Capítulo treze.

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   Thomas chega na casa de Marian e encontra Sara desmaiada no chão. Ele corre até ela e a chama na intenção de despertá-la.

   Depois de algum tempo a chamando, ela finalmente acorda.

   — Ai! — Ela diz gemendo ao pôr a mão na cabeça.

   Thomas a pega no colo e a coloca no sofá.

   — Você está bem? — Ele pergunta ao olhar ao redor da casa. — O que houve?

   Quando a dor diminui, as ideias de Sara retornam ao seu devido lugar e ela lembra das meninas e de tudo que aconteceu.

   Ao olhar em volta e não ver as crianças, seus batimentos cardíacos aumentam e o desespero toma conta da mulher.
  
   — Thomas, pelo amor de Deus, onde estão as meninas? — Sara pergunta ao tentar levantar do sofá mas se sentar em seguida por causa da dor de cabeça.

    — Eu vou procurar elas, fique aqui. — Ele responde ao se levantar.

    Quando ele está prestes a dar o primeiro passo, Sara segura sua mão.

   — Toma cuidado. — Ela diz com os olhos lagrimejados.

   Ele sorri balançando a cabeça positivamente e depois caminha pelos cômodos da casa atrás das meninas.

   Sara fica no sofá angustiada na esperança de Thomas entrar na sala com as meninas. Seu coração está apertado e ela está se sentindo impotente.

   Depois de alguns minutos, Thomas retorna a sala e ao ver que ele não está com as meninas, o coração de Sara dispara e ela começa a chorar.

    — Elas não estão em lugar nenhum, Sara. Eu sinto muito. — Thomas diz preocupado ao se sentar novamente ao lado da mulher.

    — Thomas, foi o urso, ele deve ter feito algo com elas. — Ela diz ao abaixar a cabeça em prantos.

   — Ei... Elas devem ter saído para brincar lá fora ou devem ter voltado pra sua casa. Não acredito que você está começando a acreditar na história da Melanie e da Mary. — Thomas afirma ao levantar a cabeça da mulher. — Sara, é tudo imaginação das crianças.

   — Eu vi, Thomas! Eu vi com os meus olhos! É tudo verdade. Tudo que elas dizem é verdade. Acredita em mim, por favor.

   Sara olha para o médico com um olhar de decepção ao ver que ele não está acreditando no que ela está dizendo.

   Ela seca o rosto e se levanta com cuidado.

   — Aonde você vai? — Thomas pergunta preocupado ao se levantar em seguida.

   — Vou procurar as meninas. Se você não acredita em mim, eu não posso fazer mais nada. — Ela caminha até a porta mas Thomas segura o seu braço antes de ela atravessar a mesma.

   — Me desculpe. Deixe eu te ajudar a encontrar as meninas, por favor. — Ele pede tristemente.

   — Se você não acredita em mim não vai conseguir me ajudar. Acho melhor você ir embora. — Sara diz rudemente ao sair no quintal e olhar em volta à procura do urso e das meninas.

   O desespero aumenta e ela começa a chorar novamente. Thomas a abraça bem forte tentando trazer segurança a ela.

   Ele está tentando acreditar, juro que está, mas não é tão fácil acreditar que um urso de pelúcia é capaz de falar e andar como um ser humano.

   — Eu acredito em você. — Ele diz sorrindo assim que se afastam. — Não vou deixar ninguém fazer mal as meninas.

    — Obrigada. — Sara diz ao retribuir o sorriso. — Bom, agora vamos sair daqui porque daqui a pouco a polícia vai vir interditar esse local.

Tobby, o urso assassino [COMPLETO]Where stories live. Discover now