Capítulo 04. O Pergaminho

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Quando se ama alguém se vai até o fim para proteger essa pessoa, não importa quão difícil  ou doloroso seja, quando se ama loucuras são feitas, para que esse alguém nunca se machuque, ou morra.

DeiseCristtina.

      
          Se só a perna estivesse doendo Hanaki se deitaria e pediria algo para simplesmente apagar, o problema é que mesmo apagada ela sabia, o seu coração não pararia de doer e de se destroçar a cada batida.

E a cada fôlego entrecortado de desespero de dor ela seguia silênciosa atrás de Tsunade.

E embora fosse impossível Hanaki se questionava a cada esquina que virava se simplesmente esquecer todas as suas memórias fariam seu coração parar de doer.

Infelizmente ela percebeu, a dor não pertencia apenas as suas memórias mas ao seu coração também, e ele iria doer sem respostas.

Não havia motivos além de sua vingança para que ela continua-se em Konoha, então ela se segurou na vingança, na dor e no desespero, porque se ela os soltasse...

— Descanse, — Tsunade indicou a cama ao abrir a porta. — Você vai precisar. — Mas a garota se quer pareceu ter ouvido enquanto entrava no quarto, parecia estar no automático. — Hanaki... — Ela parou, como se o piloto automático estivesse sido desligado e estivesse um pouco perdida. — Há um limite de coisa que seu corpo aguenta, eu sei que você passou por muita coisa antes de chegar aqui então, apenas descanse não só seu corpo mas sua mente também.

— Desde vocês se importam com isso?

— Desde quando eu sou médica, me formei para isso e vi milhares de mortos na minha frente. Sei até onde um corpo aguenta, pirralha.

— Não perca seu tempo fingindo que me quer viva, só estou aqui para uma coisa, e enquanto vocês me subestimarem...

— É aí que você se engana. — A loira se encostou na porta, os braços cruzados a frente do corpo. — Ninguém está te subestimando. Na verdade estamos notando que você é bem mais capaz do que mostrou ser quando lutou com os anbus. Sei o quanto lutar por seus objetivos é importante, e pelo estado do seu corpo sei quanto você lutou e continua lutando. Estou pedindo para você apenas descansar.

Ela era a segunda pessoa na vida de Hanaki que pedia aquilo, "descanse" e as palavras mesmo agora pareciam soar preocupadas e a menina odiou isso. Odiou como pareceu fraca ao ponto de sua inimiga a mandar descansar para ter fôlego. Ela odiou, odiou porque agora ela mais parecia um alguém digna de pena do que uma ameaça.

— Leve isso a sério, — as palavras de Hanaki eram sempre assim, como pedra escrevendo sobre pedra não eram gentis mas perfeitamente calculadas para atingir. — Não tenho intenção de conhecer Konoha, você ou seu Hokage. Então me deixe colocar isso de forma clara, não adianta vocês fazerem isso — ela apontou para si e para o quarto. — Eu posso não conseguir mata-lo, mas vou tirar tudo que ele ama pedaço por pedaço.

Tsunade ficou parada, quieta observando aquele olhar cheio de ódio e profundo demais para alguém daquela idade. A guerra fazia coisas que não possíveis mensurar com as pessoas, mas eles estavam no período de paz, bem, eram isso que achavam até pouco tempo atrás, até os terrorista tentarem uma quinta guerra.

Olhares como os dela eram difíceis de serem encontrados aqueles dias, não eram olhos que tinham tristeza eram olhos de puro ódio, de vingança de foco. Hanaki poderia sim perder o senso e a razão mas nunca o foco.

— Você me lembra ele, — a menina voltou o rosto para a loira ainda parada, ainda a observando. — Em um tempo muito antigo, muito cruel. — Se aproximando ela tirou as bandagens e limpando e curando alguns partes dos ferimentos. — Você não conhece o Kakashi, pelo menos não a parte que ele não mostra para o mundo. Você conhece o Shinobi copiar, o Kakashi dos mil jutsus, o gênio de Hokage que ele é mas a parte que ele só mostra para os alunos, para mim, para os amigos e para sua m...

A Filha Do Rokudaime HokageWhere stories live. Discover now