Se passaram um mês desde o descobrimento da gravidez de Geovana e o término da Ágda e do Jack, a Geovana está com três meses, e dá para ver um pouco de volume na sua barriga, seus pais ainda não sabem, e quando souberem vão dá um show, quero nem ver, mentira quero sim, adoro barraco e ainda por cima vou me meter, vou falar umas poucas e boas para eles.
De vez em quando vou no morro ajudar a Geovana, embora ela diga que não precisa, mas é sempre bom ficar de olho, vá que ela tente pegar algo pesado ou caia, não gosto nem de imaginar, hoje mesmo vou no morro, tinha acordado mais cedo e fui no shopping comprar alguma coisa para o meu sobrinho ou sobrinha, e como a Geovana falou que não vinha hoje eu vou lá.
Entro na universidade e logo Ágda vem saltitante em minha direção e simplesmente me abraça. Fico parada sem retribuir, não esperava receber abraços gratuitos hoje.
Ágda: você tinha razão, eu o Jack voltamos, obrigado- sorriu largamente.
Eu: de nada, quando precisar de conselhos amorosos eu estou aqui- olha quem fala, a encalhada.
Jack: amor te achei- falou vindo em nossa direção- ah, oi Manu, cadê a Geovana?
Eu: não vem hoje- dei de ombros.
Ágda: amor, eu contei para ela- lhe deu um selinho.
Jack: então você já sabe né?- passou o braço pela cintura da sua namorada.
Eu: sim, só espero que não se separem mais- murmurei. Eles são o casal vai e vem.
Jack: se depender de mim isso não vai acontecer- ah, tá.
Ágda: não mesmo- falou agarrando o pescoço dele- Manu, você quer sair com a gente hoje de noite?- perguntou animada.
Eu: e ficar de vela? Não obrigado- sorrir forçado.
Jack: Manu, você tem que aceitar que nasceu para ser vela, é fato- riu fazendo a Ágda acompanhar.
Eu: meu amor eu não sou vela, sou a tocha olímpica- joguei o cabelo para os lados.
Ágda: pega mal, porque a tocha olímpica passou de mão em mão- fez uma careta.
Eu: nunca parei para pensar nisso, não é que é mesmo- falei pensativa.
Jack: sempre lenta- revirou os olhos.
Sinto um mal estar e o mundo parece está girando, cambaleio um pouquinho mas não caio porque alguém segura meu braço.
Jack: Manu, tudo bem?- perguntou preocupado.
Eu: sim- me apoiei no seu tronco.
Ágda: não está não, você ia caindo agora mesmo- falou também preocupada.
Eu: foi só uma tontura, vai dizer que vocês nunca sentiram uma tontura?!- falei cruzando os braços.
Jack: já, mas...- lhe interrompo.
Eu: então, é normal.
Jack: ok, se você diz- desistiu de discutir.
Ágda: quer um pouco de água?- perguntou não entendendo que eu estou bem.
Eu: não, obrigado- dispensei.
...
Estou dentro do carro indo até o morro, está tocando lembranças da Hungria bem baixinho, estaciono como de costume um pouco longe do morro, pego as sacolas com as roupinhas e saio do carro ligando o alarme.
Subo o morro, já estou ficando acostumada em subir essas ladeiras, chego na casa de Geovana e bato palmas, ela aparece no portão e eu entro.
Eu: trouxe presentes- falo levantando as sacolas.
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A Patricinha e o Dono Do Morro
Teen FictionManuela Godoy é aquela típica patricinha, doce, meiga e arrogante, desde muito nova teve que conviver com a solidão, com o quase abandono do pai e a morte da mãe só lhe restou sua melhor amiga Geovana. Manu tem aparentemente uma vida normal, mas uma...