Aos olhos de Deus

41- Um dia em família.

Kyara

Na manhã da seguinte eu acordei disposta como nunca.

Outro milagre...

Eu abri meus olhos e vi um dia novo, cheio de novas oportunidades e novos aprendizados. Enfim! Um dia para mudar e melhorar.

O café da manhã foi silencioso, mas logo o silêncio foi preenchido pelo barulho da mamãe.

Ela desceu vestindo uma roupa simples, o que me fez perceber que ela não ia trabalhar. Claro, anta! Hoje é domingo...

- Mãe? -perguntei, encarrando ela com uma cara confusa. - A senhora tá bem?

Ela sorriu e trocou um olhar cúmplice com a Karla.

-Estou ótima! -respondeu. - E você, para onde vai com essa roupa?

Ergui a sobrancelha.

- Shopping.

- Kyara! -exclamou. -Hoje é aniversário da sua avó, nós vamos comemorar.

- Ah... - murmurei lembrando. - Eu tinha esquecido, foi mal!

Ela sentou na cadeira ao meu lado e começou a contar o que tinha planejado para o dia de hoje... E sinceramente, nunca tive tanto orgulho da minha mãe!

Certo que, ela ainda não sabe metade das coisas que aconteceram comigo nas ultimas, longas e difíceis, semanas. Eu não estou preparada para contar. Era cedo de mais.

Na verdade eu nem tinha pensado nisso... Eu teria que contar.

- Gostou? -perguntou.

Assenti.

-Amei a idéia. -falei. -mãe, a senhora tem uma imaginação ótima.

Ela se gabou com uma expressão no rosto, e eu continuei à tomar meu café.

…………………………………

Segundo o plano da mamãe, nós iamos sair de casa, e so ela ai ficar com a vovó, arrumando-a para sair de casa com a desculpa de fazer compras no supermercado. Eu e a Karla nós encarregamos de preparar a festa.

Claro! Isso ia levar o dia todo,  então começamos logo depois do café.

- Kyara! Vamos logo, o dono do bosque me ligou e disse que está nós esperando. - a Karla gritou do pé da escada.

- Já vai. -falei descendo rápido. - Acalma o coração.

Ela sorriu e me puxou para o carro. Entramos e a própria dirigiu até o bosque onde a festa da vovó seria.
E por coincidência, ou não, dentro do bosque tinha o parque. É, o mesmo parque que vi o Snoop pela primeira vez.

Era estranho! Muito estranho.

Com os pensamentos longe, nem percebi que já tínhamos chegado. Desci tropeçando nos próprios pés e segui a Karla. Que parou poucos passos depois e acenou para um rapaz que estava a alguns metros.