Carly narrando:
Estou no hospital...meu tio Jhon ligou pra minha mãe horas atrás, a bolsa de Karla estourou, ela vai ter a menininha agora. Tio jhon ficou maluco, já que não estava previsto. Minha mãe está mais pálida que papel, também...vai ser a primeira sobrinha dela.
-Liçe, vem...vamos comprar um café! -meu pai fala e minha mãe vai com ele. Eu vejo meu tio vindo chorando na minha direção, isso aperta meu coração. Os olhos dele estão vermelhos, ele está quase se arrastando.
-Tio! O quê houve? -eu pergunto e abraço ele. Dá pra ouvir os batimentos cardíacos do meu tio. Eu não sei por que....mas eu também começo a chorar.
-A Karla, e-ela não s-sobreviveu. -meu tio fala gaguejando, e eu fico boquiaberta. Karla está morta?
-Tio...-eu não consigo falar nada, só abraço ele. -...e a Shofhia? -pergunto sem conseguir parar de chorar. As duas morreram?
-Ela está na incubadora. -ele fala e eu relaxo um pouco.
-Ela nasceu bem? -pergunto e ele faz que sim com a cabeça. Minha mãe volta e meu tio conta o que aconteceu. Poxa, eu ví a Karla hoje de manhã, e agora, bem...agora ela está como está.
-Calma, em que eu puder te ajudar, eu vou. Você sabe! -minha mãe fala e abraça meu tio. Coitada da Shofhia...mal nasceu, e não vai sentir o calor dos braços da mãe.
-Minha nossa Clarice...ela morreu! -meu tio fala chorando. -Sofhia era tudo pra ela, e agora? -meu tio pergunta desesperado.
-Agora...você vai ter que seguir sua vida meu irmão, cuidar da Sofhia. -minha mãe fala acariciando o rosto do meu tio.
-Como? Se eu estava preocupado como ía cuidar da Sofhia, com a Karla do meu lado. Imagina agora! -meu tio fala.
-Faça isso pela Karla, e por você. A Sofhia vai precisar muito. -minha mãe fala e meu tio suspira fundo.
-Olha tio...sempre que o senhor precisar, eu cuido da Sofhia pro senhor. Não está sozinho, você tem eu, e minha mãe. Você sabe, né? -eu pergunto e dou um beijo na testa dele.
* * *
Eu finalmente chego em casa. Minha mãe quase que não consegue falar nada. Ainda não consigo acreditar que Karla morreu. Tudo bem que meu tio não era tão apaixonado por ela e tals...mas cara, ela morreu! A mulher que meu tio morou por anos, e anos, que tiveram uma filha...simplismente morreu!
Meu tio disse que a família da Karla vem daqui à três dias, vai ser o interro. Meu tio ficou no hospital com a Sofhia, ela nasceu bem. O médico disse que o parto foi normal, Karla já ía fazer nove meses, então foi tudo bem...mas ela não conseguiu sobreviver, e pelo que incrível que pareça...ela podia sobreviver, ela escolheu o parto normal...só por causa de beleza, ela não queria ter os pontos na barriga.-Carly? -escuto a voz de Thomas e olho pra porta. Ele me dá um sorriso pequeno e entra.
-Oi. -eu falo e ele senta na cama, do meu lado.
-Tudo bem? -Thomas pergunta um pouco preocupado.
-Comigo sim. -eu falo.
-Fiquei sabendo do que houve...sinto muito. -ele fala e eu suspiro fundo.
-Okay. Mas...eu mal conhecia ela, na verdade....eu conheci ela hoje! Mas à Sofhia...nem teve esse direito. -eu falo e ele me abraça.
-É. -ele fala.
-Ela podia estar viva, Thomas! -falo com raiva. -Só que ela não quis ter alguns pontinhos na barriga depois, tudo por beleza, olha tudo o que ela perdeu! -eu falo injuriada.
