Capitulo XIX

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Deixo Renesmee em sua casa e sigo para a minha. Mamãe estava na cozinha, quando cheguei:

— Me conta... como é o vestido dela?

— Incrível mãe. Ela parecia uma princesa. — Disse.

— Ainda acho que deveria ligar para sua avó, você está perdendo tantos momentos legais... — Ela coloca o copo de vidro no escorredor e me olha. — Tem certeza que não quer ir? Eu conversaria com seu pai para ajudar a contar pra sua avó...

— Mãe... — Interrompo-a. — Tudo bem... Eu não ligo para isso, você sabe. Eu sinto saudades da vovó, não vi ela nas férias, tudo bem que também sinto saudades do papai, não tanto pois eu vi ele recentemente, mas vai estar todos os meus tios, sabe que é difícil pra ela reunir todo mundo. — Vou até ela e abraço ela de lado. — Eu só vou perder o baile de outono, ainda tem o de inverno e o de primavera. E ano que vem tem o da formatura, não se preocupe que dos outros eu iriei sem falta, ok?

— Você vai mesmo, nem que eu te arraste!

— Preciso de um banho. Amanhã eu não sei se vou na escola... — Comento subindo as escadas.

— Por que?

— Estou com muita dor de cabeça ultimamente e eu preciso estudar pra alguns simulados também. Vou pegar as anotações de Molly, as aulas amanhã são de inglês e história. — Estava no terceiro degrau, onde ela poderia me ouvir e me ver.

— Olha lá em, não quero ser chamada por excesso de faltas mocinha.

— Está tudo sobre controle, mãe!

— Sei. Boa noite.

— Boa noite.

Vou para o meu quarto e pego a troca de roupa e sigo pro banheiro. A água quente me fez relaxar, solto um suspiro e ensaboo meu cabelo.

(...)

Arrumo minha cama, pronta para deitar, acho que Justin não viria essa noite. Olho para a janela do meu quarto que deixei apenas no vidro, a rua vazia e pouco iluminada, ao longe vejo uma pessoa desconhecida, ela sorri e acena. Franzo o cenho, ela não era daqui obviamente, tranco a janela, e me escondo.

Era idiotice minha, sabia que era impotente, olho novamente e ele já não estava lá.

Pego meu celular e sem nenhuma mensagem. Respiro fundo e olho as horas. Eram dez e meia. Apago as luzes e me deito. Olho para o teto e percebi que o sono não iria vir tão facilmente.

Batem na minha janela. Ergo minha cabeça e vejo Justin:

— Oi! — Ele diz assim que entra. — Está tudo bem?

Aceno com a cabeça.

— Onde você estava?

— Tivemos um problema com um nômade aos arredores da cidade. — Ele fecha a janela.

Cruzo os meus braços e vou para a cama.

— No que deu?

— Ele estava de passagem, Edward pediu para que só voltasse a caçar depois de Portland, já que não eram os únicos sobre-humanos na área.

Justin senta na minha cama ao meu lado:

— Senti sua falta. — passo minha mão em seu rosto gélido.

— Eu também. — Ele fecha os olhos relaxando com meu toque. Me aproximo mais, ficando com o rosto bem próximo ao seu, nossas respirações estavam misturadas, minhas mãos desceram para seu pescoço e quando chegou no seu tronco ele segura minha mão direito. — Jasmine. — Ele alerta.

— Tudo bem. Eu sei que não vai me machucar. —Sussurro. Me ajeito, inclinando meu corpo sobre o seu, ele segura minha cintura com uma mão, seu polegar fazia círculos na minha pele. — Me beija. — Suplico.

— Não é uma boa ideia... — Ele abre o olho. Minha mão esquerda estava agora em seu rosto.

— Por favor.

Justin dela nossos lábios, de primeiro momento ele não se mexe, até eu tomar a iniciativa de aprofundar o toque, no momento seguinte eu me vejo em seu colo, Justin segurava meus cabelos enquanto eu segurava em seu pescoço, ele nos vira na cama, rodeio minhas pernas em sua cintura, seus beijos descem pro meu pescoço, meu corpo esfrega no seu pedindo mais contato, e então Justin se afasta.

Ele solta minhas pernas e levanta da cama, encosta na parede com o olhar para o teto:

— E-eu... — tento arrumar meu cabelo molhado. A vergonha toma conta de mim. Meus olhos enchem de lágrimas mas engulo o nó que formou em minha garganta.

— Me desculpe. Eu... Jasmine. — Ele finalmente abaixa seu olhar e recai sobre mim. Ele se aproxima. — Porra. — Ele seca as lágrimas que teimaram em cair. — Babe, não é isso... — Fungo. — Eu preciso ter muito controle Jasmine, ou eu posso te machucar. — Ele me abraça e encosta minha cabeça em seu peito. — Jamais pense que eu não te quero desse jeito. É que você é tão frágil Jas... eu não me perdoaria...

— Tudo bem. — Aperto ele contra mim.

Ele se ajeita na cama, deitando e me puxando para cima de seu corpo frio. Abraço-o, ficamos em silêncio, Justin fazia cafuné em minha cabeça, cantarolando baixinho.

— Eu...te amo Jas, não sei se , serei capaz de viver num mundo no qual você não exista!






Sinto meu corpo a ser colocado na cama, abro meus olhos, bocejo:

— Que horas são?

— Dorme, ainda é cedo. Vou em casa trocar de roupa e venho buscar você para irmos à escola.

— Eu não vou hoje. — Murmuro e viro de lado para vê-lo de pé.

— Então, eu irei vir e fazer companhia se quiser.

— Eu quero. — Ele sorri e beija minha testa. Eu começo a me levantar para fechar a janela assim que ele sai.

Justin pula no chão e olha para cima eu aceno e vejo-o ir embora.





Acordo por volta das nove horas, tomo meu café e vou para o jardim traseiro. Como era outono, precisaria dar a atenção devida para minhas flores. Meu pai cultivava um pequeno jardim de flores para minha mãe, quando era menor, ele me ensinou a cultivar e mantenho ele até hoje.

Acabo por sentar na relva úmida. Fecho os olhos e tento escutar o menor ruído que seja. Os últimos dois meses tem sido bastante tumultuados, precisava estudar pro SAT.

Ainda de olhos fechados começo a meditar, tudo ia bem, quando ouço um galho sendo quebrado, abro os olhos e olho a minha volta, não havia ninguém além dos pássaros locais.

Me levanto e passo a mão na roupa para tirar qualquer resquício de grama ou folhagem.

Ouço uma risada masculina, me viro:

— Quem está aí? — E de novo a risada.

Um arrepio percorre pelo meu corpo todo:

— Eu sei o que você é! — Gaguejo e eu estremeço ao sentir passar por mim, sinto ele pegar meu cabelo e cheirar, isso ocorre em meros segundos. — Você sabe também que o que há na cidade. — Tento soar confiante.

Ouço mais uns barulhos de folhagem, o vulto era rápido demais para acompanhar:

— Jas? — A voz familiar me fez soltar o ar dos pulmões. — O que houve?

Justin apareceu pela lateral da minha casa, corro até ele e abraço:

— Me tira daqui.

Os Frios || REFORMA Where stories live. Discover now