•Capítulo 2•

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Baby can't you see?
I'm calling
A guy like you should wear a warning
It's dangerous, I'm falling
-Britney Spears, "Toxic"

-Sim, pai. A arma está guardada na minha cabeceira, ao lado da minha cama.-eu digo para o meu pai do outro lado da linha.

-Que bom. Mantenha ela ai. Nunca se sabe quando vai precisar dela.

-Eu sei, pai. Mas acho que a faculdade e os estudantes não gostariam de saber que um aluno guarda uma arma de fogo ao lado de sua cama.

-Problema deles, estou no outro lado do mundo e só vou ficar tranquilo se você estiver se protegendo.

Depois que a minha mãe morreu, meu pai ficou muito abalado. E como eu sou filho único, eu fui a única coisa que lhe restou. Então ele ficou meio obsessivo pela a minha segurança.

No meu aniversário de dezoito anos, enquanto a maioria dos garotos ganham um carro zerado, eu ganhei uma pistola glock.

-Conversei com a sua tia ontem. Ela está meio mal ainda.-disse meu pai com a voz cansada.

A irmã do meu pai tinha acabado de se divorciar de um casamento de quinze anos, porque o marido havia a traído.

-Eu não falo com ela há uns dias. Mas eu vou passar na casa nova dela para ajudar com toda a mudança. Talvez eu fique lá por uns dias.

A casa que a minha tia tinha comprado depois do divórcio, era perto da universidade então eu podia dormir lá por uns dias, sem me preocupar em chegar atrasado para as aulas de manhã cedo.

-Ótima ideia, filho. A sua tia está precisando de um apoio. E é bom que você passe um tempo com ela, já que ela é a sua única parente por perto. Vai deixar seu velho mais tranquilo.

-Tudo bem, pai. Vou para lá no próximo final de semana.

-Ótimo. Tenho que ir. Tenho uma reunião.

-Tudo bem. Tchau, pai.

-Tchau, filho.

Meu pai era um homem mais na dele. Ele costumava ser mais divertido e alegre, mas depois que a minha mãe morreu as coisas mudaram. Ele era piloto de corrida profissional e ganhava muito bem. As pessoas em nossa cidade natal o conheciam e o adoravam. Nós vivíamos bem, meu pai ganhava bastante e éramos uma família feliz.

Mas então, quando eu tinha três anos minha mãe ficou doente e meu pai gastou muito dinheiro em seu tratamento. Ele hipotecou a casa e começou a dever para o banco.
Seis meses depois a minha mãe morreu, deixando meu pai devastado e sem rumo.

Ele parou de correr, e não saia do quarto, fazendo com que as dívidas aumentassem.

Eu tive que passar um ano na casa da minha tia, porque meu pai não tinha condições psicológicas de cuidar de mim.

Por causa disso, desde então, minha tia passou a ser como uma mãe para mim.

Depois de um tempo ele ficou melhor e nós voltamos a morar juntos, compramos uma casa menor e começamos a viver de maneira bem simples.

Meu pai não queria ter que se mudar para Los Angeles, mas ele precisava pagar a minha faculdade e com seu trabalho anterior ele não conseguiria, então ele foi obrigado a aceitar a promoção.

Desliguei o celular e deitei na minha cama. Rapidamente meus pensamentos me levaram ao homem que havia me salvado na noite anterior.

Ele estava na minha cabeça desde a noite passada

Perguntas pairavam sobre mim:

Quem era ele?

Porque ele havia me ajudado?

Veloz Atração • (Larry verson) •Where stories live. Discover now