Capítulo 27

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Se passaram um mês desde o descobrimento da gravidez de Geovana e o término da Ágda e do Jack, a Geovana está com três meses, e dá para ver um pouco de volume na sua barriga, seus pais ainda não sabem, e quando souberem vão dá um show, quero nem ver, mentira quero sim, adoro barraco e ainda por cima vou me meter, vou falar umas poucas e boas para eles.

De vez em quando vou no morro ajudar a Geovana, embora ela diga que não precisa, mas é sempre bom ficar de olho, vá que ela tente pegar algo pesado ou caia, não gosto nem de imaginar, hoje mesmo vou no morro, tinha acordado mais cedo e fui no shopping comprar alguma coisa para o meu sobrinho ou sobrinha, e como a Geovana falou que não vinha hoje eu vou lá.

Entro na universidade e logo Ágda vem saltitante em minha direção e simplesmente me abraça. Fico parada sem retribuir, não esperava receber abraços gratuitos hoje.

Ágda: você tinha razão, eu o Jack voltamos, obrigado- sorriu largamente.

Eu: de nada, quando precisar de conselhos amorosos eu estou aqui- olha quem fala, a encalhada.

Jack: amor te achei- falou vindo em nossa direção- ah, oi Manu, cadê a Geovana?

Eu: não vem hoje- dei de ombros.

Ágda: amor, eu contei para ela- lhe deu um selinho.

Jack: então você já sabe né?- passou o braço pela cintura da sua namorada.

Eu: sim, só espero que não se separem mais- murmurei. Eles são o casal vai e vem.

Jack: se depender de mim isso não vai acontecer- ah, tá.

Ágda: não mesmo- falou agarrando o pescoço dele- Manu, você quer sair com a gente hoje de noite?- perguntou animada.

Eu: e ficar de vela? Não obrigado- sorrir forçado.

Jack: Manu, você tem que aceitar que nasceu para ser vela, é fato- riu fazendo a Ágda acompanhar.

Eu: meu amor eu não sou vela, sou a tocha olímpica- joguei o cabelo para os lados.

Ágda: pega mal, porque a tocha olímpica passou de mão em mão- fez uma careta.

Eu: nunca parei para pensar nisso, não é que é mesmo- falei pensativa.

Jack: sempre lenta- revirou os olhos.

Sinto um mal estar e o mundo parece está girando, cambaleio um pouquinho mas não caio porque alguém segura meu braço.

Jack: Manu, tudo bem?- perguntou preocupado.

Eu: sim- me apoiei no seu tronco.

Ágda: não está não, você ia caindo agora mesmo- falou também preocupada.

Eu: foi só uma tontura, vai dizer que vocês nunca sentiram uma tontura?!- falei cruzando os braços.

Jack: já, mas...- lhe interrompo.

Eu: então, é normal.

Jack: ok, se você diz- desistiu de discutir.

Ágda: quer um pouco de água?- perguntou não entendendo que eu estou bem.

Eu: não, obrigado- dispensei.

...

Estou dentro do carro indo até o morro, está tocando lembranças da Hungria bem baixinho, estaciono como de costume um pouco longe do morro, pego as sacolas com as roupinhas e saio do carro ligando o alarme.

Subo o morro, já estou ficando acostumada em subir essas ladeiras, chego na casa de Geovana e bato palmas, ela aparece no portão e eu entro.

Eu: trouxe presentes- falo levantando as sacolas.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora