Vinte e nove - Desabafos de ambas parte

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— NÃO SEU PORCO! — gritei correndo dele.

  Ele me observou um pouco e sorriu, e ficou nu na minha frente, e mordi os lábios e lembrei a minha situação.

— Ana, eu não sou porco. Eu só não tenho nojo dessas palhaçadas, por favor vamos para água lá o corrimento para. E o seu sang... — eu o interrompi com cara de nojo estampada na minha cara.

— Pode parando, você não vai me comer assim. Nada disso, nem morto. Nem adianta me olhar com essa cara de cachorro morto, eu estou com cólica e vou quebrar a sua cara se continuar rindo de mim. — digo pois ele está rindo de mim.

  Ora essa! ARGH.

— Você fica linda de T.P.M! — ele sussurrou vindo até mim.

  Ele me enquadrou, eu não tinha mais para onde fugir. É verdade estou sentindo muita dor de cólica, estou que não me aguento de pé. E sem dizer que estou com dor por causa do esforço de ontem. Com certeza não foi um boa idéia tirar o atraso, assim do nada.

— Andrew, por favor! Olhe para mim. Veja não estou mentindo estou com muita cólica.

— Ah, tudo bem! — diz com raiva e vai para o banheiro.

  Eu vou acabar perdendo esse homem, por burrice, e olha que ele é meu agora, hein. A vontade que eu tenho e de foder com ele o tempo todo, mas não rola né.

Uma semana Depois 17/05.

  Hoje é o dia que eu vou compartilhar com todos o meu sofrimento, tudo que eu passei quando criança. Não sei se consigo, não tenho forças para fazer isso, mas só segurar na mão do Andrew eu encontro uma força que eu jamais pensei em ter.

— Boa tarde! Para os novos participantes dessa terapia, vou dizer como fazemos... — uma terapeuta começou a falar com todos, e eu segurei com força a mão de Andrew. — Vamos começar com você, Fernanda. — uma jovem se levantou e sorriu triste antes de começar.

— Olá, meu nome é Fernanda Lima, eu tenho 18 anos. Eu vou contar para vocês o que eu sofri durante 10 anos da minha vida, sozinha e com medo... — ela falava com lágrimas que começaram a escorrer de seus olhos, e os meus já não existia mais um lugar seco que às lágrimas não tivesse preenchido. — Ele dizia que eu era feia, que ninguém além dele iria me querer. Que eu era dele. Ele era o meu pai o meu herói, sempre batia na mamãe, e a obrigava ver ele me estuprar. Na frente dela e dos meus irmãos, isso tudo durou cerca de 10 anos quando eu tinha 4 anos até eu completar 14 anos, aonde eu peguei e matei ele com às minhas próprias mãos, e desde de então minha mãe não fala comigo, porque eu matei o amor da vida dela. É só isso por hoje.

  Ela disse se sentando, meu coração começou a disparar forte, minhas mãos suavam e eu estava sem saber o que fazer a não ser deixar às lágrimas cair de meus olhos. Olhei para Andrew que me deu um beijo na testa e a psicóloga se levantou e mandou outro paciente falar.

— Boa tarde, eu me chamo Hugo tenho 16 anos, e sofri abuso por todos os meus parentes próximos. Avô. Pai. Tio. Primos. Irmãos. Tudo por que eles diziam que eu era um pouco a feminado demais, e isso envergonhava a família. E eles todos se juntaram e abusaram de mim quando eu tinha 15 anos. Fugi de casa e fui morar com a minha mãe, que está lutando na justiça contra eles. O que me machuca mais? É ela continuar com isso, pois todo mundo me zoa de mulherzinha.... E eu não quero mais lembrar disso, e ela não entende. Parece que não se importa com o que eu estou sentindo, parece que ela só quer ferrar com a vida do meu pai, e isso acaba comigo.

— Palmas para o Hugo. — eu bati palmas, sentindo ás lágrimas escorrendo dos meus olhos. — Que tal? - ela olhou para sala e apontou para mim. — Você Ana, sua vez!

(Concluído) O Indecente do meu Chefe Where stories live. Discover now