No Limite da Loucura

Capítulo 1

Belina estava deixando a cidade de Atlanta para seguir com mais um de seus objetivos. Sua mãe e seu pai estavam orgulhosos da filha caçula, mesmo sabendo que ficariam longe de sua menina por muito tempo.

- Vai com Deus meu amor! - disse sua mãe antes de Belina seguir para o portão de embarque do aeroporto de Atlanta.

O assento na janela foi escolhido propositalmente. Belina adorava ver os céu e as nuvens. Ela acreditava o céu era o maior mistério do universo, seguindo lado a lado com a mente humana. Ela era fascinada por isso. Belina adora um mistério, e acreditava firmemente que para tudo havia um explicação e consequentemente uma solução.

A recém formada psiquiatra havia conseguido uma vaga em um dos melhores hospitais psiquiátricos da Carolina do Sul, o G Weber Bryan Psiquiatric Hospital, onde a maioria dos pacientes eram jovens, e onde ela acreditava encontrar sua realização profissional.

Os trinta minutos de vôo entre a cidade de Atlanta e Carolina do sul haviam passado sem que Belina percebesse, e antes mesmo de pegar sua bagagem da esteira já conseguia ouvir a voz de sua irmã Laura chamando-a.

Laura era advogada, e havia se mudado para cá a mais ou menos dois anos, e estava imensamente feliz por ter a irmã vindo morar com ela de agora em diante. Laura era mais velha que Belina apenas três anos, mas sempre houve um laço muito forte de amizade entre elas. Agora com trinta anos, Laura não via à hora de ter uma parceira para o crime, como ela dizia.

- Belina! - ao avistar os braços erguidos de Laura, Belina esboçou o seu melhor sorriso.

- Laura! - as irmãs correm de encontro uma a outra em pleno saguão do aeroporto, sem se importar com as pessoas que estavam em volta.

- Que saudade! - disse a irmã mais velha - deixa-me olhar para você.

Laura virava Belina para todos os lados, enquanto passava a mão em seus cabelos negros longos.

- Você fica mais bonita a cada dia que passa!

- Obrigada! - Belina abraçava calorosamente sua irmã - e você cada vez que te vejo está ainda mais e mais bonita.

- Que rasgação de seda é essa? - um rapaz moreno alto se aproxima das duas sem que elas percebessem.

- Steve! - Belina se joga nos braços do rapaz que a rodopia no ar.

- Irmãzinha! - Steve era o mais velhos dos três, e já morava a dez anos na Carolina do sul. Ele era casado, e pai dos gêmeos Fred e Ed.

- Que saudade de você! - ele a beijava a face enquanto Belina ainda estava suspensa no ar - Onde está Sarah e os meninos?

- Ed está gripado, e achamos melhor que eles ficassem em casa - o vento soprava forte do lado de fora do aeroporto, anunciando que uma chuva logo cairia - vamos logo. Sarah está preparando um jantar pra gente.

- Então vamos, porque eu estou morrendo de fome! - Laura disse arrastando Belina pela mão, enquanto Steve carregava as malas da irmã mais nova.

O caminho até a casa de Steve foi regado a risadas e piadas feitas um com o outro. Logo que chegaram, Sarah veio recebê-los com seu imenso sorriso, o que era a sua marca registrada.

- Onde estão as crianças? - perguntou Steve a mulher.

- Dormindo - ela disse indo em direção a cunhada com os braços abertos - e você? Como está? Que saudade!

- Eu também estava morrendo de saudade de você - disse Belina enquanto abraçava a cunhada.

- E como foi de viagem?