CAPÍTULO 65

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Alya Narrando

"Você quer contar para nós o que aconteceu? Você está calada desde que chegou", perguntei.

Estávamos no colégio quando o Adrien apareceu e pedia para falar com ela.

Eu teria ficado, mas ela afirmou que precisava daquilo. E desde então parece estar guardando a tristeza dentro de si mesma.

Eu não entendia como o Adrien foi capaz.

Para nodsa sorte, conseguimos convencê-la a ir para o parque conosco, para tentar anima-la um pouco. O que não estava funcionando.

"Eu terminei com ele", respirou fundo, "precisava fazer isso, não tinha a menor possibilidade de continuar-mos juntos. Terminei com a pessoa que eu amava incondicionalmente", sua voz falhou.

"Não chora amiga", Bia segurou seu ombro.

"O pior de tudo, é que eu ainda amo ele, e isso só faz a dor ser maior, porque eu simplesmente não consigo deixar de ama-lo", enxugou uma lágrima que ousou cair, "eu não suporto a ideia de que ele tenha me traído, e isso terá que ser o suficiente para me fazer esquece-lo", respirou, "ele ainda fingiu não saber de nada, pediu explicação", riu sem humor, "sendo que sou eu aqui quem preciso de uma. O problema sou eu? Ele se cansou de mim para precisar procurar outra? Ou será que ele nunca me amou de verdade, era tudo fingimento? É claro, alguma dessas alternativas deve ser"

"Não fala isso, seja lá qual for o motivo, você não é a culpada"

Eu odiava ver minha amiga dessa maneira, tudo que eu menos queria era ver alguma das minhas amigas sofrendo e não poder fazer nada.
Eu precisava entender a história melhor

"Você é maravilhosa Mari, não se deixe abater, nós sempre estaremos aqui para você", Bia disse.

"Obrigada meninas, não sei o que seria de mim sem vocês, amo vocês duas"

"Te amamos mais", a abraçamos.

"Bem...vamos tomar sorvete para deixar a tristeza ir para longe? Tudo por minha conta", Bia disse e eu sorri.

"O que estamos esperando?", perguntei e Mari sorriu, me deixando feliz por isso.

Enquanto seguiamos o caminho da sorveteria, algo acertou em minha cabeça. Eu gritei com o susto observando a noz caída no chão.

"Aaaaa", resmunguei olhando para os lados, tentando achar o engraçadinho que jogou isso em mim.

No mesmo instante avistei o Adrien escondido atrás da árvore, que me pedia para não dizer nada.

"O que foi Alya?", Mari me olhou.

"Hann, eu...acho que deixei meu celular na barraquinha de algodão doce que paramos"

"Depois eu que sou a distraída, vamos, nós te ajudamos a procurar, você está até nervosa", Ela virou para voltar.

"Não, vão para a sorveteria e façam nossos pedidos, sabem do qual eu gosto, assim adianta a fila. A barraquinha não é muito longe, eu encontro vocês assim que pegar ele", elas se olharam em dúvida e assentiram.

"Okay, mas leva meu celular, caso você precise ligar para o seu ou para o de Bia, se precisar de nós", me estendeu o aparelho.

"Okay, obrigada", elas se afastaram e saíram.

Eu fingi caminhar um pouco e depois retornei pela grama.

"O que você quer? O que faz aqui? Está nos seguindo?" perguntei grossa.

"Cancelei um ensaio fotográfico. Obrigado por não me dedurar"

"Não fiz por você Adrien, fiz pela Mari, acho que ela já sofreu demais por hoje"

"Eu não a traí Alya"

"E espera que apenas sua palavra seja suficiente? Temos algumas evidências de que você não é tão fiel assim", cruzei os braços.

"Aquela foto não mostra o que realmente aconteceu, ela foi manipulada para realmente parecer que eu traí a Matinette"

"Ah, por favor Adrien. Quer que eu acredite nisso? Vai dizer justamente para mim que aquilo é uma montagem? Que você não beijou a Lila?"

"Não", gritou, "digo, sim, o beijo realmente aconteceu, mas não foi como vocês pensam"

"Você é inacreditável", ri e dei as costas para ir embora.

"Foi a Lila que armou tudo", eu me virei novamente, agora as coisas estavam ficando interessantes.

"A Lila?"

"No dia que demorei a chegar no refeitório, ela tinha me abordado e pedido para pegar um livro na biblioteca, quando eu menos percebi ela já estava agarrada a mim"

"Um livro? Adrien pelo amor de Deus, ela poderia pedir a ajuda de qualquer um ou usado uma cadeira", disse aborrecida.

"E você acha que eu pensei nisso no momento? Assim que ela me agarrou eu a empurrei, e disse para não repetir aquela cena, e muito menos criar ilusões comigo"

"Se o que diz é verdade, você deveria ter contado a Mari no mesmo instante"

"Eu sei", suspirou, "e me arrependo disso, mas não queria chatea-la nem aborrece-la"

"Tarde demais, não acha?"

"Eu a amo Alya, você sabe disso, e no fundo ela também. Eu nunca seria capaz de trai-la, acredita em mim", me olhou suplicante e eu suspirei.

"Tá, sua história parece verídica, e eu não duvido nada que a Lila tenha sido realmente capaz", resmunguei, "vou ver o que posso fazer, e te darei um voto de confiança, espero não me arrepender"

"Não vai", assegurou.

"Estou fazendo isso porque não suporto ver minha melhor amiga triste. Agora entenda uma coisa, é bom não brincar com os sentimentos dela, e nem com a minha confiança"

"Te asseguro Alya, que não estou mentindo"

"Certo, preciso ir agora, elas vão desconfiar"

"Obrigado, de verdade"

Me despedi e corri para chegar a sorveteria.

Maldita Lila, ela não deveria ter se intrometido.

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Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant