O Cavaleiro 19°

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Ninguém alguma vez estudou as linhas da minha mão

Sem descobrir as quatro letras de seu nome

Tudo pode ser renegado

Mas a essência da mulher que amamos

Tudo pode ser ocultado

Mas os passos duma mulher movendo-se dentro de nós

-Nizza Qabbani

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A porta foi fechada com cuidado, mas mesmo assim o barulho, quase inexistente, foi captado pelo impetuoso sentido de Zulmira, fazendo ela estremecer por um mero segundo. Ela olhou através do tecido translucido para o homem que se aproximava dela, com um sorriso no canto dos lábios, mesmo assim uma expressão ilegível.

Ele conseguira. Ganhara o seu maior premio.

Zuleica era sua. Só sua. Foi difícil, teve muita resistência. Mas finalmente.

Agora ele sabia! Era o homem que tinha tudo que ele queria na face da terra. Rico, monarca, seus inimigos destruídos e agora a mulher que tanto resistiu aos seus encantos, seria sua. O seu pacote premium de Ego estava completo. Não há nada que ele possa pedir. A não ser que algo novo o atraia, pois o que ele conseguira perderia a graça cedo ou tarde.

A mulher sentada a cama, tentava não mostrar apreensão. Estava tao nervosa, desapontada consigo mesma. O que a fez chegar a tal ponto, de se juntar aquele homem que nem realmente a amava, mas sim a sua irmã. Um homem esse que talvez chegará a odiar-lhe quando descobrir a verdade por detrás de tudo.

Sentiu o véu ser erguido e seu rosto finalmente veio a ser visível. A expressão na cara de Fahmy era de pura euforia. Ele já havia visto aquele rosto enumeras vezes, já havia acariciado aquela pele e beijado aqueles lábios, mas agora é diferente.

Agora levantar aquele véu e ver aquele rosto, aquela pele escura que exala calor, significava Victoria. Assim seus beijos teriam o sabor da vitoria.

Zulmira inalou e suspirou enquanto observava os olhos que brilhavam ao olhar para ela. "Parece nervosa." Fahmy comentou.

"Que mulher não estaria na sua noite de núpcias." Ela retorquiu o comentário e viu um sorriso nascer nos lábios de Fahmy.

"é minha, Zuleica." Afirmou confidente, não tendo notado assim o momento em que ela apertou os lençóis entre seus dedos, e tomou um punho dos mesmos em sua mão. Ele tinha prazer em repetir aquele nome e ela tinha de estar preparada para ouvir ele chamar por ela enumeras vezes.

Fahmy pôs-se de joelhos em frente a ela e segurou em sua mão olhando para a pintura de Henna, nas mesmas, traçou com seu dedo indicador uma linha por onde seguiam os desenhos ate o seu pulso, fazendo-a tremer. Fahmy espiou-a com o olhar e podia sentir o coração de Zulmira bater forte. Segurando sua mão entre as suas recitou uma suplica sobre ela.

O Cavaleiro do DesertoOnde histórias criam vida. Descubra agora