Capitulo X

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Como assim Bieber te chamou pra sair e você não conta pra gente? — Molly estava brava.

— Ele tinha acabado de fazer o convite, não era como se eu deixasse ele ali e fosse até vocês! — Franzo a testa. Eu escondo delas de quando exatamente ele me chamou pra sair. — Aliás Bea você tinha algo pra contar. O que era?

— Molly me contou que Jared chamou a caloura, eu achei que ele ia me chamar! — Ela revira os olhos.

— Pra que? Pra você chutar o garoto? — Contenho o riso e ela me fuzila com seu olhar. — Desculpa, mas ele estava cansado dos seus foras, a garota parecia realmente interessada nele.

— Foi você! Sua traidora!

— Ah qual é Bea! Você não iria porque gostasse do Jar, e sim porque está precisando de step, não seria justo com ele. — Molly concorda comigo. — Porque você não chama o Drake?

— Eu não sei... — Ela cruza os braços. — Você com certeza irá com o gostoso do Bieber...

— Eu não vou. Estarei na casa da minha avó, e ele nem me convidou... — Dou os ombros. — E só porque ele me chamou pra sair não quer dizer que ele quer ir comigo ao baile Bea.

— Ah é! Você vai no fim de semana onde vai estar toda a família do seu pai... — Molly lembra.

— Sim, e você e Mason?

— Ele me chamou pra sair de novo... — Ela suspira toda contente.

— Isso vai dar coisa séria. — Bea comenta.

O professor pede silêncio e começa a explicar algo sobre o que provavelmente caíra na prova.




Estava indo em direção dos ônibus quando Justin me aborda, começamos a caminhar pra longe dos estudantes:

— Você não irá ao baile?

— Ouviu a minha conversa com minhas amigas? — Enrolo os fones.

— Desculpe, eu estava perto... Mas não me respondeu a pergunta.

— Você ouviu a conversa, já deve deduzir o motivo.

— Jas, eu não ouvi por completo, foi sem querer... — Ele tenta se explicar e eu percebo que fui rude demais.

— Minha avó já tinha combinado um jantar, ela é polonesa, então no ano ela escolhe um feriado polonês pra passar em família, esse ano foi a independência da Polônia que vai cair no mesmo dia que o baile.

— Ela é de que região da Polônia?! — Ele parecia interessado no fato da origem de minha avó.

— Cracóvia. Mas os meus bisavós eram de Kielce...

— Eu já fui para Polônia, é muito bonito por lá... — Ele encosta no ônibus e eu olho intrigada.

— Eu pretendo conhecer, minha avó fala muito de lá, minha tia já foi pra lá, aliás ela mora lá atualmente.

— Faz muito tempo que fui pra lá.

— Me conte mais. Quando você foi, era a mando do Aro?

— Ham..Passo. — Ele comprime os lábios. — Você aprendeu a falar polaco?

— Não muito, mas sobreviveria, sei um pouco de bielorrusso também. Você parece ter viajado a Europa inteira.

— Viajei... — E  eu só me consegui contagiar com aquilo.

— Me conta como é!?

— Bom um lugar que me fascinou bastante foi a Romênia... Acho que tudo que conheci teve sua fascinação sabe? A cultura, arquitetura, a arte..

— Você parece que viveu tanto... — Tínhamos o olhar preso um no outro.

— Eu vivi durante um tempo... — Ele desconversa.




De volta pra casa, eu estava cansada, apenas comi algo e enquanto eu via um episódio de um reality show eu dormi.

Justin estava diferente, ele não tinha olhos vermelhos. Vestia um simples moletom enquanto cantava num bar e sua voz era linda.

Era noite, ele estava caminhando de volta para casa, ele passa por ruas vazias e sem movimentos. Um vulto passa atrás dele e Justin agarra seu violão assustado.

Esse vulto aparece de novo e ele diz desesperado:

— Eu não tenho nada, só algumas moedas, pode levar se quiser.

— Eu quero outra coisa garoto... — Uma voz suave diz ao fundo, parecia sussurrar em seu ouvido.

E então gritos, gritos do Justin, ele estava largado em um beco, seu braço ferido. A sombra da mulher podia ser notada, mesmo com a pouca iluminação.




Acordo, eu estava na sala, coberta, era noite. Passo a mão na testa para limpar meu suor, pego o prato da mesa de centro e levo para a cozinha, passo água e enfio na máquina de lava louça.

Aperto meus dedos contra a pedra de mármore e fecho os olhos, eu precisava falar com a minha avó.

Uma batida na minha porta me assusta, quem seria a essa hora ?

Se passavam das nove da noite, minha mãe devia estar no quarto. Me aproximo e olho pelo olho mágico:

— Renesmee? — Digo confusa ao abrir a porta.

Seus olhos estavam vermelhos:

— Oi?! Posso entrar?

— Claro. — Dou passagem.

— Eu não queria falar com minha mãe agora. E pensei em ficar aqui essa noite pode ser? Ela sabe onde eu estou.

— Tudo bem, mas o que aconteceu?

— Eu briguei com Jacob. — Subimos as escadas . — E eu me sinto tão mal, ele sempre esteve comigo. Mas também sinto raiva.

Sentamos na cama e eu acabo sorrindo:

— Isso é normal em um relacionamento. Vocês não brigam muito não é?

— Só coisas bobas, mas isso não foi uma cosia boba. — Eu pego em seu braço para afagar.

— Vem cá. — A abraço.

Ola Aro! — Renesmee tinha aparecia de uma criança, ela toca no rosto do homem em que eu tinha visto com Justin.

Os olhos vermelhos do homem estavam arregalados com algo que parecia ter visto, Renesmee se afasta e vai para perto de Bella e Edward, um lobo também estavam ao seu lado.

Era o mesmo lobo da estrada. Havia outro homem, forte, cabelos escuros e pele pálida como todos ali.

Jas? Tudo bem?

— Você... Estava... — Tento focar no que acabei de ver.

— Eu estava? — Ela continua.

— Nada... Desculpa. Que tal pipoca e chocolate quente? Podemos ver um filme?

— Jura?

— Pode contar comigo. Pode ficar aqui essa noite e quando quiser podemos repetir.. — Ajeito minha cama para nós duas. — Espero que não se importe de dividir a cama..

— Tudo bem... — Ela se empolga.

— Vai escolhendo um filme e eu vou fazer a pipoca.

Fecho a porta do quarto e ouço minha mãe chamar:

— Achei que tivesse ouvido tocarem a campainha ... — Ela desliga a tv.

— A Renesmee vai dormir aqui hoje, tudo bem?

— Claro... só não durmam tarde. Amanhã é sexta, tem aula.

— Ok mãe. Boa noite. — Saio do seu quarto e finalmente vou para a cozinha.

Eu precisava confrontar Justin, e saber que porra estava acontecendo. Não dava mais para adiar isso.

Os Frios || REFORMA Where stories live. Discover now