Capítulo 52

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- Nada Vê, eu só to explicando algumas coisas pra essa garota para ver se ela se põe no lugar dela. - Fala Gisele.

- Que bom que você apareceu Verônica... A sua amiguinha veio aqui sentir suas dores!

- Como é? Eu não to entendendo nada. - Verônica diz.

- Eu explico... Hoje o Alex não foi falar com a gente porque essa daí não deixou. - Gisele aponta para mim e eu cruzo os braços.

- Você acha que é dona dele? - Verônica pergunta para mim.

- Não, até porque ele não é nenhum objeto ou animal... Eu simplesmente disse que não queria que ele fosse até você, ele acatou o meu pedido!

- Ah, e qual a sua autoridade pra isso?

- E, chegou agora e acha que já pode exigir alguma coisa? Meu amor, você não é ninguém na vida dele. - A outra se intromete.

- O que que tá rolando? - Ouço a voz do Alex vindo de trás de mim.

- Alex, não se intromete que o assunto é entre nós e ela. - Verônica.

- Exatamente. - Gisele diz e eu começo a me irritar com sua voz!

- Me intrometo sim, pois o que diz respeito a minha namorada, diz respeito a mim também!

Ele fala isso e me abraça depositando um beijo em minha testa me fazendo sorrir. E elas? Estão paradas nos olhando confusas e com raiva ao mesmo tempo.

- Namorada?

- Você ta namorando com essa sem sal?

Dizem Verônica e Gisele respectivamente.

- Sim, namorada! E vê se lava bem a sua boca pra falar dela, entendeu Gisele?

- Eu não acredito nisso... Achei que você não fosse de namorar... Você sempre disse isso. - Verônica diz inconformada.

- Sempre disse que não namoraria você! Não tenho vocação pra corno!

- Você está me chamando de puta?

- Não, mas eu estou. - Me intrometo. - Vaza daqui sua biscate.

- Olha aqui, você não me provoca porque eu acabo com você em dois tempos!

- Aé? Do mesmo jeito que acabou comigo em meio a tantas brigas? -  Rio. - Olha, não tá fazendo seu serviço direito não! - Zombo e puxo o Alex para longe dalí, mas ela me puxa pelo braço e sussura em meu ouvido.

- Você pode estar por cima agora, garçonetezinha, mas lembre-se sempre que o Alex já foi meu, e enquanto você brinca de beijinhos, nós ja brincamos de mamãe e papai; então não comemora muito não, porque logo mais ele se cansa da suas brincadeirinhas e volta correndo pra quem sempre atendeu suas vontades.

Minha raiva se elevou por um breve momento, mas depois suavisou.

- Só posso dizer o que já te disse antes, querida, se ele está correndo atrás de mim agora, é porque você não soube fazer o seu serviço direito, e convenhamos que já era de se esperar, e sobre seu passatempo com ele, eu já imaginava, afinal, vindo de uma vadia como você é difícil imaginar algo diferente de sexo, não é mesmo? E aliás, se for pra esperar ele, espere sentada, porque o Alex NUNCA nem sequer sentiu algo por você, e sabe o porquê? Porque ninguém jamais nutriria sentimentos por algo tão ridículo e carente de razão, valor, caráter e conteúdo como você. - Digo para ela, num sussurro, para que apenas ela pudesse ouvir, e ao final, depois de sua cara contendo um misto de decepção, raiva e tristeza, mandei um beijo no ar, pisque o olho e saí segurando a mão do Alex, afinal, se for pra discutir, tem que sair lacrando!

Vítimas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora