O namorado da minha irmã

Capítulo 2 - Mundando de idéia

" Isso não é um conto de fadas, e aqui não tem sapatinho de cristal, nem um príncipe encantado, muito menos uma fada madrinha"
- Thalyta JDs

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É sempre assim.

A líder de torcida passa desfilando com seu namorado quarterback no refeitório do colégio enquanto todos olham. Não que eu me importe já que a líder de torcida é minha irmã e o quarterback é o cara que definitivamente tenho uma queda...uma queda não, um barranco na verdade, mas quem inventou essa regra que os dois deveriam sei lá... namorar ?

A mesma coisa é com a separação de pessoas. Quando estamos no refeitório podemos vê isto claramente, no lado esquerdo, encostado na parede fica a mesa do grupo de nerds, já do mesmo lado mais para frente a dos rockeiros, das patricinhas fica no lado direito, das lideres de torcida no meio, até porque elas tem que ser o centro da atenção e junto com suas mesas fica a dos jogadores de futebol, a dos badboys fica mais para fundo, num ambiente mais isolado, ah sim nesta grupo se encaixa Ramon. Tenho que admitir que ele é um badboy da pesada, daqueles que usam bota e jaqueta de couro, seu braço direto é coberto de tatuagem, ele tem um piercing na boca, e seu cabelo é raspado. Mas nao é pelo jeito de vestir, que o faz parecer da pesada, isso é apenas um detalhe a mais. Todos nós sabemos que Ramon ja foi para reformatório no mínimo umas quinze vezes. Os motivos são variados, mas a maioria é mal comportamento no colégio.

Se Jenny quer conquista-lo tenho que dizer que ela terá um bom trabalho pela frente.

Jenny é apaixonada por Ramon desde que ele se matriculou neste colégio, que foi no ano passado. Ninguém sabe muito sobre a vida dele a não ser que seu pai foi preso recentemente e sua mãe o abandonou assim que nasceu.

E se você agora está se perguntando em que grupo eu e Jenny estamos encaixado a resposta será no gramado do lado de fora. É lá que todos que não tem grupos almoçam. E é aqui que estamos agora.

- Já sei o que vamos fazer amanhã. - Diz Jenny enquanto mastiga seu chiclete rosa.

- O que ? - Pergunto já sabendo da resposta.

- Vamos sair pra comprar o nossos vestido - Ela diz batendo palmas e sorrindo largamente, como se isto fosse algo maravilhoso. Pode até ser , mas pra ela , não para mim.

- Aiin Jenny não tenho paciência com isso.

- Deixa de ser desanimada mulher! Vai ser legal.

- Ok. Vamos fazer assim, eu te ajudo com o vestido, porém eu não vou ao baile de primavera.

O sorriso do rosto de Jenny se desmancha, e sei que agora ela vai parti pra chantagem emocional dramática como apelidei.

Jenny começa a chorar, e implorar pela minha presença dizendo que vai ser legal e tal e se caso eu fosse ela ficaria me devendo uma, como eu não estava mais aguentando chororô eu cedi.