CAPÍTULO 67

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Adrien Narrando

Eu não dormi a noite, estava muito angustiado pelo dia seguinte. Se as coisas não ocorrerem como eu espero, não sei o que aconteceria.

Eu estava determinado a me reconciliar com a Mari a partir daquele dia.

Eu já esperava ser completamente ignorado, mas não esperava que ela trocaria de lugar. Eu tinha esperanças de que aquilo mudasse em breve.

A única coisa que eu precisava era da Lila sendo els mesma comigo, e da Mari por perto. Alya estava responsável por essa parte. Já a Lila seria fácil, ela me persegue desde que meu namoro terminou.

Por pouco tempo.

Eu me juntei aos meus amigos no refeitório, não tive muitos minutos de paz antes de perceber que Lila já tentava se aproximar.

Inventei qualquer desculpa aos meus amigos e sai, não demorou muito para a garota mudar dua trajetória e me seguir enquanto disfarçava.

Entrei na biblioteca, peguei alguns livros e fui para o fundo, sentando na mesa redonda e fingindo prestar atenção no objeto, quando na verdade tentava ouvir ao meu redor.

A porta abriu e fechou duas vezes. Uma eu já imaginava, a outra eu esperava ser a Alya e as meninas.

Demorou para Lila se aproximar enquanto fingia estar ali por puro acaso.

"Adrien", exclamou fingindo surpresa, não a respondi, "você anda tão distante"

"Não estou com paciência para seus jogos Lila, agradeço se se retirar"

"Poxa, eu só queria ficar um pouquinho com você, você anda me evitando", disse manhosa.

"Pois bem, já ficou, a porta da rua é a serventia da casa", ela suspirou.

"Olha, eu sei que você está chateado, faz alguns dias que a marinette terminou com você e..."

"Acredito que você seja a menos apropriada para falar desse assunto, ou a mais, talvez"

"Mas pense assim, agora você pode aproveitar a vida com alguém que realmente mereça, a Marinette provou não ser essa pessoa, olha só, te deixou na primeira oportunidade"

"Eu não sei como você pode ser tão hipócrita ao falar isso, quem poderia ser mais merecedora do que ela? Você?", ela não se mostrou abalada com minha fala.

"Na verdade, sim, você não acha?"

"Você ainda tem coragem de me perguntar isso, acha mesmo que eu sentiria algo por você? Ainda mais quando você é a responsável pelo fim do meu namoro?"

"Adrien, você me ofende, eu nunca seria capaz, o que aconteceu entre nós dois...simplesmente aconteceu", deu de ombros.

"Primeiramente, não aconteceu nada, absolutamente nada, entre nós", me levantei da cadeira, "e segundo, acredito que você tenha esquecido de tudo que eu já te disse dias atrás"

"Você estava nervoso, não queria ter dito aquelas palavras, eu te entendo", eu respirei fundo, me esquecendo por um momento do meu objetivo ali.

"Nervoso eu poderia estar, mas não me arrependo de nada, você é fria, mentirosa. Acha mesmo que eu vou sentir algo por você? Mesmo que a Mari me odeie, mesmo que me despreze por algo que você fez, eu nunca, nunca, ouça bem, ficaria com você. Você realmente pensou por um moemnto que seria tão simples assim? Achou mesmo que com um jogo sujo e barato iria alcançar seu objetivo tão facilmente"

"Eu..."

"Te digo e repito, Lila. Depois do que você fez, eu não posso voltar a confiar em você. Essa já é a segunda vez que você faz isso. Eu espero que você me deixe em paz de uma vez por todas, porque comigo não vai conseguir nada"

"Adrien, tudo que fiz foi pensando em nossa felicidade", els finalmente admitiu.

"Felicidade? Acredita mesmo que forjar um beijo que não foi pela minha vontade e acabar com meu relacionamento me deixaria feliz?"

"Você iria perceber que poderia me amar"

"Te amar? Sinceramente", respirei fundo, "olha Lila, esquece essa ideia, eu só amo uma pessoa, e infelizmente ela não está comigo por culpa sua. Pensa no que você fez, pensa em todas as mentiras que contou, nas pessoas que magoou, o que você fez não foi por amor, foi por egoísmo, cobiça. Se continuar assim, sinto muito dizer que vai permanecer sozinha", ela me encarou mas não falou nada.

Em meio ao silêncio instaurado na biblioteca, o som da porta batendo abruptamente foi a única coisa que nos chamou atenção.

Eu sabia o que aquilo significava, e corri atrás da Mari.

Ainda era intervalo, e eu não a encontrava em lugar algum.

Ainda assim, eu não conseguia conter o alívio por ela já saber toda a verdade. Só esperava que ela me ouvisse dessa vez.

Será que ela foi embora? Será que foi para sua casa?

Não seria tão impossível já que ela mora aqui do lado. E se tivesse ido, eu iria para la.

"Adrien...por favor...o carro...a Mari", Alya apareceu completamente desesperada.

"Calma Alya, deu certo, não é? A Mari já..."

"Adrien, você não está entendendo. A Mari, um...um carro", lágrimas caíam de seus olhos.

"Ei, calma", disse sentindo a tensão se espalhar, "o que aconteceu?"

"A mari, ela foi atropelada", eu não conseguia ouvir nada mais, "Adrien, Adrien...", me sacudiu.

"O-onde ela está?", gaguejei.

"A levaram para o hospital imediatamente", fungou, "ela...ela chorava e, não viu o carro quando atravessou a rua, tentei chamar por ela mas ela não me ouvia", voltou a chorar.

Eu eu? Me sentia sem chão.

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Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora