Cap. 5

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Finalmente consegui falar com Luiza. Ela está bem, mas continua com aquele péssimo humor de sempre. Disse que sua avó esta fazendo químio e que vai ficar em BH por mais uma semana no mínimo. Procurei dar uma força a ela. Disse que estava com saudades de mim, mas estranhei ela não perguntar nada sobre Marcelo. Não disse nada sobre ele, pois que se ela quisesse saber teria perguntado.

Outra possibilidade é ela já ter falado com ele, mas nem tenho coragem de perguntar, não me perguntem porque. Estive pensando na possibilidade de estar havendo transferência e projeção. Será que ele lembra do irmão quando me vê? Fiquei mal com isso, mas foi um toque legal, acho que devo estar preparado pra tudo isso, de repente pode ser coisa da minha cabeça.

Marcamos uma balada pra sexta, o Guto foi promovido e vai pagar a conta. Encontrei com ele a tarde na academia.
Péssima notícia.
Ele acaba de me deixar em casa, e nossos encontros na academia acabaram. Terei estágio às terças e quintas à tarde; vou receber mais e vai dar para pagar a facul e até sobrar.
Fui à academia, já que não o verei mais durante a semana. Não encontrei ele quando cheguei.
Ele estava no andar de cima e só nos encontramos quando eu já estava quase indo embora. Ele pediu pra eu o esperar um pouco e falou que me levaria em casa. Eu esperei porque além de economizar um passe de ônibus eu ia ficar mais um pouquinho com ele.

Resolvi tomar uma ducha mais demorada que o normal enquanto o esperava e quando estava saindo eu o vi entrar no banheiro, fiquei meio sem jeito com ele só de toalha. Ele sorriu e disse

- Só um minutinho que eu saio já, meu coelhinho - Meu coelhinho? Agora eu sou o coelhinho dele? Estão vendo? É nessas coisas que esse cara me ganha. Eu me derreti todo! Mas segurei a onda. Vou confessar; eu dei uma viradinha sim pra vê-lo sem toalha. Ele estava de costas, parecia nem se importar se o vissem ou não. Na verdade na ducha masculina ninguém liga pra essas coisas, mas quando eu o vi senti algo diferente... ele é lindo, todo durinho, mas sem exagero, não havia visto ele ainda totalmente sem nada. Descobri que ele tem uma manchinha vermelha de nascença pequenininha na nádega esquerda em forma de meia lua, linda. Depois da ducha ele me pagou um lanche. Falamos bobagens, rimos, brincamos, ele roubou minhas batatinhas, como sempre.

Eu Disse pra ele que ia ter de deixar a academia e ele perguntou com cara séria o porque. Disse que era por conta do estágio e que não ia rolar de conciliar estágio, facul e academia. Ele disse:

- Que droga hein? Poxa e agora? Quem vai ser o meu parceirinho de malhação? Pô logo agora que você estava com um corpinho... - essa frase ele não completou.

Eu respondi pra ele que há uma galera massa lá na academia e que ele arrumava um substituto pra mim logo.

- Como você eu acho que não - ele respondeu me olhando dentro dos olhos, dando aquela piscadinha que me derrete e dando aquele sorrisinho que me deixa louco. Disparei um tímido:

- Cara assim eu me apaixono, como será depois?

Só que eu acho que ele não ouviu porque eu falei rápido e baixo demais e ele estava olhando o outro lado da rua, aí quando ele se virou a minha coragem sumiu.

- Quer dar uma voltinha comigo antes de eu te deixar em casa? - Ele perguntou.

- Tudo bem, - eu respondi.

No caminho ele me perguntou, como quem não quer nada, a que horas eu saía da facul todos os dias e eu respondi que regulava pelas 22h e perguntei porque ao que ele disse:

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora