Especial Elo Irrevogável

1 - Celebrar a Vida

Retorno com um especial de alguns capítulos de Elo Irrevogável
Ainda não está concluído e ainda não sei quantos, então a história é aberta à sugestões que, se forem possíveis de ser utilizadas, serão sem nenhuma dúvida. Então comentem sem reservas!! Beijos e boa leitura!

Introdução

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Mansão San Roman

A família despertava para um novo dia que deixava mais perto um momento decisivo na vida dos jovens que ali viviam e enchia de orgulho e realização ao casal San Roman. Estevão e Maria estavam casados há 3 anos e viviam o melhor momento de suas vidas. Algum tempo antes, jamais poderiam pensar que viveriam tão felizes. Havia tantas marcas e traumas entre eles que não parecia simples superar. Maria havia sido irremediavelmente marcada 22 anos antes quando Evandro, abusando da confiança que adquiriu dela defendendo-lhe na justiça, a violentou e lhe deixou grávida. Esse bebê lhe foi arrancado poucos dias depois de seu nascimento e, contrariando todas as perspectivas de que de algo tão terrível pudesse-se tirar coisas positivas, esse fato foi o fator que tantos anos depois fez reviver um amor que parecia estar morto e enterrado.

A filha que Maria não desejou, mas que amou com todo seu coração desde que soube que crescia dentro dela, foi entregue a Estevão, seu grande amor do passado que, ficando viúvo alguns anos depois, criou sozinho essa menina e seu filho Heitor com os quais construiu uma família. Maria ao chegar ao fim de sua busca, também reencontrou-se com seu destino e pôde reconciliar-se não só com o homem de sua vida, mas com todo o seu doloroso passado. Com isso a vida lhes ensinou que o destino existia e que, às vezes, ele é capaz de reencontrar pessoas por caminhos totalmente impensados, mas, ao fim, inquestionáveis.

Com o tempo os dois aprenderam a dar a esse passado o lugar que ele merecia: o esquecimento. Dele, decidiram extrair só o importante e viver no presente. Celebrar a vida, o amor, essa família que a vida lhes presenteou e que, por caminhos que nenhum deles podia imaginar, mostrou que a família de cada um só tinha que ser um com o outro, com ninguém mais.

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A mesa do café da manhã estava disposta como eles gostavam: farta e cheia de cores demonstrando que uma família se encontraria pela manhã para conviver e celebrar a alegria de estar juntos.

_ Bom dia, filho. - cumprimentou Maria que chegou à sala de jantar de mão dada com Estevão e encontrou Heitor já acomodado.

_ Bom dia, Maria e bom dia para meu pai. Já parecem tanto só um que nem é necessário cumprimentar os dois. - disse com um sorriso.

_ Bom dia filho. Fico feliz que se note que somos só um, pois é assim que nos sentimos. - disse Estevão puxando a cadeira para Maria sorrindo. Ela se sentou agradecida com o gesto.

_ E é bonito que um jovem que está a ponto de se casar pense assim do casamento, admire a cumplicidade e a união que exista em um casal. - Observou Maria.

_ Pois saibam que vocês dois são meu grande exemplo. - Ele disse sincero. - Já sabem que Paloma é sozinha, não tem família...

_ Sim, Paloma me lembra muito a mim em sua idade. - Recordou Maria baixando os olhos.

_ Mas sua história vai ser diferente. - Estevão impediu que os pensamentos de Maria se desviassem para aquelas recordações tão dolorosas.

_ É claro! - confirmou Maria. - Paloma vai se casar com o homem que ama, como sonha, e os dois vão construir uma linda família. - Disse Maria segurando a mão de Heitor. - Heitor, sua mão está gelada! - surpreendeu-se.