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Zairah tinha os cabelos amarrados em um coque alto, vestia uma skinny de tonalidade vinho e uma camisa preta além de saltos beges nos pés. Ela caminhava pelo ateliê começando a escolher os tecidos e estampas para a confecção de sua próxima linha de roupas, anotando alguns detalhes em determinados esboços. Estava ansiosa para começar.

Quando percebeu, perdida em suas criações, o seu horário já havia sido ultrapassado. Ela saiu, recolhendo suas coisas e pediu para que alguém arrumasse a bagunça que restou.

Ao pegar o celular dentro da bolsa notou que havia uma chamada perdida de sua mãe e três mensagens de um número desconhecido. Antes de sequer poder desbloquear o aparelho, o nome de sua mãe e uma foto das duas juntas piscava continuamente na tela, fazendo ela atender e levar o aparelho até o ouvido rapidamente.

- Zairah! Você tem telefone para enfeite? - disse nervosa.

- Eu estava em horário de trabalho, mãe, me desculpe. - resmungou entrando no carro que lhe esperava na porta da empresa.

- Okay. Eu só liguei para avisar que amanhã eu estou na cidade e quero almoçar com você. Sinto falta de te ver, filha.

- Tudo bem. Também sinto sua falta. Traga seu namorado novo se quiser, eu gosto dele.

- Quero passar esse tempo com você, Bobby não vai morrer de ter que almoçar sozinho. E eu quero que a senhorita me apresente um namorado!

- Você também não comece, já tenho Louis no pé nesse quesito. - falou revirando os olhos.

- Porque nós dois sabemos que você precisa disso! Você é muito teimosa! Namorar um pouco não mata ninguém. Faz bem, eu te garanto.

- Quando foi que isso virou um complô contra mim? - disse brincalhona.

- Zairah...

- Mãe, eu acabei de chegar aqui no prédio e tudo que eu quero é tomar um banho e dormir, okay? Nos falamos amanhã?

- Tudo bem, meu amor. Eu passo amanhã para te buscar no teu horário de almoço. Tenha uma boa noite, até amanhã. Amo você.

- Até. Também te amo.

A morena desligou o celular e guardou dentro da bolsa antes de sair do carro arrumando a camisa. Ao entrar no elevador que a levaria para o terceiro andar onde ficava seu apartamento ela soltou os cabelos deixando os fios lisos e negros se derramarem por seus ombros graciosamente.

Quando abriu a porta colocando os saltos novamente junto a porta, Soph correu até ela latindo animada. A mulher abaixou-se para afagar o pêlo sedoso da cachorrinha que aceitava o caminho abanando o rabinho felpudo.

- Matha! Cheguei! - avisou a empregada que trabalhava ali de segunda a sexta-feira, mantendo a limpeza do local, preparando algumas refeições e principalmente cuidando de Soph.

- Quer que eu prepare um banho para você? - perguntou ao adentrar a sala instantes depois.

- Não há necessidade, eu só vou tomar um ducha e já volto. O jantar ainda vai demorar muito? Estou faminta.

- Cerca de meia hora, vou me agilizar.

- Obrigada. - falou sorrindo.

Rapidamente foi até o quarto pegando um pijama curto pois o clima estava agradável e entrou no banheiro tomando um ducha sem demora apenas para relaxar os músculos e retirar o suor do corpo.

Pouco mais de vinte minutos depois estava de volta a sala. Havia pego o celular na bolsa e o desbloqueava a caminho da cozinha. Ficou supresa ao notar que havia esquecido as três mensagens que recebera mais cedo de um número desconhecido.

If I Lose Myself || ZiamWhere stories live. Discover now