Capítulo 51

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Estou a caminho do aeroporto com meu pai, esse tempo que ele passou aqui foi ótimo, eu nunca tinha ficado assim com ele antes, não falamos sobre o assunto "mãe", e nem sobre ele ter me abandonado por toda uma vida, ficamos fazendo bobeiras.

Agora que ele está voltando para a casa dele eu vou voltar para casa do Felipe, que no caso é minha casa também.

Pai: tchau filha- me abraçou.

Eu: tchau pai.

Pai: te amo.

Eu: também te amo.

Ele foi sumindo entre a multidão e logo não o vi mais.

...

Sam: uhuuu, você voltou- pulou em mim.

Eu: pelo jeito sim.

Felipe: amor, finalmente- me beijou- eu tenho uma surpresa.

Felipe tapou meus olhos com suas mãos e começamos a andar, subimos a escada e entramos em um cômodo.

Felipe: pronto- tirou as mãos dos meus olhos- eu te prometi um closet não foi?

Eu: amor, isso é demais- lhe abracei- é maior do que o do meu apartamento- entrei no closet.

Felipe: é porque será um lado seu e um lado meu- explicou.

Eu: que um lado teu? Ah, tá, coloca tuas tralhas dentro de uma caixa.

Felipe: claro que não, tem espaço suficiente aqui- protestou.

Eu: eu vou arrumar minhas roupas- falei animada.

...

Depois do closet está todo organizado saio de lá e desço as escadas atrás de algo para comer.

Eu: oi Cleide.

Cleide: oi Manu, que bom que você voltou- sorriu.

Eu: viciei no morro.

Felipe: achei que tinha viciado em mim- me abraçou por trás.

Bruno: FELIPE SEU CUZÃO, EU CHEGUEI- meu Deus, que menino escandaloso- MANU MULHER, QUANTO TEMPO- me abraçou.

Eu: aí meu Deus, meus ossos- falei sufocada.

Felipe: solta a minha mulher Bruno- me puxou.

Bruno: tu também abraça a Geovana- cruzou os braços.

Felipe: é diferente.

Cleide: deixem de barulho na minha cozinha- reclamou.

Eu: eu estou calada aqui, você está vendo né- me defendi.

Sam: Felipe, eu posso ir dormir na casa do Magrin?- perguntou entrando na cozinha.

Felipe e Bruno: O QUE?- gritaram em uníssono.

Bruno: claro que não- falou imediatamente.

Felipe: tá doida?

Eu: por que você quer ir dormir lá?- perguntei sem entender sua linha de raciocínio.

Sam: vai ter uma festa, aí vai acabar tarde, então eu vou aproveitar e ficar lá- explicou.

Felipe: sem cogitação, e nem adianta você vim com aquela história de amor- falou para mim.

Eu: eu não ia fazer isso.

Sam: Manu, você não está do meu lado?- perguntou ofendida.

Eu: dessa vez não, olha Sam, eu sei que você é inocente e tudo, mas ainda é muito cedo para você ir dormir na casa do seu namorado, quando você for maior vai entender- falei calmamente.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora