2-Sábado: No jantar.

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- Dhena! anda logo eu tó com fome. -reclamou Bárbara batendo na porta do Banheiro onde eu estava tomando banho, ou melhor já estava vestindo a roupa.
Abri a porta.
-Você sempre está com fome Bah! Mais vamos eu também estou faminta.
Sorrimos e fomos para o refeitório, fomos uma das primeiras a chegar, Nos servimos e pegamos uma mesa bem no canto onde dava para visualizar todo espaço.

-Você ligou para sua mãe? perguntou Bárbara.
-Ainda não, eu ligo amanha, tentei ligar hoje mais ela não atendeu. -respondi.

Aos poucos o refeitório foi enchendo, e eu estava torcendo para que o Augusto não aparecesse, mais como sempre ele apareceu.
Ficou distante de mim em uma mesa cheias de meninos o Guilherme também estava no meio, ele sorria igual a um bebê.

-O que será que vai ter de sobremesa?
-Bárbara você ainda nem terminou de comer a comida, e já tá pensando na sobremesa. respondi
-Eu sei, mais eu estou com vontade de comer alguma coisa doce.
-Eu sei algo bem doce pra você comer.
-O que, você tem bala?
-Não, tenho açúcar e muito doce sabia? -disse sorrindo e Barbara como sempre me olhou com as famosas caretas dela e depois começou a sorrir.
-Besta. -ela brincou.
Terminamos e levantamos para levar a bandeja até a esteira que recolhia pra lavar.

barulho de algo caindo no chão.

-Nossa Ludymilla, você só pode estar cega. que desastre ambulante.- berrou uma garota loira.
-Desculpa, eu não vi. -respondeu outra garota de óculos e aparelho.
-Você é mesmo cega, me sujou de molho de tomate sua imprestável ,agora limpa. - a garota loira jogou macarrão da bandeja de outra menina no Garota de aparelho.
Todas as atenções estavam voltadas para elas, a loira humilhou a outra garota. até eu me meter no meio.

-Ei não precisa tratar ela assim, foi um acidente, e essa mancha de molho de tomate sai com água e sabão. - Disse para a garota loira, ajudando a outra a se levantar.

-Quem você pensa que é para falar assim comigo? -berrou para mim.
-Alguém que nao gosta de ver ninguém sendo Humilhado, por algum com mais poder que ela. -respondi encarando a loira.

-Pois eu sou Andréia Fontenot, filha de Flávia Fontenot, você deve me obedecer.
-Tó nem ai de quem você é filha, você tá loca eu não te devo nada. -respondi.

ela me encarou e eu também, até que ela pegou macarrão e jogou em mim, eu retribui. e começou um guerra de comida entre eu e ela.

-Mais o que está acontecendo aqui? -gritou César o diretor do acampamento se aproximando de nós duas.

Paramos e olhamos para ele.

-Você e você para minha sala agora. -ele disse apontando para mim e a tal da Andréia.
Fomos para a sala dele e ele veio logo atrás.

-Odeio quando tenho que ser chato, quem começa me explicando o que aconteceu? -ele se virou para nós duas que estávamos uma do lado da outra.

Eu fiquei calada.

-Essa daí, começou jogando macarrão em mim, quando eu por acidente tropecei e deixei cair minha bandeja perto dela. -Andréia mentia com tanto verdade na voz.
-Mentira. -gritei. -Ela humilhou a garota que derrubou a bandeja nela, eu só tentei ajudar e essa daí jogou macarrão em mim eu apenas retribui.

-Nunca pague com a mesma moeda. -César disse.
-Chame a Ludymilla ela vai confirmar minha versão, ela estava do meu lado e viu tudo. - Falou Andréia.
-Não, eu vou falar com todos os Alunos que estavam no refeitório fica mais fácil, vocês vem comigo.
-Mais eu preciso tomar banho estou com um cheiro horrível de tomate na minha linda pele. - Andréia falou com drama.

César nós encarou.
-Vocês tem meia-hora para irem tomar banho e ir para a fogueira. -autorizou ele.
Eu sai sem esperar aquela fresca disser mais nada.

Fui para o quarto, tomei banho lavei cabelo e tudo, vesti uma roupa, e sai para fogueira o mesmo lugar onde eu cantei com Guilherme no primeiro dia do acampamento.
Procurei por Bárbara fui andando de fileira em fileira e tive o desprazer de encontrar Augusto.

