Capítulo 13

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Belina estava sentada na cama de Terry, e o loiro repousava sua cabeça sobre as pernas da jovem. As caricias que ela estava fazendo em seus cabelos, o levava a pensar em como a vida seria diferente se ele fosse uma pessoa normal.

Se ele não estivesse preso por ter matado seu amigo, em uma hora essas eles estariam em seu quarto, sentados em sua cama. Ele poderia fazer amor com ela sem medo, sem pressa e sem receios. Ele poderia levá-la ao cinema, ao parque. Os dois poderiam pegar o carro e sair sem rumo, apenas curtindo a vida como dois jovens normais. Terry teria uma trabalho digno, e a pediria em casamento em um jantar a luz de velas. Porém, a realidade dos dois era totalmente diferente daquilo tudo que ele imaginava.

— O que tanto você pensa? — questiona a jovem mediante do silêncio do loiro.

Terry não responde de imediato. Ele fecha os olhos ainda mais apertados e consegue visualizar Belina nua em seus braços todos os dias depois que ele voltasse do trabalho.

— Terry...

— Eu estava pensando... — disse simplesmente.

— E posso saber em que estava pensando?

— Em como minha vida seria diferente se eu não estivesse aqui — ele pausa e suspira. Belina conseguia sentir toda tristeza através daquele simples ato de soltar o ar.

— Mas sua vida pode ser diferente a partir de agora — ela se curva e beija os lábios do rapaz que continuava de olhos fechados.

— Como posso mudar minha vida? Como posso ter um lar com você. Ter filhos. Ter família? — o coração de Belina se encheu de alegria por saber que ela era inclusa em sua vida ideal, mesmo diante a situação em que os dois se encontravam — eu queria pelo menos ter um primeiro encontro com você.

— Daremos um jeito — ela sorriu mesmo sabendo que ele não estava vendo.

— Vou morrer aqui dentro Bel — ela ergueu a sobrancelha ao ouvi-lo chamá-la e um jeito que nunca havia chamado antes.

— Não vai! Eu não vou permitir isso — ela o coloca sentado ao seu lado e o faz olhar fixamente em seus olhos — eu vou ao tribunal. Vou tentar fazer alguma coisa.

— Minha sentença já foi dada. Tenho que cumprir os trinta anos.

— Amor, confia em mim.

— Eu já disse que amo você? — ela sorriu.

— Vamos ter nossa casa, nossos filhos e nossos sonhos. Eu prometo! — Terry mesmo sabendo que seria um tanto quanto impossível, mesmo assim ele acreditava em Belina.

***

No corredor o outro lado do hospital, John observava as visitas dos pacientes e se perguntava como seria ter alguém preso em um lugar como esse. Seus pensamentos se voltam a Terry. Ele sorri satisfeito em saber que o loiro naquele momento estava sozinho em sua ala, provavelmente deitado em sua cama com os olhos vermelhos pelas lágrimas que provavelmente o acompanhava naquele dia.

O enfermeiro sorri em satisfação, e não demora em sair apresado pelos corredores em direção ao quarto de Terry. Ele adorava provocar o jovem, afinal, ele era louco e totalmente desprezível na opinião do homem.

Belina continuava sentada com a cabeça de Terry em seu colo. Os dois riam e trocavam juras de amor, sem saber que John estava se aproximando do quarto. Mesmo Belina tendo a autorização de Meg para 

está ali, os outros funcionários não sabiam de tal acordo estabelecido entre as duas.

— O que significa isso? — John adentra no quarto do jovem o arrancando de cima da cama, o jogando no chão.

No Limite da LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora