Capítulo 29

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Não não não, não era possível...

- Ele tá bem? O que aconteceu com ele? Ele está ferido? Por favor me fala - disse ao telefone já desesperada. Ele estava bem não aconteceu nada, eu dizia pra mim mesma.

- Eu não sei estamos aqui no hospital, só que ainda não temos noticias dele -informou.

- Eu tô indo aí - digo colocando minha sapatilha.

- Okay vou te esperar - disse e logo desligou.

- Onde você pensa que vai? - perguntou John visivelmente bravo.

- Vou no hospital - informei, não estava pra conversa agora, eu só queria ter a certeza que ele estava bem.

- O que você vai fazer no hospital? - insistiu, bufei.

- Eu vou ver o Lucas, ele sofreu um acidente e eu vou ver como ele está - digo já com a mão na maçaneta, mas algo me puxa de volta.

- TINHA QUE SER NÉ, ESSE IDIOTA, VOCÊ PENSA QUE VAI SAIR DAQUI LIV, SE VOCÊ SAIR POR ESSA PORTA EU VOU CONTAR PRA TODOS SOBRE A SUA VIDA PODRE - gritou entre dentes e meu sangue ferveu.

- Só vou te falar uma coisa John - apontei o dedo em seu rosto - se você acha que eu vou ficar aqui porque você quer, está muito enganado, acabou, eu cansei de ser uma boneca para você, conta para todo mundo mesmo, eu quero que todo mundo se foda também, se para isso eu vou pode me livrar de você pode contar eu.não.ligo - eu estava irritada, eu não ligo se para isso eu vou poder ficar ao lado de Lucas, eu precisava vê-lo e era isso que eu iria fazer.

- Você é uma vadia mesmo se acha que ele gosta de você - cuspiu as palavras na minha cara.

Minha primeira reação foi dar um tapa em sua cara.

- Messa suas palavras antes de falar de mim - disse entre dentes - espero que quando eu voltar você não esteja mais aqui - finalizei e sai do quarto a caminho do hospital.

Peguei um táxi e pedi para o motorista ir o mais rápido possível, o caminho inteiro eu fiquei pensando no Lucas, demorei tanto pra aceitar meus sentimentos e logo agora isso acontece, parece que a vida ve que eu tô indo no caminho certo e coloca uma pedra e eu vou para o errado.

E se tivesse alguma coisa com ele? Eu não podia o perdê-lo, só em pensar nisso senti um aperto no coração, não estava preparada para perder mais alguém, e muito menos essa pessoa ser ele.

- Srta. chegamos - disse informando o motorista.

- Ah sim, me desculpe - me desculpei - aqui está - digo entregando o dinheiro da corrida.

Sai do carro e logo fui em direção a entrada do hospital central.

- Liv - alguém me chamou. Olhei em direção a voz e vi que era a Poli.

- Como ele está? - perguntei correndo em sua direção.

- Ele está em coma - disse tão baixo que quase não foi possível eu ouvi, mais eu ouvi.

Eu comecei a chorar. Lucas estava em coma, não podia ser, todos os nossos momentos passaram como um fleche em minha cabeça, as vezes que brigávamos por comida, ou quando ele me ajudava em alguma matéria que eu estava muito ruim, quando ele se preocupava comigo, as vezes que ele me dizia para nunca o esquecê-lo.

Desabei no chão a chorar, isso não podia estar acontecendo, não podia ser verdade.

- Isso é mentira né, você tá brincando comigo né Poli - dei uma risada nervosa - tem que ser mentira.

- Não Liv eu queria que fosse - disse e suspirou.

- Por favor não, isso não pode estar acontecendo - supliquei me levantando.

- Vem aqui Liv, shiii - ela me abraçou forte.

- Ele vai ficar bem? - pergunto receosa.

Ela demorou um pouco para responder.

- Vai sim - não acreditei muito no seu tom de voz, mas eu tinha certeza que só ia ficar aliviada quando o vir.

- Vamos até o pessoal ver - me puxou pela mão, nessa momento eu já não tinha nem forças para contestar.

- Como aconteceu esse acidente? - perguntei por não saber nem quando foi isso.

- Ele estava no táxi indo com Leo ao colégio só que o carro sai da estrada do nada, o motorista morreu, e o Lucas.. bom.. você sabe - explicou.

- É eu sei está em coma - disse com a voz embargada.

- É - disse simplesmente.

Não Sou PerfeitaWhere stories live. Discover now