16 Capítulo

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Assim que recebi aquela ligação, pensei em quantas coisas mudariam dali pra frente!
Eu não o veria mais todo final de semana, não receberia os sms de Bom dia com tanta frequência e muito menos poderia estar de pertinho quando ele precisasse de mim.
Mas mesmo assim estava tranquila, sabia que na obra estaríamos sujeitos a isso em algum momento.

E estava feliz por ele, porque isso iria acrescentar ainda mais no ministério dele!

Depois de uma semana, enfim chegou o dia dele ir embora, ah, quantos choros e abraços, na despedida...

Ele jurou me esperar e eu fiz o mesmo, afinal o nosso sentimento superou dois anos longe, e isso era só um detalhe.

Namorar um pastor em outro país não é fácil, quem namora ou namorou , sabe muito bem disso!
Alías sempre tem uma engraçadinha, pra chegar e dizer : "PASTOR TO GOSTANDO DO SENHOR!"

Mas , a minha oração aqui no Brasil era forte , e o diabo sempre caia por terra! rsrs'

Depois de um ano e 7 meses entre namoro e noivado, finalmente nosso casamento foi liberado.

Ele voltou para o Brasil para a entrevista com o Bispo, e assim ajeitarmos tudo para o casamento...

Depois de dois meses o nosso dia chegou!

No dia do nosso casamento um filme passou na minha cabeça, lembrei de quando o conheci, de tudo que passei, de como ele reapareceu na minha vida, e pude ver, que aquela Larissa que estava casando não era a mesma Larissa que viu o pastor Caio pela primeira vez. Era uma Larissa forte, que acreditava em si mesma, que se amava porque sabia que Deus a amou primeiro.

E sei que tudo que passei que me fizeram crescer, serviu pra me preparar para os planos que Deus tinha na minha vida, mesmo sem eu saber, e sem entender.

Quando eu disse sim naquele altar , sabia que estava ali com o homem da minha vida, alguém que ultrapassou tempo e distância esperando por mim.

Sei que era um casamento que de fato valia a pena!

E novamente em silêncio , olhando para ele naquele dia, eu agradeci a Deus!

Depois de casados, voltei com o Caio para o País onde ele estava, a despedida foi tensa , minha mãe que sempre ficava ansiosa por esse momento não parava de chorar dizendo que ia sentir saudades.

Mas quando eu estava prestes a embarcar, ela me deu a benção dela... e eu pude ir feliz.

Lá, era tudo diferente pra mim, a língua era estranha , as pessoas, e a nossa igreja, era distante das demais...
Não era igual ao Brasil onde a gente encontra uma Universal a cada esquina.

E nem havia muitos obreiros, haviam poucos, e eu sempre tinha que ajudar meu esposo na maioria das reuniões.

Um dia ele teve uma reunião na Igreja Estadual, que era muito longe da nossa igreja.
Ele teve que sair de manhã cedo, e de tardinha ele já estaria de volta...

Foi até a sede regional e pegou uma carona com o pastor regional, e eu fiquei sozinha cuidando da igreja...

Perdi ele no Altar.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora