CAPÍTULO 51

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Marinette Narrando

Abri vagarosamente a porta do quarto ao lado do meu. Parando no processo.

Adrien estava deitado na cama sem camisa, e o cabelo loiro brilhava por conta da umidade, provavelmente foi lavado. Ele não percebeu minha entrada pois estava entretido no celular. O que me deu a chance de se recompor.

Andei em silêncio até ele, e como ele não notou, pulei do seu lado na cama.

"Tá fazendo oque?", perguntei quando ele me abraçou, seu celular que ele largou entre nós estava aberto em uma foto nossa.

"Pensando em você", me deu um selinho.

"Coisas boas, espero"

"Maravilhosas", apoiou seu queixo em minha cabeça e me apertou contra seu corpo.

"E o que te fez pensar em mim?"

"Estava pensando em como minha vida mudou, e isso graças a você"

"Para melhor, não é?"

"Claro que sim", beijou o topo da minha cabeça.

"A minha vida também mudou depois de você"

"Para melhor, não é?", repetiu minha pergunta e eu ri contra seu corpo, assentindo.

"Até quando você acha que vai ser assim, tudo maravilhoso?"

"Não sei Adrien, a vida prega peças, nem tudo será um mar de rosas sempre, as dificuldades virão"

"E você vai estar comigo quando elas vierem?"

"Sempre"

"Sempre? Significa que você pretende estar comigo para sempre?", abaixou a cabeça para me olhar e eu escondi meu rosto com vergonha.

"Ah Adrien, não sei, do que depender de mim..."

"Pois bem, para sempre então", me girou fazendo ficar por cima dele, "eu quero ter três filhos"

"Três?", ri, "Não acha cedo para pensar nisso não? Lembre-se, tenho somente dezessete anos"

"Eu gosto de ter tudo planejado"

"Planejamento cedo demais, deixemos que o futuro venha primeiro", ele riu, "eu acho que não deveríamos ficar aqui sozinhos"

"Prefere ficar no seu quarto dormindo entre os dois casais?", arqueou uma sobrancelha.

"Talvez aqui seja mais confortável", me rendi e apoiei meu rosto em seu peito.

Ele passou a mão pelos meus cabelos fazendo cafuné, e um tempo depois eu virei minha cabeça para olha-lo. Ficamos nos encarando por um tempo, ele pôs uma mecha para trás de minha orelha e fez movimentos circulares com o polegar em minha bochecha.

Desviou seu olhar do meu e o levou para meus lábios, os juntando em seguida.

Eu amava seus beijos, eram calmos, gentis. Tinha amor entre eles.

Coloquei minhas mãos em seu cabelo puxando alguns fios. Ele se separou de mim com pequenos beijos em meu rosto.

"Eu te amo", colou nossas testas.

"Eu também te amo", o abracei e voltei a apoiar meu rosto em seu peito. O silêncio era reconfortante, apenas o som de nossas respirações, "Emma", o quebrei.

"Hum?", resmungou.

"Eu gosto desse nome, se realmente tivermos filhos um dia e for menina, vai se chamar Emma"

"E se for menino?", eu pensei por um tempo.

"Eu gosto de Louis"

"E eu gosto de Hugo"

"Hugo é muito bonito também", ponderei, "Louis ou Hugo"

"E porque não Emma, Louis e Hugo?", me olhou, "temos que pensar em nome de outra menina para igualar", franziu a testa pensativo.

"Adrien", reclamei rindo, "dois é muito, três é demais, quatro já é um absurdo"

"Eu quero ter uma família grande, vivi por muito tempo em uma pequena, quero que no futuro seja diferente"

"Eu entendo seu ponto de vista, mas vamos com calma tá? Primeiro vamos pensar em terminar o ensino médio", ri fraco e ele me abraçou.

"Eu te amo", sussurrou e depois virou ficando por cima de mim, "ahrg como eu te amo", beijou meu rosto.

"Eu também te amo, incondicionalmente", segurei seu rosto.

"Como pude passar tanto tempo sem notar quão bem você me faria?", tocou minha bochecha, "eu era mesmo um idiota", afirmou.

"Não é culpa sua, gostávamos das mesmas pessoas em posições diferentes. O que teria acontecido se eu soubesse desde o início que você era o cat?"

"Provavelmente não teria me feito sofrer tanto", deu risada.

"Ei, eu preciso saber, não fica bravo, mas...você só gosta de mim porque sou a LadyBug? Eu tenho duas personalidades, e no momento não sou ela, e eu não quero que você fique comigo imaginando a heroína de Paris no meu lugar", senti minha visão embaçar.

Ele me olhou nos olhos serenamente, o que me passou paz.

"Olha, lembra da nossa primeira luta? Com o coração de pedra?", assenti, "naquele dia eu prometi a mim mesmo que amaria quem estivesse por trás da máscara de joaninha, um pouco precipitado, talvez, já que mal te conhecia", passou a mão no meu cabelo, "mas o que eu quero dizer, é que o disfarce é só isso, um disfarce, por dentro dele a pessoa é a mesma. Está certo que ganhamos mais agilidade com os poderes, mas do que adiantaria se a pessoa a recebe-los não fosse capacitada? Você e a LadyBug são uma só, e eu já disse, sou muito lerdo de não ter reparado antes. Se bem que você fazia de tudo para não desconfiar, lembro de uma luta que você apareceu como Marinette, e a LadyBug estava do meu lado, não tinha possibilidade"

"Ah, eu meio que usei os poderes de outro miraculous ali", sorri falso.

"Enfim, o que interessa é, eu não amo mais a LadyBug ou a Marinette, são só nomes, eu amo você, a união das duas, só você, é o que importa", me deu um selinho.

"Ah Adrien, eu também te amo", o abracei, ficamos ali por um tempo, até eu bocejar.

"Está tarde e você está cansada, vamos dormir", ele se ajeitou na cama.

Eu apenas assenti em silêncio e em minutos agarrei no sono, com uma sensação incrível dentro de mim.

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Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن