Capítulo 58

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Já faz algum tempo que o Felipe está preso, por algum motivo me proibiram de ver ele, mas hoje isso mudará, eu irei ver ele as pessoas querendo ou não.

A cada dia eu tenho me afundado mais, passo o dia todo no quarto, deitada esperando o dia em que ele voltará.

Vou até o banheiro, tiro minhas roupas, entro no box e tomo banho, lavo o cabelo e saio. Me enrolo na toalha e entro no closet vestindo look na multimídia, penteio o cabelo, faço uma maquiagem para tirar a cara de zumbi, passo perfume e saio do quarto.

Olho para os lados e não tem ninguém, ótimo, desço as escadas e saio para a rua, olho para os lados e começo a andar bem rápido para não correr o risco da Geovana, Samantha, Bruno, Ana e Magrin me verem, e seus amigos fofoqueiros.

Eu: me leva no ponto de táxi por favor- falei para o moto táxi.

...

Entro naquela sala e me sento em uma cadeira velha, aqui é aquela típica sala de filme, as paredes são velhas e mofadas, a cadeira também é velha, assim como a mesa.

A porta se abre e uma policial entra segurando o braço de Felipe que está para trás algemado, meu coração está batendo tão rápido que parece uma escola de samba, ele está com a cabeça baixa, por isso não me viu, mas quando ele me olha fica espantado.

Xxx: vocês tem dez minutos- saiu e fechou o portão de ferro.

Felipe: o que você está fazendo aqui?- se sentou na cadeira que fica na minha frente.

Eu: eu vim te ver amor.

Felipe está um pouco diferente, ele está usando aquele típico macacão laranja, ele está mais magro, sua barba está maior assim como seu cabelo, mas ainda assim continua lindo.

Felipe: eu não quero você aqui - falou severo.

Eu: por que?- perguntei magoada.

Felipe: porque aqui não é lugar para você Manuela, o Brunin sabe que você está aqui?

Eu: não, ninguém sabe- falei baixo.

Felipe: bem que eu imaginei que você não ia obedecer- revirou os olhos. Espera, foi ele que me proibiu de vim aqui?- me faz um favor, não volta aqui, isso não é lugar para você.

Eu: e seu quiser vim? Ninguém pode me impedir- falei confiante.

Felipe: se você vier eu digo que não quero vê-la.

Eu: eu estou com saudades Felipe- falei com os olhos marejados.

Felipe: eu também estou Manuela, cada segundo aqui é um inferno, mas logo eu estarei fora daqui- desviou o olhar.

Eu: logo quando?

Felipe: o Doutor Melhem está fazendo o possível, ele é muito bom- falou calmo.

Eu: eu não sei se vou suportar- falei entre lágrimas.

Felipe: você vai amor, você é forte.

Policial: acabou o tempo- abriu o portão.

Felipe: eu te amo.

Eu: também te amo- me beijou.

Policial: que fofinho, vou vomitar, vamos logo- puxou o Felipe.

Bruxa.

Algum tempo depois...

Já faz algum tempo desde que fui visitar o Felipe, como ele havia pedido eu não fui mais. Eu não tenho mais forças, eu estou no subterrâneo, no núcleo da terra.

A Patricinha e o Dono Do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora