CAPÍTULO 43

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Bianca Narrando

Abandonamos os meninos em seu quarto e nos trancamos no nosso.

Antes de tudo resolvemos tomar banho e nos trocar. Eu fui a primeira, então enquanto as meninas ainda se organizavam eu dobrava a minha roupa usada para colocar na mala reserva que eu trouxe, e aproveitei para guardar outras coisas que acabei espalhando pelo quarto. Estava torcendo para que no hotel tivesse uma lavanderia, para lavar e secar minhas roupas.

Diferente dos meninos, eu não suportava ver as coisas desogarnizadas, ficava muito desconfortável.

Enquanto esperava as meninas resolvi juntar nossas camas, que eram duas box de casal, assim as deixando enorme.

Troquei a fronha de um dos travesseiros por uma de cetim que eu trouxe, para não desfazer muito os meus cachos, e peguei um dos tablets que o hotel deixou em nosso quarto.

Nele tinha o aplicativo do hotel, e uma das opções era justamente fazer pedidos no restaurante, que pelo que eu vi vendia um pouco de tudo.

Nossa viajem já tinha tudo incluso, então poderíamos pegar qualquer coisa. E o Adrien ser filho de um estilista famoso, e proprietário de um dos quartos ajudava também.

Pedi alguns sucos, porções de batata frita e sundays para acompanhar nossa noite.

Nossas kwamis, incluindo plagg que não queria ficar sozinho, e escondido, porque o Yan não sabia de nada ainda, estavam juntos em um canto isolado do quarto. Era como se eles estivessem em suas próprias férias.

E esperei tanto as comidas quanto as meninas ficarem prontas.

[...]

"Conta algo da sua infância Bia", Mari falou.

"Tipo o que?", falei sentada no tapete felpudo.

"Você disse uma vez que já morou no Brasil, conta algo que aconteceu lá"

"Tudo bem", falei pensando, "eu já colei a professora na cadeira", dei de ombros.

"Colar? Como assim?", Alya perguntou.

"Na minha escola tinha uma professora insuportável, qualquer coisa era motivo de ir para diretoria. Um dia, eu acabei deixando minha caneta cair e pedi a minha colega sentada na minha frente para pega-la. A professora achou que estávamos conversando na aula dela e me tirou pontos por comportamento", disse com raiva enquanto lembrava, "para me vingar, pois eu não tinha feito nada de errado, comprei uma cola instantânea e resistente. Ela só colava quando outra coisa ficava em contato. E era tão resistente ao ponto de não desgrudar"

"Meu Deus, já até imagino o que aconteceu", Alya riu.

"A professora ficou um bom tempo sentada sem perceber, e quando se levantou a cadeira foi junto com ela", ri, "e o pior, ela estava de saia, quanto mais se mexia mais a saia rasgava, não queiram saber o que aconteceu depois"

"Você era uma praguinha quando criança", Mari falou rindo, "e você Alya?"

"Eu não me recordo de muita coisa", deu de ombros, "ah, mas lembram daquelas baratas que apareceu na mochila da Chloe e ninguém nunca descobriu como?".

Assentimos, a uns meses atrás nossa sala foi tomada por baratas, todas saiam dos materiais da Chloe e causou a maior confusão.

"Não me diga que...", falei sem acreditar.

"Ela me provocou", justificou, "eu estava tranquila em meu canto, e ela começou a me falar um monte de coisas, eu não ia aguentar insultos quieta. Ainda por cima ela jogou meu celular no lixo da escola e quebrou a película"

"Mas você não me disse que deixou o celular cair no chão?", Mari perguntou.

"Eu não poderia contar todos os detalhes", deu de ombros.

"Ainda assim amiga, era baratas", estremeci me lembrando, "a sala toda acabou sofrendo"

"Eu não pensei nos detalhes técnicos", sorriu constrangida, "Não contem para ninguém"

"Mas foi engraçado a cara dela quando viu", eu ri e subi na cama fazendo uma voz fina, "ahhh, baratas, socorro, tirem esses insetos nojentos de perto de mim, alguém colocou isso nas minhas coisas, essa escola é totalmente irresponsável, elas estão se aproximado, Sabrina faz alguma coisa"

As meninas se jogaram no chão rindo e depois volraram ao normal.

"Mas eu acho que ela está muito melhor agora, esta tentando mudar"

"Não sei o que você disse para ela Mari, mas funcionou", Alya falou, "ela veio pessoalmente me pedir perdão por tudo que me fez"

"Sabiam que ela e o Kim estão namorando?", perguntei.

"Não sabia", Alya disse surpresa, "eu sabia que o Nathaniel e a Juleika estavam juntos"

"Graças a Mari", falei.

"Vou começar a cobrar pelos meus serviços de cupido", jogou o cabelo para o lado e voltamos a rir.

Nossas gargalhadas foram interrompidas por um barulho alto vindo do quarto ao lado, o dos meninos.

Parecia algo caindo no chão, mas não ouvíamos a voz deles.

"Ouviram isso?", perguntei.

"Sim", Mari disse, aparentemente nervosa.

"Vamos lá ver", Alya disse se levantando.

"Enlouqueceu? E se tiver algum monstro?", perguntei.

"Bia, monstros não existem", Alya riu.

"Concordo com a Bia, o melhor é ficar aqui", Mari falou, de todas nós, ela era a que ficava mais amedrontada facilmente, o que não fazia sentido.

"Vocês são super heroínas e lutavam com vilões que tinham poderes muito perigosos, e estão com medo de um simples barulho?", Alya perguntou confusa.

"Uma coisa era lutar com uma pessoa que estava sendo controlada por outra pessoa, cuja essa tinha poderes. E outra muito diferente é lutar com seres do além", Mari falou.

"Provavelmente é só os meninos fazendo alguma bobagem", explicou.

"Se o Yan estiver envolvido em algo vai morrer hoje, sabe que eu e a Mari nos assustamos fácil", falei.

"As vezes eu me pergunto se realmente sou a Ladybug", Mari riu e Alya abriu a porta.

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Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon