Parte 23

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Era notório a surpresa no rosto de Clara

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Era notório a surpresa no rosto de Clara. Na expressão de Eduarda imperava a satisfação de sentir que tudo caminhou conforme o planejado. Irradiavam alegria, sem pudores de se mostrarem completamente apaixonadas, por quem quer que as vissem. Despedindo de todos, saíram dos holofotes protagonizado no luau e caminharam em destino ao Bottega, um restaurante que já havia sido antecipadamente reservado por Eduarda. A recepção não deixou a desejar, o funcionário muito atenciosos as dirigiu para o andar de cima, onde podiam desfrutar de uma visão impecável. O céu estava estrelado aquela noite e Clara só se deu conta naquele ínfimo minuto. As ondas do mar tão agressivas e fortes, movidas pela força da lua cheia que parecia refletir luz com tanta intensidade que tornava a noite mais clara. Era uma pintura realista que seus olhos contemplavam com fascínio. Eduarda estava mais focada em admirar a decoração do lugar que na vista proporcionada em si. As paredes compostas de um vidro tão transparente que eram quase invisíveis, em consonância com uma iluminação que deixava qualquer clima mais romântico. A música instrumental de fundo. Era tudo tão harmônico ao encanto do momento. O sabor da comida combinava com a magistralidade da noite. O risoto de camarão com limão siciliano agradou com precisão. Os olhares afetuosos esculpiam com naturalidade a ânsia de estarem de uma vez por todas a sós. As carícias era cada vez mais intensa. A pressa não permitiu sequer ficarem para a sobremesa. Estavam sedentas demais para retardar por mais tempo. Foi tudo muito rápido, Clara sequer consegue descrever o quanto. Quando atentou seus olhos, já estava sendo guiada para um quarto de hotel. Com uma mão Eduarda segurava a de Clara com carinho e cumplicidade e com outra abria a porta com lentidão, proporcionando um clima de mistério. Ela então pegou Clara em seu colo, que se apoiou apenas segurando em seu pescoço.

— Seja bem-vinda ao seu aposento real, minha rainha! — falou Eduarda, enquanto carregava, quase arquejando, Clara até a cama. As pétalas de rosas espalhadas nos quatro cantos do quarto ofereciam à Clara uma única certeza: Eduarda amava flores.

O beijo intenso... cada vez mais profundo. A nudez surgia pouco a pouco. O vinho posto sobre a cama acompanhado de duas taças merecia um brinde. Naquele instante o beijo tinha sabor de Cabernet Sauvignon.

— Duda, você não existe mesmo!

— É claro que existo, meu amor! — O beijo foi se encorpando.  

Então, Eduarda tomou para si ambas as taças e colocou sobre a escrivaninha. Após isso, voltaram exatamente para onde haviam parado: o beijo. Tudo aconteceu como qualquer mocinha imagina como deveria ser sua primeira vez... Clara sentia-se como se estivesse em uma cena romântica desses filmes clichês hollywoodianos que ela era confessamente viciada. Mas a melhor parte de tudo, era a certeza de que era real. Desde a simbiose corporal até a lascívia.

Sabiam que o tempo estava acabando. O amanhecer já estava surgindo no alto e as cortinas escuras tentavam sem êxito tapar os raios que emanavam do sol, entrando pelo cômodo sem permissão. Os corpos exaustos, descontabilizando os orgasmos, recusavam o descanso para alargar o momento. Os lençóis marcados com suor eram a antítese perfeita ao ar-condicionado gelando. As unhas cravando os corpos, na ânsia de trazer para mais perto, eram retratos fidedignos das feras indomáveis que habitavam em seus íntimos. A sensação que imperava era que a noite havia passado com a velocidade da luz, mas a verdade é que souberam aproveitar cada segundo. Os toques cada vez mais abundantes presenteavam-nas com tanta volúpia, que ondas de prazer depositadas em seus corpos saiam em forma de gemidos.

A maciez umedecida desbravando sua pele, causava em Clara a sensação de que seu corpo era um quadro em alto relevo, que a língua de Eduarda ousava pincelar. O relevo de seus poros eriçados traziam para o momento um novo estilo de arte contemporânea. No intimo estavam desnudadas, pulsantes e liquidificadas, a cada vez que escorregavam na maciez que compartilhavam. Seus sexos se conectavam com tanta intimidade, que pareciam se conhecer há tempos. O sol invadiu o quarto, e como se fosse sincronizado, o sorriso maroto de Eduarda desejando "bom dia" fez Clara desabrochar como se fosse uma flor.

 O sol invadiu o quarto, e como se fosse sincronizado, o sorriso maroto de Eduarda desejando "bom dia" fez Clara desabrochar como se fosse uma flor

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