Capítulo 12 - Nuances de truculência

187 22 8
                                    

"Será eterno, nem que seja eternamente no inferno".

"Será eterno, nem que seja eternamente no inferno"

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

ALGUMAS SEMANAS SE ARRASTARAM. Lentamente, era como os dias estavam se passando naquele lugar. Embora Ketheryne continuasse tendo aquelas sensações ruins de que algo estava prestes a acontecer, ela se recusava a partir. O único motivo para ignorar seus instintos era Amber. Ela estava feliz ali, pela primeira vez em toda a sua existência ela estava feliz por estar em um único lugar.

Aqueles dias foram suficientes para que um sentimento desconhecido florescesse em seu peito. Era algo que lhe deixava nas nuvens por alguns segundos e que lhe fazia esquecer a cor da morte. O sentimento envolvia não tão somente Deniel Bennett, como também Miguel Griffts.

Aquele sentimento estava tão enraizado em seu peito quanto erva daninha. E não importava quantas vezes ela o arrancasse, pois no minuto seguinte ele já estava presente ali novamente.

── Ketheryne. ── Deniel chamou abordando-a em um dos corredores.

── O que você quer? ── Perguntou desvencilhando-se dos braços dele.

── Você anda me evitando. ── Sorriu sem graça. ── Então... ── tentou formular uma frase.

── Eu sei. ── Falou monótona. ── Vá embora Deniel. ── Pediu.

── Por favor? ── Suplica.

── Já pedi que me deixasse em paz. ── Bramiu em fúria.

── Ketheryne! Eu rogo seu perdão. ── Ele sussurrou. ── Preciso que me perdoe. ── Confessou.

── Por que? ── Perguntou com ignorância. ── Meu perdão não irá mudar o monstro que es. ── Rebateu.

Deniel abaixou a cabeça por um instante. Aquelas palavras realmente feriram seu âmago.

── Sinto muito por aquela noite. ── Pediu. ── Eu só queria que me ouvisse...

── Você quase me matou. ── Falou cortando-o.

── Eu não queria ferir você. ── Falou referindo-se aos tiros.

── Tem ideia do quão ridículo essa frase soa? ── Perguntou encarando-o.

── Eu sei... ── hesitou. ── Me desculpe. Acho que não pensei direito nas coisas.

── A natureza vampírica costuma ser tão imprudente. ── Proferiu.

── Ele lhe tratou bem? ── Perguntou acanhado.

── Quem? Miguel? Com toda certeza, tratou-me melhor do que você.

O vermelho opaco furtou o verde por alguns segundos.

── Me perdoe? ── Pediu novamente.

Embora seu pedido de perdão soasse tão sincero e profundo, Ketheryne se recusava a cair naquela farsa, pois sua 1° e mais importante regra era: NUNCA CONFIE EM VAMPIROS.

Vampira Infernal †Where stories live. Discover now