Entre o amor e a vingança

Cap. 65 Noite de natal

SURPRESA!!!!! Voltamos a ativa! Obrigada pela paciência Galerinha, espero que gostem dos capítulos.
Bjs
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Todos foram se deitar, a noite, antes barulhenta agora é toda feita de silêncio. Por mais feliz que a Érin esteja sei que esse é o momento em que se sente mais confortável, no silêncio a Érin cresce.

- Você não vem dormir?

- Já vou amor, pode ir que eu já vou também, só queria conversar um pouco com a minha tia.

Ela se despede da tia ... com um beijo e vai em direção ao quarto. Fico mais um tempo a conversar e vou deitar, há muito que quero dizer a minha princesa. No quarto escuro só a luz de um pequeno abajour ilumina, a Érin coberta por edredons que afastam o frio. Minha princesa parece estar dormindo, deito a seu lado e colo meu corpo no dela.

- Amor?

- Hum..

Responde sonolenta e manhosa.

- A gente pode conversar um pouco?

Ela vira seu corpo ficando de frente para mim. Me olha confusa, parece ter medo do que posso dizer.

- Desculpa não ter dito a verdade antes. Sei que você está chateada comigo, mas quero que saiba amor que nada que ninguém possa pensar ou dizer vai mudar o que sinto por você.

- Eu acho que não quero mais falar sobre isso. - sua voz não passa de um sussurro.

- O que você viu e viveu aqui hoje é o que eu quero te dar. - pego seu rosto em minhas mãos - Todo amor que você presenciou nessa casa hoje é o que quero que você tenha, não aceite nada menor do que isso vindo de mim. O que você viu aqui é uma família onde todas as pessoas se amam, onde existe respeito e cada um encontra felicidade no outro. A família do Nando é a mais bonita que já vi, mais bonita do que a minha foi um dia e é isso que quero te dar amor.

Seus olhos irradiam amor, a Érin não faz ideia do que é fazer parte de uma família feliz, não sabia até hoje, porque sei que os momentos vividos aqui vão ficar marcados para sempre. Cada momento é uma cicatriz de amor, que vai fazer parte da construção de quem ela vai ser daqui pra frente.

- Erick.. - eu a interrompo, selo seus lábios com a ponta dos dedos.

- Shh.. Eu quero que você guarde para sempre tudo que você viveu e sentiu no dia de hoje. Você foi amada Érin, como sei que em momento nenhum da sua vida se sentiu. Sei que esse tipo de amor você só sentiu nos braços do seu irmão, mas quero que você saiba que ele não era o único capaz de te amar. - seus olhos se enchem de lágrimas e vou secando com a ponta dos dedos as que deixam seus olhos, rolando por seu rosto - O que você viveu aqui foi amor, aqui você é igual, nada te faz diferente nem menor que ninguém. O bonito da família do Nando é que aqui todas as pessoa são iguais, a minha tia tem um coração bom e é ela a responsável por tornar essa família o que você viu hoje. Quando existe amor todas as outras coisas deixam de ser importantes e eu quero que você saiba que não há nada mais importante do que ter você ao meu lado. Todos os dias meu amor eu quero te fazer feliz, todos os dias eu quero te ver sorrindo como eu vi hoje, quero te ver feliz sem medo.

- Erick eu..

- Shh.. Eu te amo Érin e eu quero que você saiba que a vida é muito melhor do que o que você vê. Nem todas as pessoas são más, nem todas as pessoas vão te julgar e zombar de você, existem pessoas que vão te amar simplesmente pelo que você é. Eu sei que essa é uma certeza que você vai ter para sempre, ninguém passa pelos braços da tia Angélica e continua sendo o mesmo, meu tio é prova disso. - um sorriso se forma em seus lábios - Se não deixo que fales agora é somente porque não quero dar espaço a sua insegurança, sei que aqui dentro - toco em seu peito indicando o coração - existem muitas dúvidas e muitos medos e não quero que os escute agora, concentra-te na minha voz, deixe que minhas palavras entrem e tragam certezas, fecha seus olhos para seus medos e abre teu coração para o meu amor. Eu te amo Érin. - aproximo meu rosto do seu e sussurro em seu ouvido mais de uma vez a mesma frase - Eu te amo, eu te amo, eu te amo tanto Érin. - afasta seu rosto do meu e olha em meus olhos, seus olhos estão molhados e brilham a pouca luz que existe no quarto.