| Car zone |

1.7K 146 23
                                    

Por sua vez Harry fazia o favor de atravessar as suas mãos pelo meu corpo. Fazer sentir-me bem sempre foi a sua forma mais querida para que afastasse todos os meus pesadelos ou até mesmo traumas e dificuldades. O meu corpo é virado diretamente para o dele e a minha cabeça cai num dos seus ombros.

Sinto-o mordiscar-me a orelha enquanto sinto as suas mãos atravessarem a minha camisola mas ao invés de as pousar nas minhas costas, decide baixá-las até ao meu cinto, desapertando-o, e sinto as calças alargarem-se.

As minhas costas embatem contra a porta enquanto longos suspiros percorrem a minha boca e a minha respiração acelera.

Abro os olhos para ele, enquanto as suas mãos correm as minha calças até ao meu rabo, erguendo-me e apoiando-me na porta. As calças acabam por escorregar-me pelas pernas e apenas uma camisola me cobre o corpo. Sinto o meu pescoço humedecer com o toque dos seus lábios contra mim.

A minha cabeça caí quando ele crava os dentes seguidos dos lábios na minha clavícula e logo de seguida baixo os meus lábios até aos seus. Sinto-os encaixarem nos seus e em segundo-os fecho-os no seu lábio superior e ele acompanha no meu lábio inferior.

E quando ele me puxa para longe da porta cruzo as minhas pernas nas suas costas para que não caísse. Encaixo a minha cabeça no seu ombro enquanto ele se move pela casa, apanhando um dos lençóis do sofá e colocando-o sobre as minhas costas.

- O que vais fazer? - eu encaro-o e puxo o cobertor pelas costas acima prendendo-o junto ao meu pescoço.

- Vamos fazer amor. Não é o que esperas de mim?- ele diz no meio do riso.

- Sim, é isso que eu espero. E para que é o cobertor?

- Vamos fazer amor, noutro sítio. - ele diz.

Só me apetece rir quando ele começa com os seus jogos.

- O meu quarto tem algum problema? Ou a casa de banho? Terão algum problema? - eu digo ainda me rindo.

- Cala-te, se não faço-te ir a pé até ao carro. - ele diz e depois fecha os olhos. - Merda, estraguei a surpresa.

- Vou fazer de conta que não ouvi essa barbaridade. - digo-lhe.

- Ouvis-te querida, vai ser lá. - ele diz e uma risada minha soa pela casa enquanto eu ouço a porta fontal abrir-se.

Harry e os seus jogos. O tempo frio do lado de fora percorre-me a espinha e as minhas pernas nuas gelam mesmo com os braços quentes do Harry a segurá-las.

Pergunto-me o que pensará quem nos vir. Mas de certo que ninguém nos veria uma vez que estámos um pouco longe da cidade e, claramente, eu não tinha muitos vizinhos. E os que tinha, estaríam sem sombra de dúvidas junto da lareira a aquecer as mãos.

A minha cabeça refugia-se junto ao pescoço do Harry e sinto os seus caracóis nos meus olhos que se fecham sem que o meu sorriso saísse da cara. Ouvia e sentia a rua respiração que caía sobre a minha pele já fria e que me provocava calafrios. Assim que chegámos ao carro ouço-o abrir a porta traseira.

- Chegámos. - ele diz e beija a minha bochecha. Depois pousa-me sobre o banco traseiro, deitada e fecha a porta logo atrás de nós.

Os meus lábios formavam um sorriso que talvez fosse possível ver-se a quilómetros, mas não deixaram que este fugisse e nesse momento Harry retira a camisa fora e pousa o seu corpo junto ao meu ainda coberto pela fina camisola e as suas mãos sobem por baixo dela apertando os meus seios. Os seus lábios prendem-se aos meus e não há maneira possível de os parar. Movem-se em sintonia e pedem cada vez mais um pelo outro. Afugentavam todos os meus pensamentos e traziam-me memórias, boas memórias. Finalmente eu sentia-me em paz. Pela primeira vez em muito tempo. Eu sentia-me bem. Era impossível eu querer sentir-me melhor.

Ele baixa as suas mãos pelo meu tronco e pousa os dedos no seu cinto, desapertando-o. Sabia que ele se ia livrar das suas calças de seguida e sabia também que aquelas botas que ele adora usar sairiam de uma vez.

Mal pousa os seus boxers sobre as minhas cuecas sinto-me exposta e como Harry adora provocar, puxa a sua camisa de cima do travão para onde a tinha atirado e puxa as minhas mãos para cima enrolando a camisa em volta delas. Depois disso, ele puxa a minha camisola e deixa-a sobre os meus cotovelos.

- Tu hoje, esmeraste-te! - eu digo enquanto ele se esforça para me desapertar o colchete do sutiã.

- Eu esmero-me sempre, mas hoje, foi uma surpresa para ti. - ele diz e pousa os seus lábios nos meus mais uma vez, quando sinto os meus seios serem soltos e o sutiã escorregar até ao chão do carro.

Lentamente, ele pousa os lábios ao longo do meu corpo, sinto-o passar a língua por um dos meus seios e rodá-la junto ao topo. Enquanto a outra mão se ajusta às minhas cotas que se erguem sincronizadas aos seus movimentos.

Pouso as minhas mãos atadas ao seu pescoço e puxo-as até ao seu cabelo empurrando a sua cabeça para mim, para junto dos meus lábios novamente, tapando-os com os seus lábios carnudos e encarnados.

As suas mãos puxaram descuidadamente as minhas cuecas e apercebi-me que ele se encontrava já nu sobre mim, senti-o em mim segundos depois. Senti o banco debaixo de mim abanar, senti os seus movimentos aprofundarem-se à medida que as minhas mãos se deixaram escorregar pelas suas costas, senti o laço desapertar-se momentos depois sem que a velocidade fosse alterada dentro de mim. Consigo levar as minhas mãos à sua zona íntima os meus dedos acariciam-no nos momentos em que este se encontra do lado de fora.

As suas mãos pousam-se cada uma do lado da minha cara e por momentos consigo abrir os olhos para os seus bíceps do meu lado. As minhas costas arqueiam sinto o orgasmo invadir-me quando o solto através dos meus lábios ouço os de Harry quando senti um líquido entrar em mim.

Observo os seus olhos que se pousaram involuntáriamente nos meus lábios, observo os seus lábios mordidos que pousam de seguida sobre os meus.

A sua respiração acelerada provoca-me sensação de bem estar. Observo o seu cabelo suado e o seu corpo cola nas minhas mãos e no meu peito. Harry roda-nos e o meu cabelo caí-lhe sobre o peito e sobre parte da sua cara. O seu sorriso é genuíno e o brilho que contrasta o verde dos seus olhos deixa-me perdida.

Aquele dia memorável de quando nos sentímos únicos, seria este, onde consigo observar os vidros embaciados, os batimentos cardíacos acelerados e onde o amor pairava no ar. Embora o cheiro do suor também, mas não era algo que me preocupava muito. Tudo o que alguma vez me pudesse preocupar, era Kim.

E para mal dos meus pecados, ela não estaria extinta. E fico receosa de que Harry esteja a encobrir algo vindo dessa serigaita, a qual chamo de cunhada.


OUR DEMONS : hs (disponível também em livro)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora