor !- Ele passa as duas mãos no cabelo. - sessenta dias - ele fala de cabeça baixa e depois me encara.
- Como assim sessenta dias? Thom são dois meses, quase todo o tempo da minha gestação. - começo a chorar.
- Amor, não chora, eu vou estar por perto sempre, vou ligar, falar com você todos os dias, e se tiver um tempo, volto pra casa pelo menos nos fins de semana, um dia ou dois pra ficar com vocês. - Ele me abraça, depois segura meu rosto entre suas mãos e espalha beijos por todo meu rosto. - Sei que é muito tempo.
- Mas porque tanto tempo, você é Major Thom, não precisa passar tanto tempo fora.
- Katy meu trabalho tem prioridades, você sempre soube disso, e por me entender tão bem, que nosso casamento está dando certo.
- Achei que deu certo porque nos amamos.
- Principalmente por isso. Amor eu sei que não está nada fácil, até mesmo pra mim está difícil essa situação. Eu preciso te dar paz e tranquilidade.
- Você quer dizer que vai nessa viagem pra me dar paz, tranquilidade? Conta outra Maxwell.
- Katy mais tarde eu volto, e terminaremos essa conversa, mas por favor me entenda, eu preciso ir, tenho assuntos de extrema importância pra resolver.
- Não precisa voltar Thom, pode ir tranquilo, agora eu é que não quero que você volte.
- Katy, vou fazer o que me pediu .
- Eu sei que vai, você nunca deixa suas missões por nada.
- Você lembra do que falou quando estávamos no departamento de polícia?
- O que? Falei muita coisa.
- Eu vou lhe dar o divórcio, será melhor assim, você terá paz e isso a manterá em segurança.
- O que? Você disse que me ama, que estaria comigo sempre, e agora vem dizer que vai me dar divórcio?
- É justamente porque te amo, e a nossos filhos, que vou fazer esse sacrifício, eu não posso permitir que mais nada de ruim aconteça com vocês. E a única forma de levar adiante essa decisão é ficar longe de vocês. - a raiva toma conta de mim e a única coisa que quero é machucar ele é muito, lhe ataco com socos, acerto um, mas logo ele me imobiliza.- Katy amor, pára por favor, pensa no bebê, você vai machucá-lo.
- Não me chama de amor Thomas Maxwell, eu quero que vá embora e suma da minha vida.- lágrimas caem, minha voz sai embargada, derrepente a porta se abre e entra meu pai e a Agatha. - Vai embora seu imbecil, e não se preocupa comigo, sinta se livre, faça da sua vida o que quiser, e esquece que existimos. Eu te odeio Maxwell, vai embora, não quero olhar mais pra sua cara.
- Senhor Maxwell, o que está acontecendo? O senhor não sabe o que significa repouso?
- Pai, tira ele daqui, faça o sumir da minha frente.
- Saia senhor Maxwell, agora. - Agatha sai e volta com uma enfermeira. Ela manda me aplicar uma injeção. Eles me seguram.
- Thom o que aconteceu? Porque ela está tão alterada? Acabei de sair e ela estava mais calma e até sorrindo.
- Depois lhe explico Walter, mas agora temos que acalmá-la.
- Vai embora seu maldito, tira a mão de mim, eu te odeio, quero que suma . Eu te odeio, te odeio, nunca mais volte.- Meu Deus, estou tonta, de novo não, as vozes ficam confusas, minha visão turva, apaga tudo.

Em Seus BraçosWhere stories live. Discover now