-Essa foi a escolha dela, Carly. Ela sabia que podia morrer. -Thomas fala e eu me deito.
-É. -eu falo e ele fica acariciando meu cabelo.
-E o Jhon? Como ele está?
-Mais ou menos. Ele está preocupado com a Sofhia. Mas eu o conheço...ele queria que a Karla estivesse aqui. -eu falo. Sim...ele queria! Tinham que ver o vazio que eu senti quando eu olhei nos olhos dele. Será que ele se sente culpado?
-E Sofhia, como ela é? -Thomas pergunta e eu dou um sorrisinho, eu ví ela antes de vim embora.
-Ela é bem branquinha, tão pequena. -falo sorrindo. -Tem olhos azuis, cabelos castanhos. -eu falo e Thomas presta atenção em cada palavra que eu falo, o celular de Thomas vibra, e o meu também.
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♥Família do bagulho!♥
Você, Emy, Guilherme, Thom, Sam, Deynel, Juh, Gus.
----------------------------------------------------Gus: Tive uma idéia!!! -20:05.
Juh: Sobre? -20:05.
Deynel: #_# . -20:06.
Gus: E se a despedida de solteiro do Thomas for em uma boate? -20:07.
Sam: Argh...e eu pensando que era algo importante! -20:08. -leio a mensagem e deixo o celular de lado. Eu não estou animada pra amanhã.
-Você sabe que o Gus está brincando, né? -Thomas pergunta é eu olho pra ele.
-Tanto faz. -Eu falo desanimada e deito minha cabeça no colo dele.
-O quê houve? -Thomas pergunta e volta a acariciar meus cabelos.
-Eu não estou tão animada pra despedida de solteira. -eu falo e suspiro fundo.
-Você tenta se divertir um pouco com as garotas. É sua depedida de solteira. -ele fala e beija minha testa.
-Espera...você não está preocupado com o que as garotas vão fazer? Pode sair um boy dentro de um bolo enorme. Alguns carinhas fantasiados fazendo striptese. -eu falo sorrindo.
-Bem...se eu falar que não estou, vou estar mentindo. Mas é sua despedida de solteira, e eu confio em você. -ele fala.
-Isso, diz que confia em mim, depois eu fico com a consciência pesada se eu pensar em fazer algo de errado. -eu falo e ele rí.
-Você me conhece tão bem. -ele fala e me beija.
-Eu sei. -eu falo me gabando e a gente rí. E tão bom estar com ele, consegue me fazer rir com qualquer besteira. -Vai dormir aqui de novo?
-Não. -ele fala e eu faço biquinho.
-Nem adianta me olhar assim...
-Assim como? -pergunto e faço uma cara bem triste.
-Exatamente assim! Da última vez, eu quase tive um ataque cardíaco. -ele fala e eu começo a rir.
-Okay. Okay! -eu falo e me aconchego no peitoral dele. -Espera...aonde a gente vai passar nossa lua de mel? -pergunto. Sim...só agora lembrei desse detalhe.
-Surpresa! -ele fala e eu reviro os olhos.
-Fala! Por favor! -eu peço e ele fica me olhando.
-Ahn...
-Sim? -interrompo ele.
-Não! Eu não vou dizer! Esqueças! -ele fala e eu dou um tapa no braço dele. Que droga.
-Okay. -eu falo em um tom sarcástico.
-É impressão minha, ou você está pensando em fazer algo? -ele pergunta.
-Aguarde, e verás! -eu digo com um sorriso no rosto. -Só mais uma coisa...você é alérgico à algo? -pergunto.
-Além de você?
-Bobo! Estou falando sério. -digo e ele fica me olhando.
-Bem...sou alérgico a morangos, e a mistérios. -ele fala.
-Sei.
-É sério, é melhor você me contar, eu posso ter uma alérgia fatal! -ele diz.
-Vale à pena o risco! -eu digo e ele revira os olhos.