Capítulo doze - Narrado por Caíque

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Assim que a Amélia foi procurar o Christian, fui ao banheiro. Até hoje ainda não sei o que eles têm, se são amigos ou mais que isso. Aquele garoto quer alguma coisa com ela, se é que já não tem. Tomara que sejam apenas amigos, senão a aposta vai por água abaixo...

     Subi as escadas e quando ia entrar no banheiro, a Carol saia dele, assim que me viu abriu um sorriso safado e veio em minha direção.

     -Caíque, como você está maravilhoso com essa roupa... Imagina sem - me olha da cabeça aos pés e eu reviro os olhos.

     -Oi, Carol. Você também está bonita - sou sincero. Apesar dela ser a pessoa que é, beleza é um atributo que ela possui.

     -O que acha de fazermos alguma coisa melhor? - pega na minha camisa, puxando-me para dentro e fecha a porta.

     -Acho melhor não, alguém pode querer usar o banheiro - abro-a novamente. - Como eu.

     -Que droga, Caíque. O que está acontecendo? Eu estou aqui só pra você, e você, por sua vez, não está comprometido - ela faz um biquinho e joga o cabelo para o lado. - E ninguém vai ver. Se você se preocupa com isso de sermos pegos, podemos ir a outro lugar... - olhar malicioso.

     -Carol, não me leve a mal, você tem suas qualidades - nem tanto. - Mas eu realmente não quero ficar com ninguém - minto na esperança que ela me deixe em paz.

     -Não precisa ter compromisso... - passou as mãos na barra da minha camisa. - Sinto falta dos seus beijos.

     Carol estava com um vestido amarelo que era impossível não notar o decote nele. Ela me encosta na parede, pressionando seu corpo contra o meu. Aproxima sua boca do meu ouvido.

     -Acaba logo com isso... - sussurrou.

     Quer saber? Dane-se! Inverti nossas posições, assim ela estava encostada na parede. Coloquei uma de minhas mãos em sua cintura e a outra em seu pescoço, a mesma sorriu. Colocou seus braços em meu cinto da calça, ameaçando tirá-lo. Assim que ela o jogou pra longe, coloquei suas mãos em meu pescoço e encostei meus lábios nos seus. Puxou meu cabelo com força e eu fiz uma careta de dor. Acho que ela gostou, porque puxou mais. Me arrependi do que tinha feito, mas agora já estava a beijando e talvez ela pare um pouco de me perseguir.

     -Conseguiu o que queria? - falei entre o beijo.

     -Ainda não... - encostou nossos lábios de novo.

     Ela tirou a minha blusa, fazendo eu ficar apenas com a regata e meus braços à mostra. Passou as mãos neles e disse:

     -Caramba, a quanto tempo você malha? Que gostoso...

     Ela está indo longe demais... Não quero fazer uma coisa que possa se arrepender, tanto ela quanto eu.

     Não sou assim apesar do que algumas pessoas pensam.

     -Carol... Eu acho melhor parar... - digo ofegante e ela me beija de novo.

     Ouço vozes se aproximando, abri os olhos e a porta estava entreaberta com uma parte do meu cinto pra fora. Alguém ia ver a qualquer momento. Mas que droga, ela não desgruda de mim. Fechei os olhos novamente.

     -Não acha que tem a pista de dança toda pra fazerem isso? - abro os olhos assustado e empurro a Carol. Amélia estava me olhando sem nenhuma expressão.

     -Amélia? Não é o que você está pensando... - falei a pior coisa que se pode falar numa hora dessas e vi que a Carol estava satisfeita com a situação.

A Última Aposta Where stories live. Discover now