Capítulo 23- O código.

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-Eu posso te levar lá, mas aquilo já não deve estar em boas condições. -disse o meu avô.
-Não faz mal, eu só quero ver se encontro alguma pista sobre o relógio.... Quer dizer, sobre a mãe. -disse eu .
O meu avô guiou -me de novo até ao carro e fomos em silêncio até ao tal covil. O meu avô parecia muito preocupado, não percebi do que era mas supûs que era por ir mais uma vez ao covil da minha mãe. Até chegarmos, o meu vô estava sempre a olhar -me intrigado e, quando eu o olhava de volta, ele desviava o olhar. Finalmente, chegámos ao covil, eu sai do carro e fui muito devagar para dentro daquela casa a cair de podre. Abri a porta e nada se parecia com o que o meu avô descrevera, tinha 2 poltronas partidas e estragadas, uma mesa cheia de flores murchas, as janelas partidas com os seus cortinados, cor de café, rotos, várias teias de aranha, tocas de rato, papéis a machucados e um dos pedaços do tal quadro que o meu vô falou no chão. Aproximei -me de uma das paredes e lá estava escrito :"BFFMystery", "BFF", " Amigas", e coisas desse género. Depois, fui até às poltronas, reparei que no cimo de cada uma delas estava escrito: "Asas", o nome do restaurante, fui ver as flores mortas e notei de que eram todas rosas e papoilas. Caminhei até ao pedaço do quadro onde a minha mãe e a Lúcia escreviam os seus mistérios e aventuras, o pedaço não era muito grande, por isso acho que o quadro delas também não era grande. As palavras mal se liam, e eu só conseguia ver umas letras das quais eram:
D_ _ co_ _ _ m _os que c _ o _ _l _ gio _ _ mb _ _ se p_ _ e ver o f_ _ _ _ _!
Não percebia nada, por isso decidi escrever aquilo num papel e no dia seguinte perguntar ao Rafa e à Maria se tinham alguma ideia.
-Leonor, vamos que tu ainda tens de fazer os T.P.C.s! -chamou o meu avô.
- Tudo bem vô, estou já a ir!
Antes de sair tirei uma foto aquela sala para a mostrar ao Rafa no dia seguinte, porque a Maria podia sempre vê -la pelo relógio. Corri até aí carro e fui a olhar para aquelas letras até chegarmos a casa. Infelizmente, não consegui perceber nada.
Chegámos a casa e eu subi para o meu quarto para fazer os T.P.C.s. Estive a fazê -los durante mais ou menos 1:00h, e tinha acabado de os fazer quando a campainha toca. Desci as escadas e abri a porta.
-Olá Rafa! -disse eu. -Tudo bem?
-Sim, só vinha perguntar -te se sabes qual é o número da mãe da Maria. -disse -me ele.
-Eu não sei, o meu vô é que sabe disso. Ele agora está nas compras, mas tu podes esperar por ele aqui se quiseres. De facto, até tenho uma coisa muito importante para te contar! -disse eu.
-Ótimo, então eu espero aqui pelo teu avô enquanto tu me explicas isso. -sorriu o Rafa.

LeonorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora