Eu andava em círculos por aquela sala, meu coração estava acelerado, a preocupação invadia todo meu corpo, eu chorava muito, estou com muito medo, medo de tudo.
Samantha: se acalma Manuela, é só mais uma invasão- falou calma.
Eu: você já está acostumada com isso, mas eu não, eu não estou- falei em prantos- você não se preocupa? Teu irmão está lá fora no meio daquele tiroteio.
Samantha: o Felipe nunca se machuca- falou confiante.
Eu: ele não é de ferro- retruquei.
Continuei andando em círculos, estava muito angustiada, só quero que tudo termine bem.
...
Já se faz umas duas horas que estamos aqui dentro, Samantha parece calma, mas eu não estou, eu estou muito nervosa.
A porta se abre e Felipe aparece, um pouco suado, com seu fuzil pendurado, corro até ele e lhe abraço, Felipe retribui o abraço e eu começo a chorar em seu peito.
Felipe: tudo bem com vocês?- perguntou olhando para sua irmã.
Samantha: sim- aquela controle emocional dela me irrita.
Felipe: Manuela, olha para mim- levantou meu rosto delicadamente- tá tudo bem ok? Se acalma- assenti.
Samantha: eu mandei ela se acalmar, mas ela só sabia andar em círculos- revirou os olhos.
Eu: desculpa se eu não nasci e fui criada aqui e não sou acostumada com essas coisas- respondi com ironia.
Felipe: vamos lá para sala, você precisa se acalmar- segurou na minha mão.
Eu: não, eu quero ir ver a Geovana- falei decidida.
Felipe: eu não vou deixar você sair assim- balançou a cabeça negativamente.
Eu: eu quero ver a Geovana- falei firme.
Felipe: ok né, você que sabe- me soltou.
Saí daquele "cofre", e saí daquela casa, as coisas já estavam mais calma na rua, pessoas estavam nas portas comentando sobre o acontecido. Estava indo em direção a casa de Geovana, e entrei numa viela que era preciso para chegar lá.
Felipe: olha o tiro- pegou na minha cintura e eu dei um pulo de susto.
Meu coração começou a bater forte, olho pra ele que está gargalhando, idiota, babaca, que ódio. Ele ia me matando de um ataque cardíaco e ainda fica rindo?
Eu: seu idiota, babaca, filho da mãe...-comecei a lhe dá tapas.
Felipe segurou meus pulsos, e me beijou, ele segurou minha cintura, e eu simplesmente não conseguia arranjar forças para lhe empurrar, segurei sua nuca, e dei uma pequena abertura para que sua língua pudesse invadir minha boca, sua língua era quente, aquele gosto de cigarro com menta estava maravilhoso, ele parou o beijo com um sorrisinho de vitória no rosto.
Eu: seu idiota, nunca mais faça isso, eu te odeio- ele me interrompeu de novo com outro beijo, só que dessa vez eu lhe empurrei.
Saí andando com raiva e pisando fundo, só faltava sair fumaça do meu nariz, aí que ódio desse garoto.
Felipe: TCHAU MINHA GOSTOSA- gritou. Eu virei e mostrei o dedo do meio para ele.
Continuo caminhando até chegar na casa do Bruno, bato palmas e Geovana aparece no portão.
Eu: amiga, que bom que você está bem- falei lhe abraçando fortemente.
Geo: você estava aonde? Eu fiquei muito preocupada- retribuiu o meu abraço.
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A Patricinha e o Dono Do Morro
Teen FictionManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...