BÔNUS - Minerva Mcgonagall

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2 de Agosto de 1991

Minerva Mcgonagall estava em seu escritório preenchendo o relatório de todas as crianças bruxas que já haviam mandado sua confirmação enquanto folheava as páginas de um romance, quando sua coruja chegou com mais cartas e entregou-as para sua dona e depois levantou voo novamente.

Minerva leu uma por uma, mas quando chegou à última carta, seu coração quase saiu pela boca por causa do susto.

-O que é isso? -Murmurava para si mesma, confusa, enquanto se levantava lentamente da cadeira.

Era uma carta de Hogwarts destinada à Srta. Potter. Antes que pudesse entender, viu mais um pedaço de papel sob a lista de materiais necessários para o primeiro ano. Era um bilhete escrito à mão, cuja letra parecia desajeitadamente infantil.

Cara, Sra Mcgonagall

Sinto muito, mas creio que sua coruja tenha errado o endereço.

Atenciosamente, Olívia.

O coração da bruxa deu mais um salto.

-Olívia, Olívia... -Murmurava andando em círculos pelo escritório. -... Olívia Potter está... viva?

Saiu de sua sala apressadamente tentando não tropeçar nas próprias pernas, sem entender direito como aquela carta em suas mãos podia ser possível. Abriu a porta do escritório do diretor sem nem pensar em parar para bater.

-Alvo! Alvo!

O diretor pareceu confuso ao vê-la tão conturbada, mas, ainda assim, tranquilo diante da situação. Fazer Alvo Dumbledore perder a calma era praticamente impossível, ela sabia.

-O que houve, Minerva?

-Venha! Preciso que leia isto imediatamente. -Explicou estendendo as cartas a ele imediatamente.

O diretor as abriu e leu cada uma em um completo silêncio, o que só deixava Minerva mais nervosa conforme os segundos passavam.

-É possível, Alvo? -Perguntou, esperando uma resposta.

-Nunca acharam o corpo da menina, então... -Ele finalmente ergueu a cabeça e olhou para a bruxa à sua frente. -Sim, Minerva, é possível.

-Mas como que a menina ficou escondida tantos anos? Do Ministério, de você? -A professora questionava quase sem parar para respirar. -O que faremos a respeito? Vi o endereço na cara, ela mora em um orfanato de trouxas, Alvo.

-Creio eu que tirá-la de lá seja uma boa forma de começar a agir.

-Certo... Como faremos isso? -Perguntou ao diretor, que estava perdido nos próprios pensamentos. -Isto é, quem fará isso?

O diretor ponderou por alguns segundos antes de sentar-se novamente na cadeira e molhar sua pena no tinteiro ao lado de uma folha de pergaminho.

-Tenho um palpite.

¤¤¤

-Agora que a menina sabe toda a verdade, Alvo, seria conveniente contar a Harry? -Perguntou a Dumbledore dias depois.

-Não, deixemos que ela mesma conte, isso pode aproximar os dois de certa forma. -Respondeu o diretor dando a ela um leve sorriao. -Quando o ano letivo começar, tudo começará a ser esclarecido.

Nos dias que faltavam para o início do ano letivo, Minerva, em sua forma de gato, observou atentamente Olívia. O suficiente para perceber que era uma menina de personalidade forte, extremamente bem humorada e brincalhona como Tiago, mas também era também doce quando queria, como Lílian, o que, de certo modo, aqueceu o coração da professora. Seus ex alunos ficariam felizes em ver que a filha possuía características dos dois, e ela também ficava, embora gostasse de se manter indiferente.

A janela do quarto da garota estava aberta, o que permitiu a ela ver o gatinho que a observava havia alguns dias mais uma vez. Depois de alguns minutos de indecisão, decidiu descer até o jardim, e assim fez com um sorriso no rosto.

-Oi, gatinho. Soube que você está me espionando. -Então sentou-se ao lado dele e passou sua mão por sua cabeça, sentindo-o ronronar.

Ficara brincando com aquele gato durante a maior parte da tarde. Ele tinha listras amarelos e marcas ao redor dos olhos que lembravam óculos, o que era meio engraçado de se imaginar. Um gato com óculos. Ele era um tanto quieto, curioso e não gostava muito de correr, o que fez ela se identificar um pouco.

Jessie franziu a testa ao sair vê-la sentada ao lado do gato enquanto batucava os dedos na capa de mais um livro de contos.

-Olívia, o jantar está quase pronto, entra. -Avisou, cruzando os braços.

-Estou indo! -Se levantou rapidamente e logo entrou, mas Jessica permaneceu encarando o gato.

-Olá, Professora Minerva.

De repente o felino assumiu sua verdadeira forma, transformando-se assim numa bruxa com expressão rígida que usavavestes cor esmeralda e óculos.

-Olá, Jessica.

-Então -Sorriu para a mulher. -O que achou dela?

-É uma menina doce. -Disse baixo, mas alto o suficiente para ela ouvir e abrir um leve sorriso. -Parece ter um bom coração.

Jessica baixou a cabeça, sorrindo.

-Ela tem.

-Tenho que ir agora. Foi muito bom revê-la, Jessie. -Avisou, retribuindo o sorriso antes de transformar-se novamente e desaparecer do campo de visão da mulher loira depois de alguns segundos.

OLÍVIA POTTER [1]Where stories live. Discover now