my sexy boss || louis tomlinson

Caras como você.

Não era preciso uma bola de cristal para adivinhar que mamãe me daria uma bela bronca quando chegasse em casa. Tentei ligar para ela depois de tomar um banho, mas como já era de madrugada e eu estava morrendo de sono, resolvi falar com ela quando retornasse de West Orange. Por incrível que pareça, eu consegui dormir bem na noite passada, mesmo que certos olhos azuis assombrassem os meus sonhos. Ainda pela manhã, eu não conseguia digerir tudo o que tinha acontecido entre mim e Louis. Tentei de varias formas esquecer o toque provocante dos seus lábios na pele do meu ombro, as palavras soando em um ritmo completamente erótico dentro da minha cabeça, aflorando de um modo louco os meus pensamentos. Meu estomago dava voltas, minhas pernas bambeavam e meu coração batia em um compasso fora do normal. Louis me fazia sentir milhares de coisas em segundos. Com apenas um olhar ele me deixava atordoada. Mas não em um sentido ruim. Estranhamente era bom. E estranhamente, eu estava mesmo me apegando a Louis. Eu nunca cogitei essa possibilidade.

Quando eu consegui o emprego, eu fiquei feliz e sempre desejei ter um bom relacionamento com o Tomlinson. Só que esse tipo de bom relacionamento não englobava beijá-lo e muito menos gostar de certas partes do seu corpo roçando em meu traseiro. Isso também estava fora das minhas cogitações. Parece até que os meus planos foram desfeitos quando conheci Louis. Ele era diferente dos outros poucos caras que eu me relacionei. Louis tinha a proeza de ser extremamente carinhoso quando queria, mas eu seus momentos temperamentais ele podia matar alguém sem se importar com nada.

A única coisa que me incomoda, é que eu não consigo negar a Louis. Eu não consigo pará-lo quando ele começa a me beijar ou quando ele passa as mãos pelo meu corpo. Minhas forças desaparecem quando seu olhar encontra o meu, e novamente eu estou caída aos seus pés. A frase 'ele é o seu chefe' estampava em minha mente, mas o meu coração não entendia nada daquilo. É como se ele ignorasse totalmente os meus preceitos de não enxergar Louis como outra coisa sem ser o meu querido chefe ou um homem comprometido. Eu já deveria ter cortado o mau pela raiz. Nem era para ter tido uma primeira vez.

Remexi-me no sofá enquanto ainda mordia a manga da minha blusa, estava tão perdida em pensamentos que meu olhar focava-se no chão e eu nem percebi o pano em minha boca. Pisquei varias vezes e suspirei passando a mão pela testa.

– Aqui, pega. Isso vai melhorar a sua dor de cabeça. –Micaela apontou-me um copo d'água e um comprimido.

– Obrigada. –agradeci e peguei ambos de suas mãos.

Assim que o gosto amargo do remédio se fez presente na minha boca, eu o empurrei com a ajuda da água. Minha cabeça estava explodindo, talvez porque eu dormir tarde e com uma dose de álcool no organismo. Micaela e eu estávamos esperando mamãe, sentadas no sofá e como sempre ela falava baboseiras.

– Como foi à festa? –ela perguntou se jogando na poltrona.

– Foi legal. –respondi colocando o copo em cima do centro de vidro. – Dancei bastante, dei risada com Matt e ainda fui cantada por um cara de quase trinta anos.

– Não acredito. –ela gargalhou. – E o que você fez?

– Nada. Eu apenas sorri, mas não aceitei o seu convite para ir conversar. –dei um pequeno sorriso.

– Porque não? Já está na hora de você conhecer alguém, Lisy.

– Sem chances. A verdade é que não deixaram.

– Não deixaram? –ela repetiu não acreditando. – Quem não deixou?

– Louis. –pigarreei rapidamente.