Capítulo Um: Bela fantasia

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      Já era noite quando o pequeno Ed de apenas treze anos pôs — não facilmente — seu capacete de astronauta em sua cabeça, forçando seu cabelo estilo Black Power, e saiu de casa com sua fantasia para pedir doces na vizinhança. Afinal, era Halloween! E sua fantasia ficaria ainda mais legal quando estivesse com seu amigo Bruno que ia fantasiado de extraterrestre. Eles haviam combinado de se encontrarem na rua de Bruno, que mora na rua oito, —  Ed mora na sete — e lá iriam na casa do Dênis que mora na última rua, na doze. E de lá desceriam até a rua um pedindo doces.
         Ed sempre saía par pedir doces com seu grupo de amigos — Patrick, Mike, Bruno, e Dênis — mas depois da morte do pai de Patrick, tudo mudou. O Patrick se tornou uma pessoa muito fechada e sem tempo, porque tinha que fazer companhia para a mãe dele que não conseguiu sair do luto. Desde então Ed não falara mais com Patrick que de todos era o seu melhor amigo.
         Com o tempo Mike também se tornou muito difícil de se viver. Sempre inventando histórias loucas ainda que ninguém acreditasse. Sem contar nas inúmeras confusões que ele arranjava, e a culpa sempre caía também para Ed e ou outros.
         Por fim, Ed só estava se dando bem com Bruno que agora estava sendo seu novo melhor amigo, e Dênis o certinho, que tinha os pais super protetores e chatos por serem mais velhos. Ainda sim era melhor sair com eles do que com os problemáticos Mike — que sempre arrumava confusão — e Patrick — que nem falava mais com Ed. Nesse ano seria apenas Ed, Bruno e Dênis. Ele nem sabia o que Mike ia fazer hoje, e Patrick provavelmente ia ficar em casa com sua mãe.
          Mesmo com todos esses problemas Ed adorava essa época em que o bairro se transformava em um cenário de terror fictício. E com os avanços tecnológicos de 2027, era possível ver bruxas e fantasmas controlados por drones automáticos, e esqueletos holográficos serem reproduzidos nos jardins das casas além das enormes aranhas motorizadas que subiam pelas paredes como se ali fosse seu habitat natural.
         Inocente, Ed nem temeu quando viu a incrível luz incandescente que pairava a sua frente, e quando um ser pequeno de pele estranha e super cabeçudo lhe emitiu um som estranho.
— Que fantasia maneira Bruno. Falou Ed impressionado.
      O ser imóvel emitiu outro som idêntico ao primeiro.
— Como você conseguiu fazer isso? Sua mãe que fez essa roupa? Não, está muito bem feita, ela deve ter comprado não é?
      Em seguida, a coisa que Ed achava ser seu amigo Bruno soltou um berro aterrorizante, deu as costas e desapareceu no escuro em direção à uma feixe de luz q alguns metros de distância. Foi então que Ed decepcionado sussurou.
— Cara, como você está se achando só por causa dessa fantasia nova! Quer saber, pode ir embora. Vou pedir doces sozinho!

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O quinto elemento Where stories live. Discover now