Parte 8

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De acordo com o passar dos dias o fascínio de ambas ia crescendo gradativamente mais

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De acordo com o passar dos dias o fascínio de ambas ia crescendo gradativamente mais. Eduarda sentia que talvez não fosse um delito tão grave se deixar encantar e Rafaela sentia que demonstrar não era tão absurdo quanto temia. Compreendendo que naquelas circunstâncias tudo se baseava em emoções afloradas, foram cada vez mais abrindo espaços para se permitirem sentir. Já havia passado um mês desde a primeira noite que estiveram juntas e apesar de durante todo esse tempo não terem firmado nenhum compromisso verbal, sentiam-se pertencentes de algum modo tácito. Passavam os dias vivendo com entusiasmo os limites dos sentimentos que nutriam. Todos no ciclo de amizade comentavam que já estavam namorando, só faltava que caísse a fixar para que assumissem de uma vez, mas os rótulos, aos olhos de ambas, não importava muito. Como uma reviravolta, Eduarda mudou muito de seus conceitos sobre Rafaela. E Rafaela, neste meio tempo, conseguiu formular alguns sobre Eduarda. Passaram a se conhecer de forma cada vez mais intima. Entre todos os embates iniciais, finalmente conseguiram se encontrar. A metáfora pode ser paupérrima, mas vale o custo para nos fazer enxergar que as pessoas são muito além do que conseguimos ver e projetar. Apesar de não terem parado para mensurar a dimensão das mudanças que ambas sofreram durante este ínfimo período, ambas caminhavam em uma linha transitória entre o afastamento da solidão em detrimento ao surgimento da paixão. Eduarda não se sentia mais sozinha com tanto afinco e Rafaela era a peça chave na mudança de seu estado de espírito e vice-versa. Seria clichê demais sentir-se tão fisgada por uma paixão de verão? Pensava Eduarda, tentando frear aquilo que nascia dentro de si. Era sabido que Rafaela estava apenas passando uma temporada em Recife, mas Eduarda estava quase que ignorando os sinais vermelhos que isso trazia. Novamente seus pensamentos lhe trouxeram crises existenciais que já eram costumeiras. Pensou sobre às vezes que se questionou sobre vazio e solidão, acreditando que a rotina era meramente feita disso. Chegou a pensar também sobre a quantidade de pessoas que agora devem estar passando o mesmo e acreditando que estão predestinadas a estarem sós. Mas a verdade é que existem pessoas excepcionais buscando acompanhá-las na caminhada. Elas estão por toda a parte lá fora. O único X da questão é que olhamos em volta com pressa, de modo superficial. É mais seguro continuar em terra firme que permitir navegar na profundeza de mares desconhecidos. Molhamos apenas os pés quando a onda vem e corremos quando ela ousa molhar mais do que aquilo que permitimos de modo tácito. A areia d'baixo do pé afunda. É que coração é terra que ninguém pisa; ou ao menos não deveria. É um risco mergulhar na essência de alguém que se dispõem a oferecer a calmaria de um velejar. E se a tempestade vier? É mais seguro se não estivermos em alto mar. A verdade é que a covardia predomina com abundância lá fora. O amor é para os corajosos. Eduarda sabia veemente disso. Não era uma exceção para tal circunstância, sentia-se mais como a regra costumeira que preferia molhar só os pés que mergulhar de cabeça no oceano que o amor dispõe. A vivência com Rafaela lhe trazia um mundo de descobertas e quebra de conceitos. Por trás daqueles olhos castanhos escuros Eduarda descobria mais e mais do mundo.   


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1 - O preço de uma mentira [ ROMANCE LÉSBICO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora