Capítulo 42

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Enfim achamos um lugar seguro para passar a noite, uma grande árvore que estava caída sobre o rio foi nossa salvação, amarramos o barco nela e conseguimos subir até a margem do rio para descancar, Abil e eu passamos a noite conversando, Pug dormia e roncava alto, eu as vezes me assustava com os barulhos que ele fazia, acho que ele tinha pesadelos ou algo assim, ele gritava durante a noite, ficamos olhando as estrelas, o céu estava lindo, já estávamos exaustos e pegamos no sono, a noite toda eu acordei ouvindo alguns barulhos, mas não via nada então eu voltava a dormir.

Acordamos bem cedo, ainda estava escuro, tínhamos que partir, não podíamos perder tempo, perguntei a Abil:

-Você sabe aonde está Pug?

Abil me respondeu:

-Elisa acho que ele ainda está dormindo!

Fui até o monte de folhas em que Pug estava, procurei ele no meio das folhas, mas não havia ninguém, Pug tinha sumido novamente, voltei até Abil e também não o encontrei, eu estava sozinha e fiquei desesperada, então consegui ouvir a voz de Abil, ele estava rindo sem parar, fui até ele que estava atrás de uma pedra, perguntei o que estava acontecendo, ele sem me responder só apontou com o dedo pra baixo, olhei e Pug estava brigando com um pequeno coelho, Pug estava puxando o saco com maçãs para um lado e o coelho puxava para outro lado, era um cabo de guerra, Pug falava:

-Solte minhas maçãs seu ladrãozinho, isso é meu!

Comecei a rir, a cena era muito engraçada, Pug estava furioso e assim que me viu gritou a mim:

-Elisa me ajude, são nossas maçãs, esse mostro quer rouba-las, eu não vou deixar!

Desci até eles e ergui o saco com maçãs, o coelho pulava incansavelmente tentando toma-las de mim, eu falei a ele:

- Calma, calma, nós podemos dividir acho que temos três maçãs ainda.

-Mais senhora foi eu quem pegou as maçãs e estou com fome! Disse Pug.

Entreguei a maçã ao coelho ele a agarrou como se nunca tivesse visto uma maçã em sua vida, chamei Pug e fomos para o barco, tínhamos que continuar, começamos a descer o rio, Pug ainda reclamando que as maçãs podiam estar todas conosco.

Olhei para o barranco do rio e o coelho estava acenando para nós desesperado, achei que estivesse nos agradecendo pela maçã, mas Abil falou que tinha uma cachoeira logo a frente e iríamos cair, o barco era pequeno iria ser destruído na queda, Pug disse:

-Eu falei senhora pra não dar a maçã pra ele agora vamos morrer com fome!

- Nós não vamos morrer - disse eu
- comecem a remar peguem as folhas de palmeira, vamos sair do rio agora.

Continua...

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