3. Ser ou não ser

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[N/D.]

Um capítulo pra vocês conhecerem um pouco mais do Harry. ;)

...

Era hora do intervalo

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Era hora do intervalo. E isso implicava em nada menos do que, toda a universidade, dentro de um mísero McDonalds.

Harry sentou–se em uma das cadeiras próximas a janela de vidro observando atentamente a cada detalhe do lado de fora, em como o dia estava ensolarado, com várias pessoas correndo pelo píer, crianças com sorvetes de morango derretendo pelas mãos e as gaivotas voavam ao logo do mar do outro lado da rua. Não existia nada menos agradável que um dia de verão, ele sempre dizia.

Enfiou as batatas fritas na boca. Alguma líder de torcida entrou acenou, sorriu e seguiu sua vida. E isso aconteceu por mais alguns minutos. Tentou se lembrar do nome de cada uma das pessoas que falavam com ele, e como, incrivelmente, cada uma delas sabia dizer o seu nome. Parecia algo absurdo o fato de que não saberia lembrar-se de nenhuma conversa ou qualquer detalhe das pessoas que cruzavam seu caminho todos os dias. Era até injusto, não era? Será que chegara a beirar a prepotência?

– Olá.

– Oi oi, Zayn! – ele respondeu ainda com a boca cheia de batata frita – Você tem milhares de defeitos, mas chegar atrasado nunca foi um deles. Aliás, você está atrasado.

Zayn sentou-se a mesa com a bandeja de nuggets e um copo de coca–cola.

– É bom ver você também, H. E ah, também senti a sua falta e estou muito feliz pelo jogo. Você foi incrível.

Harry sorri, levantando–se da cadeira e sentado ao lado dele. E tinha um cheiro de flores que exalava de sua camisa ao abraça–lo, meio desconcertado e sem jeito, daqueles abraços que você encosta a cabeça no ombro e espera que os corpos se juntem.

– Obrigado. – e beijou sua bochecha. – Eu senti a sua falta.

– Nós dois somos feitos de saudade e olha que estudamos na mesma universidade.

– Eu sei, eu sei, eu tenho sido o pior amigo do mundo, nós podemos parar com isso?

Existiam tantos motivos para se sentir assim.

De uns dias para cá, Harry teve que lidar com muitos questionamentos que quase o faziam querer gritar. Agora, se escondia com as duas mãos no rosto, debruçado pela mesa e sentindo os dedos de Zayn acariciando seu cabelo. Era apenas fácil com ele, apenas ele.

– O que foi, Harry? Quer conversar? – fala bem baixinho, ainda fazendo carinho em seus cachos. – Ei, fala comigo...

Ele se senta direito na cadeira, mas ainda com o cotovelo apoiado na mesa.

– Você acha que eu sou ruim? – perguntou.

Sem pensar muito, ele responde.

– Você não é.

homewrecker || l.sWhere stories live. Discover now