-Ora a heroína da noite chegou, muito humano o que você fez, um verdadeiro ato de amor. - ele disse novamente com deboche.
-Como se você soubesse o que Amor significa. -respondi.
-E você sabe?
Suspirei.

-Mais do que você sim.- respondi saindo.

Achei Bárbara, ela estava na terceira fileira dos bancos a direita.

-Nossa, o que aconteceu. - me perguntou.
-Depois eu falo é uma longa história. - respondi.

César subiu no palco.
-Boa noite alunos. -disse ao microfone.- As alunas da cena no refeitório subam aqui por favor.
Eu subi primeiro e a fresca da Andréia veio depois, ficamos do lado uma da outra.

-Bom elas contaram versões diferentes da mesma história então vim aqui diante de todos os alunos, tirar isso a limpo.
A Andréia disse que quem começou foi a... -ela olhou para mim.
-Dhena. -respondi

-A Dhena, e a Dhena disse que a Andréia começo, então sejam minhas testemunhas.
SE quem começou foi a Andréia levantem a mão. eu esperava que todos levantassem as mãos, mais só Bárbara levantou a mão.

-Muito bem. - César olhou para mim. -SE quem começou foi a Dhena levantem a mão.

Todos levantaram as mãos.

Como assim, ela começou. não entendi.

-Bem então já sabemos quem começou, me espere atrás do palco. -César me disse.

Eu deci com a sensação de injustiça, a mesma que sofri tantas vezes.
fui para trás do palco e já estava esperando pelo pior. eu queria rebater, mais diante das provas como poderia passaria por mentirosa. melhor deixar quieto.

César chegou e me olhou desconfiado.

-Não precisa ficar com tanto medo assim.

tava tão na cara.?

-Você não vai ser expulsa, fique tranquila.- me acalmou.

Suspirei fundo aliviada.

-Você vai apenas trabalhar na cantina por 4 dias. um castigo simples. - ele sorriu- desculpe se fui grosso mais tenho que manter a disciplina do acampamento.

-Obrigada, por tudo, isso não vai mais acontecer. desculpe -respondi com a voz baixa.

-tudo bem, pode ir, você acorda amanha mais cedo e vai para a cantina deixei tudo marcado com a cozinheira. -afirmou.

-Ok, obrigada de novo. respondi e fui me sentar ao lado de Bárbara.

-porque ainda estão aqui? -perguntei.
-O dr. César mandou esperar. tudo bem? -respondeu.
-Athá. Não aconteceu nada de mais eu só vou ter que trabalhar na cantina por 4 dias, e não aprontar mais. - respondeu.
-Como ela fez pra todo mundo ''cair na dela''? -perguntou Bárbara fazendo aspas com as mãos.
-Não sei, mais eu ainda não estou acreditando, que no meio desse bando de aluno, só você preste. -respondi. -mais agora bola para frente, e vai ate ser bom trabalhar na cantina pra me distrair um pouco, e esquecer certas pessoas.

olhei para Bárbara com um olhar ''você já sabe quem é.''.
Guilherme subiu no palco juntamente com Augusto, ele pegou o microfone.

-Boa noite galera! então meu pai pediu para que vocês esperassem porque eu tenho um recado importante para vocês. -começou falado. -Sabe esse garoto aqui do meu lado, ele é o novo aluno do acampamento, mais ele também é filho de um dos principais compositores da história da música, então vamos bater palma para Augusto Motta.

Todos bateram palma, menos eu e Bárbara como sempre.
-Ele vai ser um dos nosso instrutores, pela suas experiencia com a música. -Guilherme sorriu.-Agora boa noite a todos. -despediu-se.

-Vamos quero sair logo daqui. -falei.
Nós duas nos levantamos e caminhamos para o quarto mais antes demos de cara com a fresca da ANDRÉIA.

ela me olhou desconfiada.
-Eu falei para não mexer comigo. -ela disse.
-Não me arrependo, você não é diferente de mim, mesmo querendo ser. -respondi.- E outra, eu não tenho medo de você.

Sai e fui junto com Bárbara para o quarto.
Escovei os dentes, vesti um roupa mais confortável, e cai na cama. O dia amanha começaria cedo e séria bem longo.

Duas semanas incrivéis.Where stories live. Discover now