7. O Convite

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Hoje minha colega de quarto foi adotada... Fico feliz por ela. Agora ela terá uma família e será feliz.

Hoje faz quinze anos que vivo aqui, e nunca fui adotada. Já até perdi as esperanças. Quem vai querer adotar uma menina de dezessete anos? Acho que passei do prazo de adoção. Acabei de terminar os estudos, e já tenho vaga numa universidade concorrida, pois sempre mantive minhas boas notas. Trabalho numa lanchonete aqui perto desde o primeiro ano do colegial, e consegui juntar dinheiro para alugar um apartamento assim que eu completar dezoito anos. Eu não tinha muitos gastos, então tinha como pagar aluguel no futuro. Eu finalmente iria cuidar da minha independente.

O som da porta se abrindo me desperta de meus pensamentos. Era o vice-diretor do orfanato, o qual não lembro o nome, já que ele é novo, e também não me dou ao trabalho de saber o nome de uma pessoa que não gosto. Esse homem nunca me pareceu boa pessoa. E eu não fazia ideia do que ele fazia alí a essa hora da noite. Todos haviam dormido.

ー Ainda acordada? - pergunta fechando a porta atrás de si com os m sorriso maldoso.

ー Não vou responder essa pergunta idiota. - falo. Era óbvio que eu estava acordada. ー Pode sair do meu quarto, por favor?!

Ele sorriu, e se aproximou de mim. Eu estava na minha escrivaninha, olhando para trás para poder vê-lo.

ー Meninas como você merecem castigo por serem mal educadas. - diz segurando meu pulso, e me levantando.

ー Me solta, se não eu vou gritar. - falo já com medo. Ele segura meu cabelo com violência e me encosta na parede mais próxima.

ー Você não vai gritar. - ele falou com a boca próxima à meu pescoço. Passou a língua por alí. Eu não conseguia me mexer. Estava paralisada de medo.

Eu não conseguia respirar direito. Meu pulso estava doendo e eu não sabia o que fazer.

Soc-...- fui interrompida com um estalo. O lado esquerdo do meu rosto começou a esquentar, e meus olhos lacrimejarem.

ー Você não vai gritar. - ele sussurrou. ー Se não eu te mato!

Ele me empurra e eu caio em cima da cama da minha ex colega. Ele vem para cima de mim e começa a rasgar minha roupa. Eu começo a chorar, e ele me bate novamente.

ー Fique caladinha, sua vadia, ou eu vou fazer com que você se arrependa de ter entrado nesse orfanato! - sussurrou de modo ameaçador, continuando a tirar minha roupa.

O que eu faço? Por que ninguém aparece aqui? Por que eu não fujo?

Medo.

Eu estou com medo.

Eu estava completamente despida, com uma falha tentativa de me esconder, enquanto ele me olhava, eu continuava a chorar, só que agora silenciosamente. Ele colocou a mão na barra da sua calça, tirando o cinto... Ele iria mesmo fazer aquilo comigo? Deus, eu realmente merecia? Alguém me ajuda...

Eu imploro.

Eu acordo suada e ofegante. Respiro fundo esfregando os olhos contra a mão, bocejando. Olho para o cômodo à procura do meu celular, me estico pra pegar ele e as horas marcam 11h23 da manhã. Minha cabeça dói, e eu me sentia exausta. Não lembrava mais de nada depois de terem me deixado aqui em casa.

Apaixonada pelo Sr. Donovan?Onde histórias criam vida. Descubra agora