16. Especial - Leandro (1/2)

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Amores, decidi fazer um especial de dois capítulos na visão do Leandro para vocês entenderem melhor o lado dele em relação a história.
Espero que gostem <3

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Rita. É engraçado como esse nome mexeu comigo em tão pouco tempo. Ela não deve nem imaginar o quanto ela dominou meus pensamentos nesses últimos dias. Tudo bem que no começo aquele jeito dela de querer mandar em tudo me irritava um pouco, mas foi exatamente isso que me chamou a atenção nela, e tudo mudou depois que a conheci melhor.

Sim, eu sei que faz pouco tempo, mas há algo especial nessa baixinha que me atrai tanto, algo diferente do que já senti com outras garotas e que eu tenho certeza de que não vou encontrar em outro alguém que não seja nela.

Talvez seja por isso que fico tão perturbado ao ver aquele idiota do ex-namorado dela a atormentando.

Se eu tenho vontade de quebrar a cara dele? Claro, mas acho que ela nunca me perdoaria se eu fizesse isso, então tento fazer o que está ao meu alcance. Por mais que eu sinta que as vezes não faça tanta diferença para ela, foi bom vê-la sorrir como sorriu hoje.

─ Está três minutos atrasado. ─ Atrás do balcão, Victor diz debochado assim que entro no estúdio, depois de estacionar a moto na garagem de sua casa.

─ Vá para o inferno. ─ Respondo, dando-lhe um soco de leve no ombro. Ele apenas ri.

─ Era a loirinha de novo? ─ Ele se apoia sobre a mesa e me encara com um olhar curioso.

─ Eu só fui levar ela para a casa dela, nada demais. ─ Dou de ombros. Realmente não aconteceu nada demais. Infelizmente.

─ Sei. ─ Ele duvida. ─ Sabe, você ficou diferente depois que conheceu ela.

─ Mesmo?

─ Sim, cara. Nunca te vi tão feliz depois que conheceu essa garota. Por falar nisso, eu já te vi sorrir antes? ─ Começo a rir.

─ Não acho que eu tenha mudado tanto assim. Não está acontecendo nada demais... ─ Não que eu não queira também, né.

─ Cara, falando sério agora, aqui entre nós. ─ Ele se levanta. ─ Você está a fim dela?

─ E-eu? Não sei, talvez... ─ Disfarço.

─ Ah, para com isso, está escrito na sua testa! ─ Victor ri. ─ Acha que eu não te conheço?

Realmente, Victor me conhece muito bem. Somos amigos de infância e ele é uma das únicas pessoas que eu posso confiar.

─ Sei lá, eu posso até gostar dela, mas não acho que ela sinta algo por mim. ─ Suspiro. ─ Devo ser apenas um amigo para ela que ela irá esquecer depois de se formar. Por que uma garota tão inteligente iria perder tempo comigo? Eu só atrasaria a vida dela, principalmente com esses meus problemas...

─ Está bem, está bem, chega de pessimismo. ─ Ele me corta. ─ E você por acaso já pensou em demonstrar isso para ela? As pessoas não são adivinhas, sabe?

─ Não sei se seria uma boa ideia, ela terminou um relacionamento faz pouco tempo, não quero deixa-la mais confusa do que já deve estar. É melhor eu não me intrometer tanto.

─ Deixa de ser idiota. ─ Ele revira os olhos. ─ Como você vai saber se uma pessoa está a fim de você se você nem vai atrás? É melhor você abrir o jogo antes que seja tarde demais. Aquele ex-namorado dela ainda está a perseguindo, não está?

O pior de tudo é que, de uma certa forma, Victor está certo. Tudo aquilo que passei na minha infância fez com que eu me tornasse fraco e inseguro hoje em dia, mas mesmo assim, não posso deixar isso ser mais forte do que eu. Preciso tomar coragem e dar um jeito de conquistar aquela baixinha, mesmo que eu tenha que matar o ex dela!

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