Capítulo seis.

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    Assim que Sara chega em seu local de trabalho, tenta focar sua atenção nos documentos que tem que analisar.

    Ser secretária é um trabalho árduo, principalmente quando se tem um patrão como o da Sara.

    — Saraaaaa! — O patrão dela a grita.

   Ela se levanta de sua cadeira, pega alguns documentos na mesa e caminha para dentro da sala de seu chefe.

    — Sim, senhor Wayne. — Ela diz assim que entra.

    — Você analisou os documentos que eu mandei? — Ele pergunta rudemente.

    — Sim, senhor. — Ela responde ao se aproximar da mesa e colocar os documentos em cima da mesma.

    — Você só sabe falar "sim, senhor"? — Ele pergunta olhando-a seriamente. — E aquela menininha chata? Não veio hoje?

     Sara suspira e expira lentamente tentando se controlar. Ela já aturou muitas coisas nesse emprego, só não pede demissão porque ela tem que sustentar a filha sozinha, e digamos que arrumar emprego não é fácil.

   — Ela está com a minha irmã, senhor. — Sara responde.

   — Ótimo, não quero nada e nem ninguém atrapalhando o seu trabalho. — Ele responde ao olhá-la de baixo para cima maliciosamente. — Pode se retirar.

    Ultimamente ele tem a olhado bastante assim e ela já reparou, mas nunca disse nada por medo de perder o emprego.

   +++

    Acaba de anoitecer. Sara acabou de cumprir o seu horário de trabalho e está dirigindo até o consultório do psicólogo que Marian (Mãe da Mary) indicou.

    A Mary se consulta com esse psicólogo há mais de um ano e Marian tem completa confiança nele.

   Assim que Sara chega no consultório, a atendente pede para que ela entre.

   — Olá, Sara, meu nome é Thomas e é um prazer enorme conhecê-la. — O médico diz sorrindo ao vê-la.

   — O prazer é todo meu. — Sara responde ao apertar a mão do psicólogo.

   Em seguida, Thomas faz um gesto para que Sara se sente e ela se senta.

   Sara lhe conta tudo, desde quando a Melanie nasceu até os dias de hoje.

   — Ela nunca conseguiu fazer outro amigo a não ser a Mary? — Thomas pergunta enquanto fica pensando no caso.

    — Não, nunca. Ela é uma menina muito sensível. — Sara diz ao morder o lábio inferior.

   — E esse urso de pelúcia? Você realmente não sabe quem deu à ela?

   — Não, eu não tenho a mínima ideia de quem deu. — Sara responde honestamente.

    Ela fica observando a expressão facial do médico por alguns segundos. Ela está tão concentrada nele que é como se conseguisse ouvir as engrenagens do seu cérebro funcionando.

   — Eu preciso conversar com ela pessoalmente. Que tal irmos na sua casa? — Ele pergunta. — Se não for incômodo, é claro.

    — Incômodo nenhum. — Sara sorri ao se levantar. — Vamos?

    Alguns minutos depois, os dois saem do consultório e caminham até o carro.

    Enquanto dirige, Thomas percebe a preocupação de Sara só pelo seu olhar.

   — Não se preocupe, sua filha vai ficar bem. — Ele afirma ao lançar um sorriso para ela.

   De alguma forma, Sara se sente melhor ao ver o sorriso do médico.

Tobby, o urso assassino [COMPLETO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora