14 - A filha de Lílian Potter

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Minerva Mcgonagall estava presente quando Snape adentrou escritório circular do diretor. Milhões de pensamentos assolavam sua mente enquanto Dumbledore o encarava com um misto de tranquilidade e curiosidade.

-Olá, Severo. Gostaria de falar comigo? -Perguntou levantando-se de sua cadeira.

-Sim. -Concordou, olhando de esguelha para Minerva, que olhou para o diretor e saiu da sala logo em seguida, deixando-os sozinhos.

-E então? -Dumbledore incentivou.

-O senhor não me contou a verdade sobre o que aconteceu naquela noite, diretor, contou?

O diretor ergueu o olhar para ele, encarando-o com seus olhos azuis brilhantes por trás dos oclinhos de meia lua.

-Por que diz isso, Severo?

-King. -Disse, parecendo atordoado. -Olívia King, primeiranista da Sonserina. A varinha dela... a varinha dela é a varinha de Lílian.

Dumbledore cruzou as mãos atrás das costas.

-E o rosto, os olhos...

-Eles têm os mesmos olhos. -Disse o diretor baixinho, mas alto o suficiente para que o outro ouvisse. -Harry e Olívia. Eles têm os olhos dela.

O choque perpassou o rosto de Severo Snape.

-Então é verdade! Como pôde esconder isso de mim?

-A existência de Olívia Potter é um segredo até mesmo para o Ministério da Magia, Severo, tivemos conhecimento dela há pouco tempo, no início de Agosto.

-Onde ela esteve durante todos esses anos?

-Olívia cresceu em num orfanato para meninas, a duas horas de distância de Godric's Hollow.

-E quem quem a levou até lá? -Franziu a testa. -Como é possível que ela esteja viva, diretor?

Então o diretor adquiriu uma expressão pensativa, deu as costas aos professor de vestes negras e tornou a se sentar em sua cadeira.

-Só podemos imaginar. -Disse Dumbledore. -Talvez nunca cheguemos a saber.

-O garoto sabe?

-Harry? Não, não ainda. -Respondeu. -Mas logo vai saber.

¤¤¤

O resto do dia foi longo, o que incluía importantes aulas dadas a um bando de cabeças-ocas que, mesmo depois de anos em Poções ele, ainda não tinham uma mínima noção sobre conceitos básicos, o que, do ponto de vista de Snape, era um absurdo. O jantar no Salão Principal passou rapidamente e, antes que pudesse se dar conta, logo estando andando pelas masmorras em direção à sua sala, mas não sem antes se deparar com figura a quem pertencia o nome que havia sido o motivo de sua reunião com Dumbledore mais cedo. Olívia estava prestes a desviar do professor, quando notou os olhos negros fixos nela.

-Posso ajudar em alguma coisa? -Perguntou com um quê de impaciência.

-Ora ora ora, se não é a Srta. Potter. -Disse com um sorrisinho no rosto.

A afirmação fez o sangue da garota gelar. Como que Snape poderia saber daquilo?

-O que disse?

-Não se finja de surda, Potter. -O sobrenome sabia de sua boca com desprezo puro, mas o porquê Olívia não entendia.

-Como o senhor sabe disso?

-Como sei não importa. -Disse seco. -Tem quinze minutos para voltar ao Salão Comunal, se não quiser arrumar uma detenção.

OLÍVIA POTTER [1]Kde žijí příběhy. Začni objevovat